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quinta-feira, 8 de março de 2012

POEMA - O LAGAR DO LABREGO

Vivo no poiso de uma terra rude


Tosca para “campónio” agricultar


Levar a suas ovelhas a pascentar


Beber na candonga por o almude


Borra de vinho… e de falso azeite


De uma raça chã a cheirar a leite.



A cobiça. O opróbrio. Tal labrego tem


Acocorado a pedreiros e a comensais.


Faz de tudo para ludibriar a realidade


Tem afecto numa estirpe… de pardais


E entre “espoliados” sente-se alguém


E tenta tudo para ser capa nos jornais.



É um mentiroso compulsivo. Ao fátuo


Um medíocre cabeçada e manipulador


Possuiu “metáteses” em toda a pança


Numa corrupção de ordenhas de favor.


Gesticula. Repuxa o dedo e de balança


Estruma quem tem direito ao fervedor


De adoptar o chafurdar em sua aliança.



É um energúmeno… Uma pandeireta…


Fraudulento. Aborregado à oligocracia


Fala à silhueta… Macaquita… a pirueta


E resfolga além do bobo da burguesia.


Tudo que fala e não diz… é tudo treta


E adequa a abroquelar outra freguesia.



Que polichinelo este párida se tornou.


Tal besta bravateia em dimensão e ar…


Não teve mãos. Que patas são. Laçou.


E de longura no asneirar se cristalizou


Até quando a mania temos que aturar?


E esperar ouvir: a nugacidade o levou!


ALBERTO DE CANAVEZES