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sábado, 10 de novembro de 2012

Fedores e odores bafientos… (1 - !)

Apertaram-me uma calosidade… e doeu.

Existe “algo” na orbita planetária:
Em que existe um “contrafeito” mal-educado – “com um dom qualquer (?) ” - que ousa manietar o percurso das pessoas como se fossem um objecto. Usa e abusa do poder outorgado, para perpetrar os seus achaques contra quem ousa pensar e agir diferente. Engaveta as ideias dos outros e tempos depois por Lâmpada de Aladino, implanta-as como suas, semeando o seu endeusamento e cristalização... Assim como, existem indivíduos emproados que o combatem como perus inchados, nauseados, abeirados aos bordos de uma conduta que não cultivam. São mancebos da causa pública que mandam uns bochechos de “alquimia” da boca para fora e preconizam serem os Richard Gere, de uma nova maneira, romântica, de fazer política. São dos tais que nada fazem em concreto para aniquilar o “tártaro do contrafeito”. Aliás contribuem para esta pasmaceira. Porque desacreditam com os seus preitos retóricos a oposição como alternância de poder. Porque se falar dos seus actos em prol da causa pública, a coisa enfadonha… Nada promovem, nada movem, pouco fazem, muito prometem e nada se mortificam. Quando chamado a contas desculpam-se com a sua vida privada e profissional. Relapsamente deixam-se coabitar.
(Este texto, vai lentamente continuar até moer o qb.)
JG

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Poema - Frio de amor em quentes amares

Sinto um arrepio imenso de frio
Quando me julgo no calor dos teus seios
Quando me cinges com um olhar de anseios
E ouço nas cordas de um violino
As mágoas melódicas do nosso destino.

São, estas as alucinações que crio…
Quando me descubro perdido em enleios
Na certeza que me faço escoltar de receios.
E ouço-me a chorar como um velho menino
Sem nunca ter crescido e continuar pequenino.

- Meu amor que arrepio!
Meu amor doa-me esse castigo
Pois se amar é bom e mau assim-assim
Não me acordes
Deixa este sonho
Ser filme até ao fim.

- Meu amor que amor respiro!
Falta-me a aura para te declamar
E a tua alcunha para me apelidar.
Achada,
Depois de a reviver…
Não te incomodes
Deixa-me nos teus seios adormecer.
Tenho imenso frio
Quero-me esquentar
Se arrefecer…
Não fiques preocupada
Só não me deixes acordar.
… … … …
Alberto de Canavezes

sábado, 3 de novembro de 2012

POEMA -Teimosia de não ser obstinado…

Quedo-me ao pé da minha sombra
Reparo em algo que aparte de mim
Que adeja nas asas de uma pomba
E que no partir já é dado a um fim.

Existem eternidades, horas e tempos
Que a morte nos trás vida e silêncios.
Existem eras, desforras e momentos
Que açoitam chamas a uivar incensos.  

Eu procuro-me a olhar em redor sem nada ver
E tenho que do muito que desejo o descubro.
Distante fica o meu traslado de perto o saber
Na fineza do manto que me destapo e cubro.

Que nos tempos que se passaram e nos que onde vir
Eu pretendo-me convencer sem nunca me persuadir.
ALBERTO DE CANAVEZES