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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

OS ENJEITADOS.

Os enjeitados do “Auto da Barca - de Gil Vicente”


(são piores que os seus figurões) – desconfio que aguardam descanso nos áridos espaços celestiais.


“Pá” fila!


Creio que nem no inferno tem espaço tais ervas daninhas. Não sei se existe céu; purgatório ou inferno! Até, se existe - o deus que – uns dizem que existe. Sei que todos havemos de morrer e "prestar cálculos"… Acredito em algo que me transcende. Assim como acredito no Deus de Abraão e no Jesus de Nazaré, despojados de bens materiais e sem rituais de luxúria e ostentação…


Mas adiante:
- Existem certos meliantes da cristandade que me fazem lembrar os indivíduos que só tomam banho ao Domingo. Durante a semana sujam – se nos seus afazeres. Ao domingo lavam – se e ficam a brilhar, prontos para outra semanada de trabalho.


Estes “farrapos” fazem as maiores patifarias possíveis durante o mesmo período de tempo e ao Domingo vão beatamente á Igreja e pensam que fazendo o pelo sinal (desconexo) e mexer os lábios – plagiando quem reza com fé genuína - que ficam livres da nojeira que praticaram nos outros seis dias da semana contra os seus semelhantes, abusando do estatuto que gozam. Pensam que ficam límpidos e purificados dos “equívocos” da semanada finda… Limpos e luzidios. Com pilhas renovadas… sentem – se preparados para começarem outra semanada, folgazões, rosados e corados para outra arruada. Uns por serem ricos; outros por serem invejosos; aqueloutros porque sim; alguns porque não… (estás-lhes na génese).


Mas a história diz que existe tempo no tempo para outros tempos!


Para essa maltinha, um recadito:


Não tenho medo de ameaças.


- Um homem que não sabe morrer por um ideal é um cobarde. De todo não a temo porque é uma circunstância da vida. Fascina – me o seu silêncio e a sua grandeza de equidade…


Não ousem o atrevimento de tentarem manietar o meu direito à minha cidadania.


- Já não viverei tantos anos como aqueles que já desfrutei, por isso sigo o conselho do talentoso artista e cedido dos vivos; - António Feio “ … não deixes nada por fazer, nem nada por dizer… ”. Paz à sua Alma.


Não importunem a minha família com o intuito de me atingir.


- Serei implacável na sua defesa e determinado, em denunciar e acossar tal energúmeno ou energúmenos.


Já chega… basta.


Serve o barrete a quem necessitar dele para esconder a vergonha de não ter vergonha!


Jorge Gonçalves