VISITAS

sábado, 31 de março de 2012

POEMA - Cuida-te Coimbra. Alerta os teus Doutores.

Coimbra vai tirar espaço às futricas e tricanas


Vai ver passar caravanas e circos com primatas


Aguarda preocupada a investida de um labrego


Nas vizinhas eleições ditas livres e autárquicas.



Deixem-no ir. Era para ontem tal evento. Aplaudam-no.


O Penedo da Saudade vai desprezar o lugar dos poetas.


Haverá algumas dissidências daqui com a barraca às costas


De uns convivas de cá com rombo nos cadernos eleitorais…


Coimbra do Choupal até á Lapa vai ouvir o "mester" tretas


E, vai fitar manilhas e sacos de cimento a todas as portas.



O “bazófias” vai secar. Não há, dúvidas nenhumas… Creiam-no


A briosa vai ser pintada de verde mais a torre da Universidade


“ A cabra” vai tocar rouca e muda, numa aflição de puberdade


E a Academia vai expulsar os capazes e substitui-los por tolos…


E de cevada e favas remolhadas e demais fornadas fazem bolos.



A história de Inês e Dom Pedro passa a ser um embuste. Não foi.


A feira dos vinte e três vai ter outro desiderato… e mais amores


Santa Clara ouvirá guitarras a trinar entre uns arrufes… de “boi”


A Sé Velha verá muitos “lentes” a demitirem-se de ser doutores…



O Rei Dom Dinis de cognome na história de Portugal “O Lavrador”


Feitor do pinhal de Leiria e lúdico. Legava a Dona Isabel os pobres.


Parece que daqui vai partir o púdico e franqueado: “o comendador”


Que não indo de carrito leva no cesto o bodo de todos os “obres”…



Não chorem. O Portugal dos Pequeninos rejubila com tanta criancice


Tudo lá é pequenino. Menininho. Na Figueira da foz não se formou: ele


Não foi por não saber… foi um pouco mais que nada… ares de aselhice


Estava só. Não tinha parceiro para copiar e ela: “A tal”, nada lhe disse…



Se ninguém lhe der boleia. Eu pago-lhe o bilhete. Com uma condição:


Vai de ida e não regressa. Lá vai perder em todo o circuito e palidez.


O seu delfim aqui vai esvoaçar para a derrota. Viva utopia da ilusão!


Na terra da revolta estudantil de 1969 ao facho… Chegará a sua vez.


ALBERTO DE CANAVEZES

POEMA - Como se fosse tarde.

Nunca é tarde para compreender


A vida é um ensinamento aberto


Que se fecha e reabre…


Ininterrompidamente até um fim.


Cada presença de cada um no mundo


Deve ser a passagem de um vestígio


Que nos melhora o ânimo de uma via


Na plataforma de ela nunca ser nua.


Como por castigo de referência


Domiciliar-se na mesma esquina ou rua


Na continuidade do saber como ciência.



Do meu Pai recebi a paixão do livro


Para os meus Filhos, expresso o seu paleio


Numa áurea de alimento e sobremesa.


Não tenho receio do que escrevo ou leio


Se cada fatia de cada repasto fica na mesa


Entre migalhas de pão e de alguma sofreguidão


Se a míngua de tal sustento nunca nos dá pobreza.


E entre todas elas é sempre a de maior riqueza…


AQLBERTO DE CANAVEZES

…fazer algo, em vez de tomar algo!? II

Como o explanei, tive a reflectir a vida e reorganizar empreendimentos. Nessa perspectiva, o que escrevi está escrito. E espraiado no meu Blogue. Para os efeitos por todos achados convenientes. Não lhe retiro uma vírgula. Retoque só para “rectificar ou ratificar” erros ortográficos e outros de sintaxe gramatical. Mas nesta ultima empreitada só depois de muita conversa… e mesmo assim não sei.


Quanto ao resto e demais, por uns tempos, darei boas novas, quando novas boas e fresquinhas “florirem” deste Pinhal Interior (cheio de palmeiras e os seus vírus).


Estou numa de escrita… e de futebol de formação. A estudar bastante a ler muito sobre a bola redonda, chutada pelos e com os pés. E poucos podem meter a mão…



Caso apareçam boas companhias, a coisa muda de figura. Temos “jogo” de certeza absoluta. Vamos a “entretenimento”.


