Ouço a tua voz e fico sem forma
Eu amo a tua Pátria e tu não sabes
Em sinto quando cantas a Amazónia
Como esbulhar um livro de Paulo Coelho
E ter-te só para mim entre um sonho e uma insónia
Contemplar o teu corpo esbelto em Mona Lisa
E dizer a Leonardo da Vinci, acorda e pinta-a para nós.
Não importa saber qual entre, eu e ele é o mais velho
Eu gostava de sentir os teus lábios perto dos meus
Beijar desvairadamente os teus poemas e a tua voz
Mesmo sentido o Brasil inteiro aplaudir em apogeu
Jurar a pés firme que estamos teimosamente sempre sós.
Tu e eu somos operários e empreiteiros da beleza.
Capazes do cimo de uma montanha gritar abraços
Distribuir sorrisos entre medronhos… e tu, fugires… e eu
Correr atrás de ti no além e aquém do vento… na certeza
De nunca me perder dos rastos dos teus passos.
ALBERTO DE CANAVEZES