Vivo no poiso de uma terra rude
Tosca para “campónio” agricultar
Levar a suas ovelhas a pascentar
Beber na candonga por o almude
Borra de vinho… e de falso azeite
De uma raça chã a cheirar a leite.
A cobiça. O opróbrio. Tal labrego tem
Acocorado a pedreiros e a comensais.
Faz de tudo para ludibriar a realidade
Tem afecto numa estirpe… de pardais
E entre “espoliados” sente-se alguém
E tenta tudo para ser capa nos jornais.
É um mentiroso compulsivo. Ao fátuo
Um medíocre cabeçada e manipulador
Possuiu “metáteses” em toda a pança
Numa corrupção de ordenhas de favor.
Gesticula. Repuxa o dedo e de balança
Estruma quem tem direito ao fervedor
De adoptar o chafurdar em sua aliança.
É um energúmeno… Uma pandeireta…
Fraudulento. Aborregado à oligocracia
Fala à silhueta… Macaquita… a pirueta
E resfolga além do bobo da burguesia.
Tudo que fala e não diz… é tudo treta
E adequa a abroquelar outra freguesia.
Que polichinelo este párida se tornou.
Tal besta bravateia em dimensão e ar…
Não teve mãos. Que patas são. Laçou.
E de longura no asneirar se cristalizou
Até quando a mania temos que aturar?
E esperar ouvir: a nugacidade o levou!
ALBERTO DE CANAVEZES