Os Flintstones e a raça “p0iaòdois” II são para continuar. Sem dúvidas nenhumas. (Já vou na vigésima primeira quadra). Que mal fizeram os indivíduos da idade da pedra? Os outros não temos tanta certeza na sua “inocência”. Mas já viram filmes de cowboys e afins sem os bons e maus da fita!? - Eu não.


ALBERTO DE CANAVEZES / JORGE GONÇALVES

... fazer algo, em vez de tomar algo!?

A bestialidade de quem quer ser bruto na meiguice, no fim de melancolicamente falar em utopia, não lembra ao mais burro dos asnos.


“Jaime Marta Soares diz a Miguel Relvas que “a utopia comanda o sonho”


Sandra Henriques 23 Mar, 2012, 12:23 / atualizado em 23 Mar, 2012, 12:24


O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, Jaime Marta Soares, afirma que os cortes na despesa dos municípios têm que tocar a todos.


Em declarações à Antena1, Jaime Marta Soares comenta a criação de uma Equipa para os Assuntos do Território, que vai ter que apresentar propostas sobre um novo modelo de racionalização administrativa. Este grupo de trabalho é orientado pelo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.
Um dos autarcas históricos do PSD começa por dizer que “a utopia comanda o sonho e o senhor ministro tem o direito de ter esse sonho bom para o seu país”.
Jaime Marta Soares acrescenta que o país tem que ser visto como um todo, até porque ao longo dos anos têm-se registado políticas erradas que não travaram as assimetrias entre litoral e interior. O autarca de Vila Nova de Poiares afirma que os Governos têm dado todos os apoios ao litoral, em detrimento do interior.”


A mim o que me fascina pelo lado torto da história é como uma alma “decadentemente” da política ainda tem guarida nos Órgãos partidários do PPD/PSD. Aqui se vê a pouca vergonha que assola os nossos partidos políticos. Interesses obscuros, proveitos de prestidigitações vadias entre outras posições e atitudes desenxabidas a raiar a insanidade social.


Se perdermos algum tempo – não merece muito – a revisitar o Jornal “O Poiarense” e outros serviçais regionais editados ao longos destes 37 anos, aferimos um assomo de “crescendos em forma e conteúdo” ou seja piruetas, cambalhotas e espalhanços para a frente nos propósitos de queda livre ao chão, que é obra. A comédia é, à mais quixotesca possível. Dá para uns bons minutos de boa pandega… e melhor indisposição. E indisposição porque este político endeusado e cristalizado sem caracter e vergonha política nenhuma, mente com a tacha toda. Confesso que não estou com pachorra nenhuma para lhe mais protagonismo no meu Blogue. Verifiquei com ele – o meu Blogue - que a equidade está formatada para estes “animais” políticos que com a idade começam a ficar, avós e a ser-lhes tudo permitido. Não me oponho à velhice – esse é um desiderato que pretendo saborear e degustar – mas tão só, ao consentimento impávido e sereno que os seus cúmplices “arcanjos”, concelhios; regionais e nacionais lhe tributam. O homem só em si é uma obra – sem dúvidas nenhumas – mas inacabada na fuga entreaberta para nos levar ao abismo. Temos que fazer algo. E fazer algo, não é tomar algo. Vejo muita parra e pouca uva no facebook. Sempre a malhar em tal labrego. Mas só conversa fiada. Inconsequente. Aplaudo… que com isso, fizemos uma comenda, começamos a desmistificar um mito com pés de porcelana. Sem dúvida nenhuma. Mas agora sabe a pouco. Temos que o colocar a nu e a responder pelas suas contradições e abusos de poder. Porque ele usa e abusa da confiança e “com fiança” com que se depara entre mãos.


Vejo uma lufada de esperança na oposição Independente eleita pelo Partido Socialista. Admiro a sua coragem e lealdade politica aos eleitores que os elegeram. Mas é quase desgarrada porque tal – comendador – fez do nosso concelho uma comunidade acéfala, desassisada socialmente, desapropriada civicamente e mal parada… cujo interesse pela causa pública é só privilégio de uns poucos e mais uns tantos. Instrui-nos ao sim senhor. Erros nossos, tormenta a nossa. Disse-nos que pensava por nós. E nós outorgamos-lhes tal “missão”. Taxativamente isso.


Fiz algumas abordagens para iniciarmos uma presença comum e incisiva para colocar um travão nesta “coisa do desatino”. Sozinho - nesta causa - não sou ninguém. Mas com as sinergias complementadas e contempladas já consigo ser alguém. Como tal estou aqui para a “coincineração” destes regime atípico e falaz.


