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domingo, 13 de novembro de 2011

POEMA - Amo a minha outra Pátria.

Não falem nada hoje. Senso – me repelido.


Pressinto que uma mercê me vai acontecer


Sinto uma dor que sem ter fulgor me faz ferido


Entrementes ouço música, e finjo adormecer.



Ana Carolina e seu Jorge. - “Pra rua me levar”


“É isso aí”. Que Brasil tenho dentro das entranhas!


Minha pátria, minha madre. Que cortejo de encantar


Sou brasileiro eu gritei nas margens do Rio Ipiranga:


- “Independência ou morte”.


Eu estive lá. Sem ser nativo ainda. Sem saber falar…


Fui “regente” e “príncipe” indigente sem saber andar…


Falei a Jorge Amado, de "Teresa Batista Cansada de Guerra”.


O que ensinei a Roberto Carlos para ele ser "REI" a cantar!


Adormeci num sonho de Eurico Veríssimo e ele escreveu:


- “Olhai os Lírios do Campo”.


Brinquei com Maria Bethania e Caetano Veloso em São Salvador da Baía.


Era um bom rapaz… provoquei Cecília Meireles e ela ortografou:



“Retrato”
“Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?”



- Irmãos, eu quero paz!


Tony Ramos se não fosse eu… o que serias?


E você, António Fagundes teria esse charme?


Sónia Braga simbolizo… em si a mulher brasileira


Lembra - se dos nossos passeios pelo Leblom!?


Como é bom sentir – me poeta, divagar, imaginar…


Pedir ao Padre Américo: - baptiza-me no Amazonas.


Separa as águas do Atlântico e alimenta este meu “embaço”


Ir a pé a “Vera Cruz”. E entre Paulo Coelho criar meu espaço!



ALBERTO DE CANAVEZES