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sábado, 14 de janeiro de 2012

POEMA - ... esperar por cá!

Adoro um fragmento, de confusão


Uma pirraça, dom de uma arritmia


Moro, num decepado naco de chão


Que acha baralhar a noite dum dia.



Tenho um pensamento, uma ilusão


De possuir uma quimera, em ferida


Não nego fogacho nem inquietação


De suplicar o quanto ela é aguerrida.



Ouço burburinhos daqui e dali. Artigos.


Não me amedrontam nem me afastam


São desses sussurros que me alimento


E que por muitos vocábulos me matam.



Querem-me traste melífluo ou acidifico


Tanto me faz. Conforme me deu ou dá


Aonde resido agora, obedeço e me fico


Estou na ilharga, de vos esperar por cá.


ALBERTO DE CANAVEZES