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domingo, 4 de março de 2012

Meio século… outro tanto não existe para mim.

DIOGO LUCAS LINHARES


Nasceu em 21 de Agosto 1993, em Coimbra. Jovem de talento… Poeta maior… Vi-o nascer… orgulho-me de o referenciar como Diogo Xavier Lucas Cardoso… Estuda História na Faculdade de Letras na Universidade de Coimbra.


Editou um Livro de Poesia “Dias de Sorte”, na Editora “mar da palavra”, colecção Poemar nº 6.


Hoje faço 50 anos de idade. Tenho o meu correio eletrónico atulhado de amigos. Imensos Amigos. Uma multidão, imensa… Sinto-me pequeno perante tal “manifestação”. Aonde constactei o meu “irmão” Tonito Espanhol e a minha “sobrinha” Bianca… Hoje sou imensamente pequeno… mas enorme de intelectualidade. Quando falo de Linhares e do meu “irmão” Tonito. Linhares é a actualidade da arte escrita num Concelho dado ao tosco. O meu “irmão” Tonito é o vindouro de um pretérito presente. Ambos poetas. Grandes. Numa terra… que para nos instituir mérito temos que ser subservientes e submissos. A crítica de ser livre neste concelho, é pasto para animal desdenhar. Linhares, na sua poesia simples mas de sentimento profundo: - “ mas eles não sabem / que os prodígios são indomáveis”, e Tonito Espanhol meu “irmão” que com os seus escritos acutilantes e sinceros, pretende“… criar rendimentos dos seus livros, para formalizar uma bolsa de estudo para que outros meninos não passem pelo que ele passou…” e eu (menino mimado) sou testemunha do quanto ele sofreu e passou. Muitas privações que fazem dele hoje um Homem sem crepúsculos de inquietude pessoal.


Num Município que edita obras de gente “comensal” ou do artista supremo desta bandalheira: social, cultural e política. Com dinheiro dos nossos impostos e emolumentos Municipais, está tudo desdito no dito.


Caminho – aos cinquenta anos – para editar os meus Livros. Posso-vos dizer que protelei tal facto para poder contar com a chancela de um “cavalinho” que me é muito querido – CTT – e de um dos seus “curros” (espaço) para autenticar as minhas rugas… nas dedicatórias. Pedi unicamente, que as estações dos Correios pudessem comercializar os meus livros, sem custos de qualquer ordem. Mas com o proveito de… Tal resposta tarda… porque não sou um alinhado. Também posso anunciar que os direitos de autor eram 2% para a Fundação das Comunicações e 3% para a Fundação Benfica. Na segunda edição era o inverso… Não obtive resposta. Reparem que quem manda é de nomeação política, neste País… como tal estou feito. Não assinei o Acordo da Empresa; faço greves; levanto a voz… e acima de tudo: sou eu em mim.


Independentemente, de tudo, não (herdei) … dinheiro para fazer aplicações, e baixar-me ao beija-mão. Não cultivo o cinismo de ser o maior… Sou o que sou. Mas sei o quanto trabalho e doei… e dou para aquela casa. Basta testemunhar a minha presença perante os meus “clientes” e registam-se fins-de-semana… As actas falam, por mim… os proveitos já não são assim. Das pessoas que me relaciono … … só recebi uma mensagem de parabéns… a página 151 do “Portugal Connosco – O Olhar dos Carteiros”, além de um fenómeno, demonstra o contraciclo afectivo e efectivo… porque a dor de cotovelo é tão grande, entre outras aflições, que hoje para alguns é um dias de imensas contradições. Não sabem viver com os sucessos dos outros… Falo, disto, abertamente porque sou incapaz de pensar uma coisa e dizer outra… doutrinariamente estou aqui. Mas fazem jantar de Natal… numa de espirito para “cliente” aplaudir. Inclusive, prémios a que tinha direito… outros se lambuzaram, levantando-se ao meu nome… Mas isto tudo vem a propósito de vivermos numa sociedade de heróis feitos sem grandes feitos. Bastam: comer, calar e agarrar.


A minha prenda a mim próprio é falar de Linhares e dizer que é preciso comprar o seu primeiro livro de 40 poemas e falar do meu “irmão” Tonito Espanhol e comprar numa das mais nobres salas deste Concelho a casa “Coimbra & Filhos” – aprendi isso com o meu amado Pai - um dos seus três livros. Senão os três para que o seu sonho se torne uma realidade. “Dias de sorte” do nosso Poeta Diogo Lucas Linhares custa dez euros.


Este falar triste, não é de ressabiado. Porque quem lançou os dados assim fui eu, mas agora tirei tal intenção de cima da mesa. Eu sobrevivo a isso com a maior naturalidade possível. Não sou hipócrita mas também não sou estúpido. E posso-vos garantir que depois de ler Linhares, nada voltará a ser como dantes. Recuso-me ter nascido só para morrer. Contra ventos e marés serei: eu em mim. Quem gosta, gosta quem não gosta, gostasse. Eu vivo em Vila Nova de Poiares com naturalidade… não estou cá para “recomeçar”, como se a vida fosse um quadro aonde se escreve um texto e se apagasse, até que a “fotografia” fique retocada ao livre arbítrio do nosso entendimento e prazer. Ousadias… não caiam no engodo que aqui exponho, servido pragmaticamente e já alimentado. Premeditadamente… Subsisto. Teimosamente… Insisto. “Não deixes nada por dizer nem nada por fazer.” Disse-o António Feio. E como não é lindo subscrevo tal afirmação. (Diz-me com quem andas que eu te direi quem, és!) …


ALBERTO DE CANAVEZES