Despertei…com todos os Rios na minha porta
Ribeiras, Riachos…e com duas Gotas de Água
Conheci-os, tanto dês o Tâmega ao Guadiana
Menos as duas Gotas de Água.
A que olhos respeitavam, elas?
Com jeito retirei-as
Separei-as…
E nas palmas da minha mão vi
Um olhar impregnados nelas…
Que descobri,
Serem tuas
Meu amor.
Porquê, essa rebelião de aguarelas
Entre tantas águas de tantos
Rios, Ribeiras e Riachos?
A sede de saciar o teu amar…
Bastava só beijar os teus lábios.
A ânsia de acariciar o teu desespero
Era eu segredar-te aos teus ouvidos
Das margens de cada Rio, Ribeiras e Riachos:
- Esquece. Não chores que eu espero
Conseguir…
Penitenciar os meus desleixos e castigos...
E enganos...
E separando as águas…
Caminhar…
Para ir ter contigo.
Abraçar-te
E viver do teu lado
Sem te magoar
Dar-te as mãos com cuidado
Numa ideia de devolver
Os Rios, Ribeiras e Riachos ao seu lugar
Como devolver-te as duas Gotas de Água
Novamente ao teu olhar.
ALBERTO DE CANAVEZES