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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

POEMA - Trivialidades

- Que coisa de somenos


Uma criança ter fome!


- Que coisa de somenos


Um velho que não come!


- Que coisa de somenos


O seu poisio ser na rua


E nenhum deles dorme!


- Que coisa de somenos


Andarem sujos e rasgados


Em securas de pães mendigados!



Trivialidades


Que despontam numa quadra.


É natal? Ou NATAL?


Se for de letra pequena é ardil


Se for de letra exaltada é covil…


Tudo tretas… patranhas e petas.


Todos nascemos.


Todos vivemos.


Todos morremos.


Enquanto houver uma mão estendida…


A suplicar a verdade da nossa decência.


A vergonha não tem imagem. É ferida…


Impunidade de usar na alma indecência.


Trivialidades


De não ser ter cultura nem o duelo da benevolência


Fazer de qualquer merda um retraimento de ciência.


ALBERTO DE CANAVEZES