TOMO I
A banalidade adquiriu um espaço incomum no comum quotidiano da nossa individualidade colectiva. Falamos de muita coisa, seja ela qual for e não compreendemos coisa nenhuma do nada que a possa sustentar. Iludimos os propósitos de autonomia de uma sociedade democrática baseada na pluralidade de opção e alternância. Hipotecamos a nossa cidadania em chavões de dogmas obsoletos. Nunca o ser humano se teve que reinventar como agora e eis-nos a esgrimir o futuro com dogmas desactualizados, descaracterizados, manipulados e aldrabados.
Sou literalmente contra sistemas políticos manipuladores. Usurpadores da liberdade. Que se encaixotam no aparelho do estado. Denomino-os a espessa “arte” de fascismo e bolchevismo. Duas fatiotas de doutrinas cheias de caruncho, entulhadas de sofrimento e alagadas em sangue. Não se justifica no mundo em que vivemos, ainda estarmos ancorados nesses dois botes de maledicências e esbarros cívicos.
Fazem parte da nossa evolução civilizacional. Havemos de os estudar. Mas havemos de os libertar do nosso conceito de práticas.