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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

POEMA - Sereia dos meus Somhos

Escondi-me na sombra do vento


E flutuei nas ondas do teu corpo


Olhei!


E vi no meio de nós um momento


Que dormindo me fazia morto


E me matei…


Na certeza de ser tanto


Num sim de alento


Que ao ver


Que no teu olhar de espanto


Esperamos pelo relento


Até ser


Pela nossa quietude exausta


Um manto!



No perfil do teu adorno


Olhei


E era


Escusado em tanta beleza


Haver vergonha


Para fazer uma primavera


Se tu tens em cada estação de ti


Um fermento de quimera!



Sereia dos meus sonhos.


Que de perdida caminha


Não me julgues


Não me tentes


Em ventos de oceanos


Não empurres a neblina


Em ondulações de enganos.



Nenhum dos dois precisa do frio


E de nadar sem saber flutuar


Esperemos que do ribeiro vá para o rio


E deste, o sonho vá p’ró mar.





Sereia dos meus sonhos.


Que de perdida caminha


Não me julgues


Não me tentes


Em ventos de oceanos


Não empurres a neblina


Em ondulações de enganos.



Nenhum dos dois precisa do frio


E de nadar sem saber flutuar


Esperemos que do ribeiro vá para o rio


E deste, o sonho vá p’ró mar.



Alberto Canavezes