Agora não sofro de tiques autoritários para levar quem quer seja atrás de mim, por levar. Ou porque sim. Estou disponível para o embrião de algo, como o que denomino de: Movimento Poiares na Cidadania. Podem-lhe colocar outro nome, mas os propósitos têm que ser os mesmos. Isso indubitavelmente.


Senão fico-me pela minha escrita… e a assistir infelizmente ao continuar deste sacrilégio politico, social e de cidadania. Porque temos que saber ser humildes e organizar a “festa” numa Igreja porque se cada um puxar para a sua capela, será mais do mesmo… lembro-vos que foi no dividir para reinar que aqui chegamos e estamos. Nesta altura do “certame” não tenciono perder tempo com coisas e loisas, sem fundamento e que considero fúteis. Chover no molhado, não é para mim, de todo.


Estamos a lidar com o nosso futuro hoje. Só por si não é suficiente para se fazer algo, em vez de tomar algo!?


ALBERTO DE CANAVEZES / JORGE GONÇALVES

sexta-feira, 30 de março de 2012

POEMA – Um espécime admirável

Não restam dúvidas nenhumas


Que o ser humano é complexo


Uma obra da sagacidade dos Deuses


Como canta Roberto Carlos na música


Com a letra o “Côncavo e Convexo”


Um brutal animal assexuado e de sexo.



Nos primeiros choros da vida. Uma dádiva


Abrimos os olhos e espantados… ficamos


Miramos tudo com a guloseima… de quem teima


Arribando para o “sorvedouro” do incógnito


Com ares de importante e pouco constantes


Desbarbando. Entres bandos de montanhas e multidões


Inúmeras contradições. Muitas trapalhadas. Infindas ilusões.


Ilimitadas objecções. Algumas embaralhadas. Infinitas razões.




Agora que aqui cheguei e por aqui estou de braços “quase” caídos


Tragam-me um jarro de água vazio para encher de preocupações


O líquido em falta é a seiva da localidade, da nossa cidade, da vida


Empurrem-me para a Amazónia, obriguem-me a não resfolegar …


Soprem que o meu ar é de todos e para todos, mesmo estando, resto na margem além dos atrevidos.


E, eu, um espécime admirável, disputo um ramo perdido da floresta entre ramos perdidos.


ALBERTO DE CANAVEZES

POEMA - Imagem de uma mensagem.

Agora que estou aqui


Não tenho medo de nada


E de ninguém… só de mim.


Sinto que vou no meu caminho


Não é este a relevante passagem


Mas é o atalho que quero pró fim.


Serve para deduzir a mensagem


É a vereda que percorro


Num trilho sem destino.


Numa pousada sem socorro.



Muitas das vezes falam de mim com razão


Outras não…



Muitas das vezes querem-me questionar


E dão a resposta por mim… por dar.



Muitas das vezes lembram-se de me atezanar


Só para me contrariar.


Deixem andar.



Aborrecido ficaria


Se existisse por estes tempos um dia


Que não se falasse de esta personagem.


Podem dizer o que quiserem


Fazerem o que provierem


Que jamais mudarei a minha imagem.


ALBERTO DE CANAVEZES

quinta-feira, 29 de março de 2012

POEMA - O sol do sol.

O sol de meu sol não é só meu.


Pois o sol quando dimana


É sol para qualquer um.


A minha sombra tem o seu sol


A tua tem o seu sol também.


Ninguém tira o sol de ninguém.


O sol é vasto…


Imenso de sol.


Ele apascenta a sol, a sua fome


Tanto ao nosso lado em sol


Como em sol... no pasto.


Cada raio de sol é luminoso


E o seu sol não dorme.


O sol cresce num raio de sol em sol


E muito sol não será teu nem meu


É de todos o sol…


O sol nasce no singular


E torna-se o sol de todos em colectivo


É sol em pedra angular


Em pronome de sol e de sol em adjectivo.



Cobiças o meu sol porquê?


Se ele também é o teu sol


É o nosso sol numa partilha de vida.


Cada um de nós nasce num só sol


E esse sol é uma dádiva


Num sol que é de todos


Numa montanha de sol


E planície de sol…


Se o sol calcorreia os valeiros


As azinhagas do sol em tantas terras


Porque é que tu fazes do sol uma das tuas guerras?



