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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A política do “mamarracho”! É para continuar?

Vila Nova de Poiares precisa de uma purga. Urge saber, em que estado estão as suas Instituições e a sua capacidade de sobreviver num futuro próximo a anos de um estilo personalizado a raiar o fundamentalismo monoteísta. Vivemos numa sociedade sem estímulos próprios. Criou – se premeditadamente (e ingenuamente muitas vezes fomos na onda) uma inter-dependência que tem como cunho de matriz o alicerce: Autarquia na vontade de quem lhe dá rosto e voz. Nada se faz sem o seu dedo indicador. No deixa andar, nunca questionamos tal referência porque algo se ia fazendo. E até se fez muita coisa que merece o nosso aplauso e reconhecimento. Sem dúvidas de espécie alguma. Os porquês vieram depois. Criou – se a estrutura e só a pulsação e batida de um coração se manifestava como sendo o principal “átomo” do seu núcleo. Tudo o que é Órgão Social de que Instituição for, tem o mesmo - ADN – e tipo sanguíneo. As impressões digitais são uma constante “toxicológica” em toda a sua vivacidade.



Vamos viver duas transições muito peculiares.


1. Uma nova nomenclatura autárquica, com outras regras de implementação. Sendo no dia de hoje uma incógnita as transmutações do que isso implica. Como será o quadro autónomo que isso nos transmite como deferência e referência. O que seremos? Se formos Concelho – o que eu desejo – se temos Freguesias o que não considero. (Já pensei o contrário…) Mas para prevalecer o municipalismo no contexto da “TROIKA”, ela é bem explícita nas suas restrições. Partindo do dado adquirido que continuaremos a ser Concelho a sua disputa eleitoral vai ser um acontecimento novo, vai ser muito intensa a sua campanha. Se as coisas fruírem naturalmente nascerá algum de bom… agora se houverem “empacotamentos” vamos ter mais do mesmo, mas para pior. A manipulação será o empobrecer o que de mais estéril possuímos no meio de tudo isto: a cidadania. Se o actual Presidente apontar e disser: - eu quero que vocês elejam este. É passar-nos um atestado de incompetência democrática, e podemos deferir disso uma manigância para perpetuar não o “homem” mas a sua doutrina… A ser assim jamais votarei PPD/PSD. Caso o povo não pondere dar vida a uma dinâmica pró-activa na sua emancipação social e de urbanidade. Que é dar vida a “Poiares na Cidadania”. Isso depende única e exclusivamente da sua vontade, eu lancei o seu propósito. Aguardarei o que aparecer como alternativa. Isto tudo para proferir que a promiscuidade que assistimos hoje entre Instituições e o Município pode sofrer alterações nefastas para todos num futuro próximo. Com os problemas que respiramos em cadeia por causa da globalização de todos os sistemas operativos que trabalham tipo dominó, pela debilidade do estado pela impunidade a que os políticos estão votados na gerência da causa pública que nos levaram a este descalabro e pela desgovernação local que estamos a presenciar, “as vacas sagradas do Estado” vão sofrer cortes drásticos nas suas receitas. E o âmago da questão é este: as Instituições que só irradiam uma sombra têm bases próprias para se sustentarem a si próprias? Creio que não e vamos assistir a muita fuga para a frente. Não quero acreditar que quem ganhe as próximas eleições autárquicas faça mais do mesmo. Eu exijo, vida própria para cada uma delas. Seja o Manuel que gosta de agriões ou o António que nem por isso. E falo concretamente na: Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Poiares; Associação de Desenvolvimento Integrado de Poiares; Confraria da Chanfana; Associação Desportiva de Poiares; Filarmónica Fraternidade Poiarense que vão vivendo estas duas últimas com muita carolice á mistura… Depois, falamos de um espaço inerte: Centro Cultural de Poiares, obra de fachada sem alma criativa… simplesmente reducente, de um Complexo Desportivo que funciona no seu todo aos soluços e moribundo...


2. É o que eu chamo de “outros … ares”. Seja quem ganhe as eleições autárquicas daqui a dois anos – com a caracterização já descrita - se terá a coragem de “derruir este polvo” sem descaracterizar os intentos para que as outras Instituições foram constituídas sem ferir de morte o Município! Só sendo um parceiro semelhante na exigência da complementaridade e de contenção na atribuição de subsídios e serviços. E quando os efectuar que o sejam dentro de critérios previamente definidos em prol da comunidade e muito em particular dos seus destinatários. Não ao, libré arbítrio e escondido na “rubrica”: - outros. E que surjam em cada Instituições outras pessoas outras gentes...



Será que somos capazes de nos regenerarmos!?