Um Município do Planeta Terra, numa atitude “visionária” e de uma responsabilidade fora do comum, fez um “simulacro” de trasfega de desocupação de uma casa acarretando os seus bens para outra. E digo “visionária” e falo em “simulacro”, porque existem muitos Portugueses – onde me incluo – que podem ser obrigados a acções de despejo por não conseguir honrar os seus compromissos. Assim é necessário pessoal para ajudar a deslocar a mobília. Ou o que sobrar dela devido às penhoras e outras solicitações judiciais… E como os comuns dos mortais não lhes é permitido contas à ordem com saldo negativo, nem que seja num “umzinho” cêntimo. Tal Município fez esse simulacro com duas pessoas “agenciadas” - aqui louve – se o propósito económico de não possuírem farda, dando um exemplo de poupança a todos os títulos de louvar e enaltecer – da casa do filho do edil para casa do edil. Aqui não venham as más-línguas dizer que é manivérsia ou usura de poder. Eu interpreto isto como um treino às capacidades logísticas das duas senhoras “agenciadas” se houvesse a deterioração da mobília ou ineficácia de transporte, assim o prejuízo ficava em casa. Louve-se este registo e cuidado. Aparentemente tudo correu bem! Quando esta iniciativa irá ser implantada na comunidade, não o sei. E aqui também julgo que se estão a fazer contas se a atitude “visionária” e de “simulacro”, acarretam mais um acumulado na rubrica, “outros”, que possam “inchar” o orçamento para um deficit, maior e ingovernável. A ser assim, louvo a atitude exemplar e única no Planeta Terra, que tal Município efectuou e pondera implementar – ressalvo os estudos que supostamente estarão a efectuar para ver os impactos orçamentais - para os comuns dos mortais usufruírem de um serviço que garantidamente irá ser profícuo e possui bastante futuro. Nós, o Zé-povinho, agradecemos.
ALBERTO DE CANAVEZES/ JORGE GONÇALVES