Nenhum poeta de facto se sente maior que o sol


Nem maior que o sol da imaginação do sol de outro poeta


Se assim é! Porque me queres retirar do meu sol?


Que é o teu sol. No sol do nosso sol de rima aberta!?


ALBERTO DE CANAVEZES



RECADO PARA O MEU FILHO TIAGO JORGE. LEMBRA-TE QUE EU JÁ TE ESCREVI PARA O TEU SOL O SEGUINTE:


A vida nem sempre nos deixa demonstrar as nossas capacidades sem que primeiro saibamos sentir o sabor do caminho que temos que caminhar. Teima lutar pelo teu sonho e procura sorrir. Eu estarei sempre ao teu lado e quando precisares sabes que te estenderei sempre a mão... Quando mais tarde me olhares nos olhos e afagares um dos meus cabelos brancos saberás de que cor é o vento!


ALBERTO DE CANAVEZES

POEMA - “Oh! Comadre Mari- Benta”

Como vai,


Oh! Comadre Mari-Benta


Como tem passado!?


Eu bem muito obrigado.



E você anda rija


Como a lama


Ou não!?


Não me diga


Que queria ir para a cama!?



Isto é que é uma vida


Mais pequena


Que comprida.


É tarde!?


Não “mo lo” diga.


Viesse mais cedo


Oh, ainda queria


Ser uma esbelta rapariga!?



Talvez uma cachopa


Para não ser rapaz


E ir para a tropa!?


Ou quer que lhe dê


Com uma mão lorpa e morta


Porque o pior cego


É aquele que não vê


E fica sentado “á” porta…



Olá menina Deolinda.


Olá graciosa


Donzela.


Olha-me para ela


Toda vaidosa


A espreitar da janela.



Como vai o seu marido!?


Como está a senhora!?


Não deixe o olhar perdido


Conquanto vai-se a hora…


Vá fazer as migas


Não se queda vá embora


Deixe para as raparigas


A eira e as espigas


Mais… “las” barbas de milho


O resto mande às malvas


E o restante prás ortigas.



Viva menina Deo linda


Deusa das Deusas de aquém


Ande depressa e bem


Corra e fuja da gente


Não fique por cá mais alguém.



Que lengalenga sem chatice


Que indumentaria alegre


Foi o Tony que o disse.


É só para a minha mãe


A mais ninguém serve.



(Tributo a um primo de minha mãe. Por quem ela hoje chora e se veste de luto.)


ALBERTO DE CANAVEZES

... reflectir a vida e reorganizar empreendimentos.

Hoje tenho uma necessidade premente de escrever. Desmesuradamente… sem fronteiras mas de memórias repletas. … Apetece-me refugiar entre palavras. Escarnecer de mim e fugir do mundo. Reafirmando não ter jeito para fazer de contas. Estou triste. Muito triste, mesmo. Acabo de perder alguém que esteve sempre perto de mim – da minha formatura civil – mas que a “porcaria” da política ia copiosamente separando de “nós”. Um episódio embaraçoso, menos conseguido das nossas vidas. Vai mais cedo de que eu, para o Terreno mais Sagrado das Lavegadas. O mesmo que nos Ia rasurando uma amizade de “séculos”. Não sou nenhum alienado nem deslumbrado. Mas a vida tem que ser vivida pragmaticamente. A Morte é uma circunstância da vida, sem dúvidas nenhumas. Mas tenho dificuldade, imensa dificuldade, em entender a sua presença em corpos demasiadamente novos e “impreparados”. Era tão novo. Tão cheio de vida, que a vida foi severamente madrasta para ele. Para os seus filhos: Nuno; Loide e Timóteo. Para a sua família, pela qual admiro e venero a sua aliança com Jesus. Todas as quintas-feiras da “minha juventude” lia à minha Prima Maria Augusta (sua Mãe) a Bíblia, “o seu” Livro Sagrado. Depois de ser um hábito, começava sempre com o Salmo do Bom Pastor. Rejubilava de alegria… Salve as suas almas.


Eu hoje tenho a noção que perdi um Homem deveras importante para a minha idiossincrasia como ser humano... Sem piedosas intenções. Independentemente, do que a vida me outorgar, “detenho” a sua “comemoração” descrita num livro (há já bastante tempo) ao qual doei um título demorado e insinuante: “O primo António um Dom Juan. Um romântico de bigode em pontas. Conquistador inato, bajulador perpétuo”. Não sei se alguma vez terá algum leitor. Mas existe e está guardado no meu baú de lembranças.


