Morrer é tão natural como a sede de viver
É ver alguém inerte sem vontade
Débil. Igual ao sono de muitos dias
Ao fingir estar quieto e iludir resnascer
Que só não dialoga porque na verdade
Nos sente e espera a nossa vez de morrer.
Ninguém nos perguntou:
- Tu queres nascer?
Tal incomodo - seria útil!
Porque é que cada mãe chorou!?
- Elas evitariam de sofrer.
Talvez a sua dor não fosse tão fútil!
A morte fascina – me. Quase que a venero
Eu que me recuso ter nascido só para morrer
E vi a “Lélia” e olho o “Carlos” e o que eu quero
Era parecer que morri na sua vez, sem os perder!
O meu dia chegará… vai acontecer
A morte não me aturde, sou seu acervo
É um facto poente de qualquer ser
O último ai dum ego que por virtude
A caminha sem a entender…
Na pálida alma dela não se esconder!
Alberto de Canavezes