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domingo, 1 de janeiro de 2012

Um dia para assumir propósitos anuais.

Comemorei a passagem de ano como sempre o fiz até hoje. Dentro do meu espaço familiar, junto da família. Deitei-me pelas duas da manhã. Levantei-me, eram oito e trinta, tomei “as gotas” e deitei-me outra vez. Desejei um bom ano à minha esposa… Adormeci novamente. Levantei-me, eram cerca das quinze horas da tarde. Tomei banho – tive o cuidado de vestir umas cuecas azuis – e vesti a roupa do ano anterior. Uma camisola interior, que passa para o exterior aquando do verão, ofertada por uma colega de trabalho que pertence ao Moto Clube de Gois, o Nuno. Umas calças com os bolsos rotos… Uma camisa azul já gasta… umas meias em razoável estado e um meu casaco de muitas horas de alegrias e tristezas. O meu manto, a pele desta carcaça que este ano senão morrer de morte natural ou for empurrado para esse belo acto de silêncio, por convicções, motivos de cidadania e liberdade… fará cinquenta anos de idade. A morte é uma circunstância da vida. A morte fascina-me pelo seu lado dogmático e pela presença física de nada pedir a ninguém e estar por cá… Não a temo… porque ela definirá na posteridade se valeu a pena, ter merecido viver e se fui digno de ostentar a sua alma. Recuso-me só ter nascido para morrer. Acredito em algo que me transcende. Mas cada vez, me vejo mais distanciado da Religião na qual fui criado. A Religião Católica. Respeito todos os acólitos de todas a religiões que pugnam praticar a sua epístola fundamentada nos valores espirituais que respeitam o ecumenismo da liberdade de reconhecer vários caminhos para chegar ao ponto de encontro da “Terra Prometida”, na paz, solidariedade e respeito mútuo. Assim que possa vou levantar uns livros… para me documentar sobre o caminho com qual mais me vou identificar. E abraçar essa crença, sem complexos. Nem qualquer estigma de ser acometido por apreciações depreciativas, dos iluminados cá da paróquia.


Tenho propósitos e objectivos que pretendo alcançar. Quero corrigir alguns erros de percurso; quero honrar com Instituições Bancárias renegociando outras prerrogativas de comprometimentos que por várias vicissitudes descorei … sem nunca dar tréguas a manigâncias e trafulhices, dos comensais deste regime corrupto e acéfalo.


Tenho coisas que pretendo fazer… que intrinsecamente são de valor e auto-estima pessoal…; familiar e colectiva. “Não me peçam piedosas intenções”, serei eu em mim num ano que preconizo ser de muitos proveitos pessoais e de cidadania. Alguns mitos irão cair por si... Haverá deserções, sem dúvidas nenhumas… Haverá um inicio de purgas em sítios e zonas fundamentais dos catálogos que esta democracia criou. A impunidade nos cargos públicos irá começar a ter consequências. Quero e exijo, participar na Reforma Administrativa do Poder Local. Não pretendo impingir a minha vontade, quero que ela seja um contributo para aclarar reflexões e análises construtivas. Não pretendo ser um cidadão que só serve para pagar as calinadas de políticos medíocres e alienados. Quero participar, como contribuinte – indignado - e através do preceito da minha classe de homem que ama a sua Pátria.


Quanto tanto possível, pretendo estar em todos os “areópagos” das decisões políticas.


Quero codificar os mais de cinco mil poemas que possuo, escritos desde os meus dezassete anos. Aperfeiçoar os meus quinze livros. Cujo primeira obra, chama-se “Tia São”, uma homenagem à minha tia Maria da Conceição Rodrigues, e há aldeia de Sabouga. E personificar essa deferência também, em todos os seus habitantes – aquando da minha meninice – em duas pessoas que jamais pretendo esquecer, a Ti Augusta do Soladinho e o Ti Ferreira, da Quintã…


Quero treinar uma equipa de Futebol. Tenho conhecimentos para isso. Certificações para tal. Sei dar treinos específicos e por sectores. Tenho a noção que tenho qualidades para edificar Atletas de eleição. E ajudar… a mudar mentalidades. Não é snobismo é ter a noção das minhas capacidades e dos meus conhecimentos. Depois existem os adversários que podem aquilatar dessa realidade ou não… aprendi muito com o meu filho Tiago. Um treinador de mão cheia. Aliás, pode ser tudo o que quiser. Talento não lhe falta… (depois a seu tempo, terei umas histórias para contar sobre uns puxar de tapetes…). Independentemente, de muita treta que por cá se diz… contra factos não há argumentos.


Em suma, terei tempo para tudo. Dormi no primeiro dia do ano aqueles minutos a mais que não dormirei no seu decorrer. Faço isso todos os anos.


JORGE GONÇALVES