… arriba acima ao
Roxo.
Quando
a Lua baloiça no alto pachorrentamente
Espiando
o Roxo e a Aveleira as estrelas brincam.
Galhofam
alheadas de um tempo que passa e vai
De
lembranças que testemunharam e estampam
Figuras
e falares de gente que da vida entra e sai.
Lá
ao alto a Lua finge estar a dormir airosamente
Que
para despertar, corda os olhos ao Mondego.
Desposa
os namorados e entrelaça-os em ciúmes
Algemando-se
no desejo de com eles armar amor
E
de abocar nas nossas vidas sem rogar por favor.
Encosta
abaixo, arriba acima, embrulha o Caneiro
Espevita
o sol para o dia e disfarça-se no nevoeiro.
…
… … … … …
Alberto
de Canavezes