Vivo num concelho:
Que engana turista a torto e a direito. Ontem vários transeuntes – turistas de pé rapado – numa daquela de fazerem turismo cã dentro (Portugal), andavam num rodopio estonteante. Procuravam as “lambarices” que estão engodadas no Sítio do Município. “ … na coisa das modernices, aonde se refugiam agora os detractores”. Suponho que o ensoberbecido que nos apelida de tal “perjúrio” quer dizer aquilo que corriqueiramente chamo de, Internet. Aliás, tal engodo, para mim, caracterizo-o com um nome mais supimpa e habitual, aldrabices.
Sobre o descrito a coisa tem muito de manufacturado. Tem, tem.
Senão vejamos, no “Turismo”:
Artesanato;
•Olaria Preta;
•Palitos Floridos e pequenos artefactos em madeira;
•Cestaria e canastraria;
•Tecelagem;
•Latoaria;
•Ceiras;
•Cantaria.
Como sobrevivem estas coisas todas das artes ancestrais?
Quantos artesãos estão no Centro Difusor de Artesanato a laborar?
A latoaria, as ceiras e os capachos são tão do antigamente que não me recordo de ver o seu perfil actualmente! Outro galo cantaria se a cantaria artesanal – passo o pleonasmo - fosse decifrada de uma pauta para a música ambiente do nosso quotidiano. Agora só para ser uma lambarice, não vale.
Os Acessos são a N17 e o IP3 com o contacto dos Transportes - Terminal Rodoviário. E o Aeródromo do Bidoeiro, quando entra para esta rubrica?
Alojamentos.
O Hotel na sede do concelho e no Cabeço da Velha já elaborados e supostamente bem-feitos – em papel, diga-se – originam um desenho encravado na paisagem desde tempos imemoráveis. Suponho que remontam ao tempo do inicio da “Festa Brava”, por cá. Olé.
Da Restauração nada a dizer, aliás peca por ter lá “repastos” que já foram nossos, só que estes não nos suprimiram em reformas administrativas. Será que não repararam que fecharam. Um, bocaditos atentos denotavam que de lá, deixaram de cair taxas e emolumentos nos cofres do Município. Agora fazer crescer água na boca dos turistas, isso não se faz.
A Diversão está porreira e escorreita. A de Bares e Animação Nocturna. Sim senhora. Mas a diurna!? Quando se fazem grandes “garraiadas” – não fossemos um concelho tauromáquico – “perto das vinte casas junto á Igreja”. É Malandrice, omitir o que de melhor temos, raia não termos vergonha nenhuma como pouca ousadia na preservação e divulgação das espécies. Isso não se faz. Que chatice. Não se sejamos modestos. Fica-nos mal.
Os Parques e Jardins são a “poia” em cima do passarito. Aqui a trasfega do poder cozinhado não é de bolo é mesmo para passarito. Como ia a escrever, a força da poia prevaleceu sobre o “passa” e deu o nosso afamado pastel: - O Poiarito. Tragável para uns e intragável para uns tantos. Gostos não de discutem. Obviamente que isto é uma questão de semântica verbalizada sem muito esforço. Cada um dá o que pode e a mais não é obrigado.
Para o mais, está intrinsecamente ligado à nossa história a circunstância da denominação: - Poia. “Vem de poisar”…O Parque da Escola Municipal do Ambiente está às moscas. O que não será uma boa pedagogia. Ao menos façam lá “qualquer porcaria” para dar mais vida há sua biodiversidade. Digo isto, porque ouvi um burburinho que a Sra. Vice-presidente nas iniciativas que toma só faz isso… e como me parece (digo bem, parece) ser a responsável pelas actividades culturais e afins… está em conformidade.
Do Jardim de Santo André (?), são preciso três coisas;
1. Mudem o texto, referente ao situacionismo do Santo André.
2. Comprem uns capacetes iguais aos dos ciclistas para as crianças poderem desfrutar do Parque na sua plenitude.
3. Depois tirem-me por favor três beterrabas (?) que estão num canteiro. Senão desconfio que aquilo vai levar mais grades e vai voltar a ser terreno para a feira clássica. Não nos deixem nesta incerteza.
Quanto ao outro Jardim, não havia necessidade de haver tanta palmeira doente num Jardim do Pinhal Interior. Descaracteriza-nos a Raça…
O Posto de Atendimento ao Cidadão manifesta-se numa filial imóvel e sucursais móveis. Diz-se que “Jesus está em todo lado o Mário Soares já lá esteve” aqui o Sr. é omnipresente e como bom pastor que é, atende o seu rebanho em qualquer coincidência. Tudo acontece naturalmente.
Sobre o Roteiro Turístico é harmonioso e respeitoso aos Domingo nas Igrejas e nas Capelas em circunstâncias especiais. Quanto à Arte Popular: Alminhas, cata-ventos e armações de poços. Autenticam o nosso passado… com muita ferrugem.
Existem galerias às quais por princípio não dou muita importância. São aquelas aonde vejo que a multi-média está muito acima. Ou seja não há diversidade de gentes. São sempre os mesmos com o papel principal.
Temos que aferir que comparando o “Sítio” do concelho com o de outros não tem nada a haver. Estão muito à frente.
ALBERTO DE CANAVEZES