A loucura não tem peso
A loucura não se mede.
A loucura não tem largura.
A loucura não se enxerga.
A loucura. É a loucura…
É como um facho aceso.
Que quem a tem não a pede…
Não se esbate sem bravura.
Que nos teimosos ninguém verga.
A loucura. É a loucura.
Não é pieguice…
Muito menos meiguice…
“De são e de louco todos
Nós temos um pouco…”
E ninguém sabe quem o disse!?
Venham-me pesar a minha loucura.
E detectem nos meus olhos um brilho
Mas venham de cadeias às escuras…
Na procura dessa indolente sem filho!
Venham-me medir a minha loucura.
Venham todos no mesmo trilho…
Não me arranjem enigmas nem securas
Senão será um caso para um sarilho!
ALBERTO DE CANAVEZES