Vivemos juntos, enormidades possíveis e impossíveis. Demos de nós o tempero adequado às nossas vidas. Criamos cenas e peliculas do mais cinematográfico .


O que vivemos juntos davam inúmeras vidas para serem preenchidas, mas hoje só me resta, curvar sobre a sua pessoa, reflectir a vida e reorganizar empreendimentos. Sem dúvida nenhuma.


A propósito. Um dia, apercebi-me, que o meu Pai estava doente (teria ele, setenta e poucos anos) quando me deparei com tal “tormenta”, comecei a chorar, apercebendo-se da minha lamúria, chamou-me e disse-me: - Jó, porque estas a chorar!? Quando eu morrer, não quero grandes choros. Tem pena é de quem morre no seu caminho, sem cair de maduro. Eu vou cair de maduro. Guarda as lágrimas para esses.


O meu saudoso e amado pai morreu com 92 anos. O quanto eu neste ano e meio o entendo e o percebo. Obrigado Pai.


Prima Lélia. Primo António. A Paz de Jesus vos abrace, na Sua Bênção. Eterna saudade.


De um ser humano imperfeito, que na essência dos seus sentimentos, não os omite nem esquece. Eu sou assim. Simplesmente isso. Eu em mim.


Jorge Gonçalves

domingo, 25 de março de 2012

FUTEBOL DE FORMAÇÃO. A MINHA OPINIÃO Y

DECIFRAR: - O “CÓDIGO GENÉTICO”.



Ouvi, golo. Vi um olhar feliz e senti que “o fim do mundo” esteve próximo de muito dos nossos Atletas, tal o orgasmo que patenteavam nos seus festejos. Porque isto de ter cultura não é para qualquer um. Podemos ter um carro melhor que o nosso “amigo”. Podemos ter uma casa muito melhor que o nosso “amigo”. Podemos ter muito dinheiro – herdado – mais que o nosso “amigo”. Podemos querer “a patente” que ele ostenta em determinado tempo temporal da vida, mas existe uma coisa que é certa: ou se tem cultura ou não tem. Essa cultiva-se ao longo de muitos anos. Todos os dias. E muitos regaram mais a fonte que a abundância da sua nascente. Quanto a isso “amigos...” nada a fazer. Desistam. Tenho ao longo da minha vida assistido a muita hipocrisia latente e pouco persistente, de tal maneira que a minha comiseração não se compadece com a intriga de uns na sua presença e rudeza na sua ausência. Em suma, fui vítima de uns “chicos espertos” que considero uns debotados em debutantes. O que quero dizer é simplesmente isto: temos pena! E se temos pena, temos dó. E se temos dó, temos dó mesmo. Este… “perigo”, não é mais que uma achega para lá… Mas adiante – este é um aparte muito importante para mim, estava cá atravessada – voltamos ao futebol. E se de futebol estava a falar, vamos faze-lo sem estigmas.



Quem como eu e o Professor Amado (um compincha) vimos um Atleta da Associação Desportiva de Poiares num jogo com o União de Coimbra, marcar no escalão de Infantis um golo na própria baliza e festejar o golo como fosse na baliza adversária. E testemunhar os jogadores adversários saltarem para cima do “intruso espião”. Que momentos, meu Deus!



Porque é que nós, adultos complicamos o que é fácil! Viva Jó. Amo a sua honestidade.



Treinador de Desporto / Futebol Grau II



Jorge Gonçalves

FUTEBOL DE FORMAÇÃO. A MINHA OPINIÃO IY

DECIFRAR: - O “CÓDIGO GENÉTICO”.


Este fim-de-semana matei as saudades de “factos”, “actos” e pessoas com as quais privei na Associação Desportiva de Poiares. Sempre houve o “snobismo” de jogarmos “para baixo”, para a porta. As coisas pareciam que corriam melhor. Parecia no nosso imaginário que o campo estava inclinado para cá…


Vi, testemunhei coisas diabólicas de fé e amor Clubístico. Desde o José Maria "da Flórida" - eu chamava-o assim devido a uma jornada épica em Gois... (vou falar no assunto mais adiante). Mas efectivamente era "da Flóra". Até a pessoas que ainda hoje estão vivas. Felizmente. Ir à bruxa e consequentemente colocar montinhos de terra na baliza de cima, com rezas à mistura… para a “malapata” dos maus resultados acabarem… até ”procissões” de se vir a pé da Cheira ou Lorvão (entre outros exemplos) para casa. Tudo me cirandou esta “semana sem fim”. Sempre me debotei às coisas com paixão e empenho. Vivi intensamente estes “estádios”, que, não trocava por dinheiro nenhum deste mundo. Fui complacente e conivente com tudo que era “fortalecer” o nosso Clube. Escarafunchei – dentro das “inquinações” plausíveis – a metafísica do paranormal com o normal. Por “Clubismos” perdemos o discernimento da razão, para ultrapassarmos a palpitação da alma em prol da nossa Grei, sem apelo nem agravo.


