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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

POEMA - Dubiedade!

Não tenho medo da sorte e do juízo da morte


Tão escasso do seu bálsamo a paz e o silêncio


Que nem sempre a inteligência e a consciência


Conferem os impulsos do seu fumo ou incenso


Baralhando o engenho da vida e as suas cinzas


Com o viver por viver na vida sem saber andar


Ao lado da alforria, da cidadania sem as provar.



Sinto que algo em mim está de saída. Que bom.


Sinto poder que me persegue que não dá a cara


Não olho para trás. Aguço o odor da sua sombra


Mas podem trazer arraias… barulho e muito som


Não me prostrarão. Eu da dubiedade tiro a vara


Com a qual agitarei tudo no voar de uma pomba.


ALBERTO DE CANAVEZES