O chanfanix é aleatório, e padronizado.Num Restaurante do concelho, apercebi – me de um Jovem que muito timidamente se aproximou de um empregado e verbalizou: - Não tem mais pequeno? Este é muito largo!Sorri. E coloquei as mãos nos bolsos… Apreensivo. A coragem do puto é pertinente - pensei. Não sei se tiveram em conta a dimensão dos possíveis clientes. Existem vários perfis… todos os seres humanos são diferentes… uns são compridos e esguios; outros balofos e pequenos; outros marrecos e torcidos danados para a brincadeira. Eu sei lá do que são capazes!? Olhando as mesas do restaurante, havia muita gente, mas mesmo muita gente, e os utensílios para se comer a chanfana eram todos iguais. Os garfos, as facas até algumas colheres para beberem o molho. Até vi quem pegasse o osso com as mãos e chuchasse a carne. Medidas e maneiras personalizadas dentro dos preceitos da entronização dos confrades. Agora só haver uma bitola para o chanfanix é imoral e pode fomentar complexos de inferioridade que podem originar infertilidade devido aos traumas psicológicos. Obviamente que são usados para prever varias situações… entre elas evitar vários “guinchos” de nove em nove meses. Mas no “pobre” jovem, dava a entender que o chanfanix parecia um estandarte de pouca estabilidade. Bem digo eu, que vivemos numa democracia monoteísta. Ou será que foi feito pelo estalão da raça poiarense!? Até nisto, só serve a carapuça a alguns!
Jorge Gonçalves
