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sexta-feira, 23 de março de 2012

POEMA – Filosofia dos Cinco Sentidos

Um olhar sentido


Um sentimento comprometido


Algo que nos liberta e algema


Numa forma de viver perdido


Entre as letras e rimas de um poema.



Um falar sustenido


Um contentamento prometido


Algo que nos aperta e algema


Numa plataforma de nascer arrependido


Entre as tretas e primas de um sistema.



Um escutar retido


Um apontamento infligido


Algo que nos acerta e gema


Numa norma de perder estendido


Entre as abertas e cismas de um teorema.



Um cheirar pervertido


Um alongamento estendido


Algo que nos oferta e trema


Numa conforma de saber ofendido


Entre as gavetas e climas de um problema.



Um apalpar vertido


Um momento surpreendido


Algo que nos alerta e emblema


Numa reforma de receber ferido


Entre as roletas e cimas de um tema.


ALBERTO DE CANAVEZES