Eu consigo viver muito bem com os sucessos dos meus amigos. O sol quando brilha é para todos. Não me sinto melhor nem pior que os outros. “Sou eu em mim” simplesmente isso. Agora não questiono o que os outros fazem a seu nível individual para os atingir denegrindo a sua imagem de cidadania tão pouco menosprezando o seu talento ou capacidades intelectuais. Tenho a noção do espaço que ocupo, como cidadão. Sei das asneiras que cometi e sei viver com elas. A vida não é um quadro aonde se escreva um texto e depois se apague para se corrigir. Agora, podemos e devemos, saber ter a humildade para denunciarmos os nossos erros para que outros não os cometam. A vida tem que ser uma metamorfose em transmutação constante. Sei dos meus equilíbrios e fraquezas melhor que ninguém. Porque não me comparo ou ouso sequer manifestar-me no intuito de me achar superior a quem quer que seja. Existo penso. Não possuo nem nutro inveja de ninguém, porque eles, possuem… e eu não. Sou muito superior a isso. Nem me sinto com a fanfarronice de ser o único com direito a escrever… e a sentir-me o melhor de todos. Sou um perfeccionista, que teima em não ter nascido só para morrer. A morte é uma circunstância da vida que me fascina. Quando no seu devido tempo. Na temperança da sua maturação. Agora não me vou destituir de ser eu próprio para agradar a quem quer que seja. Desde que evidencie urbanidade pela diferença e respeito pela presença dos outros, sinto-me bem comigo próprio. Porque quem me conhece bem sabe que sou incapaz de dizer uma coisa e pensar outra.
Como a maioria dos meus dedicados amigos sabem, adoro ler e escrever. Adoro a liberdade e viver em cidadania, nunca no comodismo do deixar andar. A causa pública para mim é sagrada. Nela não tenho afinidades familiares. Tenho o valor da minha existência, como cidadão. Doía a quem doer não abdico da lisura de processos. Já escrevi tudo o que tinha a dizer sobre Vila Nova de Poiares. Julgo que quem de direito está a tomar conhecimento das minhas, divagações, lirismos, filosofias, termos ficcionistas, termos romancistas e afirmações. Depois estarei sempre disponível para a Lei e para a Justiça. Não tenho medo da verdade. Tão pouco de intimidações. Agora sete meses depois de iniciar o meu Blogue, irei fazer intervenções casuísticas… mediante me deparar com o que considero aberrações sociais. Agora vou-me dedicar ao meu tempo de meditação (leitura e escrita), e a outra paixão que acalento dentro de mim. Vou-me dedicar a Treinar Futebol. Tenho o II Nível de Treinador de Futebol 11/7. Com uma boa nota. Quase dezoito valores. (esta informação é para os que por tudo e por nada se achaquem com dor de cotovelo e outras dorzitas…) Tirada sem ter que lá ir para fazer segundo exame. Eu tentei tirar o Curso de Treinador de Futsal tive uma média geral de 14,5 mas só tive 7,4 na teórica de técnica/táctica quando 7,5 dava para passar. Fui convidado para ir revalidar a nota e não fui. No regulamento não estava equacionado essa hipótese e não abro precedentes para me “glosar” de uma coisa que para mim é uma fraude factual e intelectual… Como vêem sei lidar muito bem com as minhas improficiências e insuficiências, sem estigmas nem pruridos de me desculpar, “se não é do rabo é das calças”... Chumbei à primeira não há segunda tentativa. Só com outra matrícula. Como infelizmente, nesta terra, não há espaço para mim… por razões óbvias e premeditadas. Existem outras terras e latitudes para poder expandir os meus conhecimentos. E dar asas aos meus devaneios intelectuais e de inspiração.
Assim sendo, fico-me por aqui. Ando por cá. E jamais fugirei às minhas responsabilidades.
Tenho um “irmão”, que hoje é uma referência para mim. Do nada, hoje com o esforço do seu suor e da sua esposa possuem o que por direito deveria ter em criança… um bom pai e marido. O seu sucesso é o meu também. Assim como eu falhei estrondosamente e indigentemente com um filho, não quer dizer que falhe com os outros. Não errei sozinho, mas estive deveras mal. Reagi por instinto e não pela racionalidade que os factos exigiam e mereciam de mim. Agora é tarde para falsas lamechas e hipocrisias. Sobreviveu à minha “omissão” como pai. E teve da sua Mãe duas facetas o ser ela no feminino e na lacuna da minha parte como masculino. Os afectos que não lhos dei, a minha história de vida não lhos oferecerá em qualquer circunstância… Por isso creio que será um excelente Pai. Falamos, sabemos o espaço de cada um, mas não vivemos de falsas aparências. Somos dois amigos diferentes dos demais. Erros meus pecados meus…
A minha vida é um livro aberto. Porque quem não sabe viver no seu todo, por si, não merece uma página na memória que denuncie a sua presença, na história que partilhou em comum com os seus amigos e inimigos.
JORGE GONÇALVES