Hoje… deu-me para esmiuçar, o meu coração
Não pelo lado da ciência, sim pela ala afectiva
Foi-me difícil bisbilhotar, tal praxe e ter acção
Sem desmaiar, perder os sentidos e rebolar pelo chão
Refeito e a alentar achei e afastei imagos… e selectiva
A mente repreendeu-me de passar tempo… sem razão
Porque me olvido de desviar o nutrir do amar na altiva
Certeza que gozo dentro de mim nacos de uma oração
Que foram foles de verbos e notas de muita fotografia.
Eu ajuntei Sabouga, desde a Tia Augusta ao Ti Ferreira
Recebi do meu pai ser alma, rosto e voz das Lavegadas
Sofri de cobiças de labregos, e de parca forças penadas
Cantarolei ao desafio na safra do trigo e centeio na eira
Amei desalmadamente – uma Bela – estimei esse amar
Adejei calmamente parar por agora e o coração colocar…
ALBERTO DE CANAVEZES