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sexta-feira, 23 de março de 2012

POEMA - Uma cantiga para falar

Espreito um arraial de estrelas no céu


Que giram e galreiam numa brincadeira


Como cereais malhados ao sol e na eira


Longe de mim numa aragem seca de breu.



Tenho sede de as ver, saudades coloridas


Percorro-as com os olhos. São… as vidas.


As existências de algumas almas perdidas


De umas orações castigadas e escondidas.



Fascina-me levantar o olhar para o além…


Sonho a esfinge de uma mulher nua e bela


De conluio espreito sem pudor pró aquém


Atirando um beijo isolado de uma aguarela.



Quero amar.


Quero ser teu, amor.


Quero andar.


Quero o teu, amor.


Navegar nas estrelas


E de par em par abrir todas as janelas


E sequestrar todos os arcos iris


E fugir…


Partindo para onde tiveres que ires.



Vá.


Vai.


Eu vou atrás de ti


Assumo ser teu sujeito


Arrogo que te pedi


Sentir que me estás no peito


E de me ofender te ofendi


Num rasto a eito


Das estrelas em que te vi…


ALBERTO DE CANAVEZES