E se intuitivamente era para ser mais jovem hoje, fui-o, sem qualquer padrão de circunstância. Simplesmente sucedeu sem qualquer subalternização, de me destituir de mim. Isso vale uma vida, sem dúvidas nenhumas.


Lembra-me de ver jogar o “Goalkeeper”, Jaime Soares, o Dr. Victor Silva, o Prof. Oliveira, o Celestino… eu sei lá que tantos e inúmeros. Por falar nestes dois últimos, lembra-me da Grande Equipa de Futebol cinco do “Fungão”, hoje ERCASOL. Tenho no meu baú de memorias – guardado não sei aonde - um cartaz a anunciar a Final de um Torneio de Futebol 5 no Pavilhão de Santo Antonio dos Olivais em Coimbra, com a Associação Académica de Coimbra, dos irmãos Vala, Gervásio e companhia. Salvo erro, perdemos 2-1.


Tenho também, guardados, papeis, sobre torneios do MOREP – Movimento Recreativo de Poiares. Sei que no ex-campo da Casa do Povo, com tabelas em madeira, o Avelino (homem para um chute portentoso) partiu algumas, e recordo-me ter enfiado baliza dentro um GR, com bola e tudo… Quero realçar, que o campo referido estava situado na actual Urbanização de Santo André ao Soito. Por vezes dou comigo a cogitar na sua procura e deduzo que deveria estar sitiado na zona da churrasqueira e garagens. (digo eu (?) …).


(A confirmação exacta do Campo da Casa do Povo foi-me hoje (12-o3-26) estabelecida por um cidadão nado e criado por aqueles lados. Então, o meu querido amigo Sr. Joaquim disse-me que, “... estava instalado aonde se encontram os tanques da água”. Quem sabe, sabe.)


Oh! Tempos terríveis… Quem não se lembra ou não ouviu falar, de uma “batalha campal” no Campo do Lousanense. Do António e Manel de São Pedro mais o Valente dos Moinhos… dentro de uma baliza a aviar uns tantos e a arrumar uns outros!...


Quem não desfrutou de uma tropelia do meu saudoso e querido amigo Sr. Rui Manuel, que lá por bandas da Catraia dos Poços… upa pra cima mais um bocadito, não se deparou com a equipa adversária a vir para o nosso campo… indo ir ver ao calendário… fez um acto de contrição e retrocedeu… quando chegou, tinha a equipa dos forasteiros à nossa espera. Assim como os árbitros. O jogo era em nossa casa… Foi uma pandega tal evento. Foi uma manifestação de Clubismo sem precedentes. Obrigado por esse lapso, valeu.


Era deveras importante que se desse guarida a uma “Tertúlia da A. D. Poiares”. Algo, que desse, palavras e frases para a imortalidade dos seus agentes. Para testemunhar o biorritmo da sua génese. Arrolar o Centro Cultural de Poiares para ouvir, quem deu aso a que a roupa do Clube tivesse alma, era divinal. Era único. As gerações presentes e vindouras agradeciam, digo eu!


Era deveras importante que as pessoas soubessem separar as águas entre a vida social/política e desportiva. Isso era a emancipação das géneses. Será que Vila Nova de Poiares consegue caminhar nesse sentido!?


Para quando um Torneio chamado Sr. Rui Manuel!?


Para quando um Torneio chamado Rogério Lima!?


Sobre este cidadão bom e (imortal) de Vila Nova de Poiares, reservo-me para daqui a uns dias a sua exultação. Uma pessoa excepcional que um jornal “O Poiarense” proclamou como único). Sem falar no “Jornal de Poiares”. Ou numa folha que o “Jornal de Penacova”, introduzia no seu meio sobre Vila Nova de Poiares.


