Contra todas a previsões meteorológicas Vila Nova de Poiares foi acometido por um anticiclone, ontem ao fim do raiar da aurora. Um ciclone de enormes proporções apareceu de onde menos se esperava. Era enxuto mas muito flatulento. Parecia o demónio em figura de gente. Apareceu na Praça Luís de Camões. E aqui não posso deixar de enaltecer o espírito visionário de quem mandou construir os muros do Jardim de Santo André – suponho ser esse o nome de tal “fortaleza”. Os muros estão íntegros, hoje, sem rachas ou qualquer dano colateral. Está justificado tal densidade. Abençoado seja quem “antes de nós chegarmos... já vem a caminho de cá”.
Assustei-me. Fiquei coagido. Porque segundo testemunhas oculares, o espaço de tal fenómeno era residual. Também me disseram que no epicentro de tamanha anormalidade estava um “Blogue” robusto com imensos músculos do peito amontoados na barriga… Que levando com tantas rajadas de intemperança, ficou firme e hirto como de um soldado da Legião Francesa se tratasse. E por falar Francesa, lembro – me de Voltaire e Vítor Hugo entre outros que idealizaram a República na sua abrangência democrática. Mas voltando ao “Blogue” dizem que simplesmente sussurrou tão baixo que se julgou ser preces e rezas a Deus Nosso Senhor. Nem sempre estou de acordo com algumas “Blogadas” que se fazem por aí. Mas que grande arre! Então o que é que andaram a fazer uns indivíduos do partido “da pata da galinha” do Tengarrinha, antes do vinte e cinco de Abril!? Não foi para dar outra bonança ao nosso clima? Somos Livres. Somos livres. Gritou-se na Praça da República em frente ao nosso Município no dia da constituição da Comissão Administrativa, eleita de braço no ar pouco depois da Revolução dos Cravos.
Vá, vamos moderar as altas pressões e amenizar o ambiente que vem aí a Poiartes e se o mau tempo se vira para lá os danos de certeza que irão ser maiores e os prejuízos incalculáveis. Podem roçar os 16 a 24 milhões de euros. Calminha. E respeitinho. Que a mãe natureza, tem cá cada coisa. Enfim!Temos que aguentar. Solidariedade – pessoal - para o “blogue” em causa. E desprezo por tal ventania despropositada. Não era necessária. Que chatice!
Jorge Gonçalves