Antevejo – me numa folha de Outono
Na sua verdura e na sua aridez
No acordar…
Abrir os olhos de um sono
Porque a minha história não começa:
- Era uma vez.
Empeçou: - sobe o pano começa a peça,
- Exercita o teu soliloquiar…
E vive num teatro sem guião
Ouvir o contra-ponto
De maneira que não te esqueça
O andar pé ante pé sem calcar o chão
Ajuntado, as migalhas do teu conto.
… …
Não me levantem a mão…
Eu estou pronto.
Para o tudo e para o nada
E fazer o meu trajecto
Não na tua… mas na minha estrada!
ALBERTO DE CANAVEZES