Não restam dúvidas nenhumas
Que o ser humano é complexo
Uma obra da sagacidade dos Deuses
Como canta Roberto Carlos na música
Com a letra o “Côncavo e Convexo”
Um brutal animal assexuado e de sexo.
Nos primeiros choros da vida. Uma dádiva
Abrimos os olhos e espantados… ficamos
Miramos tudo com a guloseima… de quem teima
Arribando para o “sorvedouro” do incógnito
Com ares de importante e pouco constantes
Desbarbando. Entres bandos de montanhas e multidões
Inúmeras contradições. Muitas trapalhadas. Infindas ilusões.
Ilimitadas objecções. Algumas embaralhadas. Infinitas razões.
…
Agora que aqui cheguei e por aqui estou de braços “quase” caídos
Tragam-me um jarro de água vazio para encher de preocupações
O líquido em falta é a seiva da localidade, da nossa cidade, da vida
Empurrem-me para a Amazónia, obriguem-me a não resfolegar …
Soprem que o meu ar é de todos e para todos, mesmo estando, resto na margem além dos atrevidos.
E, eu, um espécime admirável, disputo um ramo perdido da floresta entre ramos perdidos.
ALBERTO DE CANAVEZES