Eu estou a ver a lua nos seus intervalos
O mar que transborda… no seu observar.
Eu… definho… Sou um cadáver que anda
Entre os bonitos, inteligentes e inválidos
Que numa monta de 09+13 dá cinquenta.
Porque os 09 são o grau da garça “banda”
O 13, uns resíduos de pólvora e pimenta.
São uns sérios, são os puros os instruídos
Que idênticos sem ter púcaro são servidos.
Nunca têm sede, sede mas bebem, bebem
E quão mais humilham a testa mais pedem.
Assobiam como judas traiu Jesus. Arrotam.
Ficam azedos e azados e pedem bruxedos.
Quando abram a abertura entra borboletas
Colocam fotografias a boiar perante tretas.
Luzir com velas ou belas ladainhas enredos
Que os alvoroços espirram e jamais sopram.
ALBERTO DE CANAVEZES