Para quando um Torneio chamado Maria Aldina!? Quem tem dúvidas sobre esta Senhora, sobre o amor que “respira” e “inspira” sobre a Associação Desportiva de Poiares!? Eu não.


Para quando uma iniciativa desportiva chamado, José Maria!?


Isso não é problema do poder instituído, é um problema da sociedade civil.


Não se questiona feitios ou defeitos, simplesmente afectividades, enlaces e presenças…


De todo não sou saudosista… mas faz bem ao ego... (isto faz).


Treinador de Desporto / Futebol Grau II


Jorge Gonçalves

FUTEBOL DE FORMAÇÃO. A MINHA OPINIÃO III

DECIFRAR: - O “CÓDIGO GENÉTICO”.



Muitas das vezes, não se tem a categoria para dar o mérito a quem o possui. A quem o cultiva. A quem sem grandes espalhafatos ou grandes broncas representa uma lufada de ar fresco no situacionismo reinante.



Eu sou do tempo em que uma carrinha do Município ia buscar uma “carrada” de jogadores a Coimbra para jogar pela A. D. Poiares, (tenho inúmeras provas do que afirmo). Gastaram-se milhares de milhares de escudos para sustentar “esse vício”. Sempre estive contra isso… Em boa hora, se acabou com isso e se iniciou a Formação. Tivemos uma pousada fugaz pela Terceira Divisão e uma participação muito meritória pela taça de Portugal, no qual me recorda de uma jornada fantástica contra o Futebol Clube Barreirense do GR Neno e companhia. Mas isso foi inconsequente… teve as mãos e a carteira do saudoso Fernando Ferreira. A sua alma a minha respectiva vénia. Sem dúvidas momentos memoráveis mas inconstantes. (Conforme se pode testemunhar em inúmeros Jornais “O Poiarense”.)



Tivemos um Torneio Internacional de Futebol de Formação. (Conforme testemunho com cartaz que possuo). Jornada essa do mais extraordinário que já vi. A Final entre o Sport Lisboa e Benfica e o Unión Desportiva Salamanca (Espanha), foi de “loucos”. Momentos inolvidáveis e sublimes. Mas que hoje sabem a pouco. Muito pouco.



Treinador de Desporto / Futebol Grau II



Jorge Gonçalves

FUTEBOL DE FORMAÇÃO. A MINHA OPINIÃO II

Como diz o adagio popular: - “Preso por ter cão, preso por não o ter”; “ Pela boca morre o peixe” ou “ Não se pode agradar a Gregos ou a Troianos”. Se ando (andei) nestas coisas do Desporto sempre me instrui a ir mais além. Sempre procurei, me rodear pelos melhores. E, se algum mérito se teve, a eles se deve tal desiderato. “Um bom líder é aquele que sabe delegar funções nos outros e exigir-lhes responsabilidades”. E sem dúvidas à época eu estava com os melhores. O Projecto Desportivo Alva- Rio/ G.D. "Os Idosos", possuía os melhores dos melhores. Com uma excepção. Essa excepção, iria tornar realidade, um sonho que sempre cultivei. Ser membro de uma equipa dos Nacionais. Confesso, que vem o tentei, mas a sua personalidade e rectidão de compromissos bem como a sua lealdade aos seus Atletas não o demoveram. Tive a honestidade pessoal de o felicitar por tal acometimento. E se assim não o foi, a sua saída de terreiro retornou o campo das mentalidades ao seu “sítio” habitual e normal. Esse portento de posturas e de superação foi estigmatizado para a normas reinantes da mediocridade. Passagem fugaz. Tesões murchos. Sempre os tesões murchos. Umas medalhas a granel e pouco mais… infraestruturas eram para se fazer. (Deslumbram-se hoje. Vale mais tarde que nunca.) Seria injusto não ter uma palavra de apreço para muitos pais dos Atletas em causa. Houve sem dúvidas uma conjugação de esforços e uma vontade em uníssono mas havia um “Líder” com “regras e tratados”. Salve Professor Marco António.


Obviamente que não podemos escamotear outras idiossincrasias e bem-aventuranças de bem-querer. A paixão e amor ao Clube, sempre nos seus Dirigentes foram uma constante, contudo nem sempre se arrepiou o caminho mais certo. É como a educação de um filho. Muita das vezes nem sempre o melhor que julgamos para ele é o adequado. Urge parar e decifrar o seu “código genético”.


NOTA: - (Descrevo a minha opinião. Que de maneira nenhuma pretendo institucionalizar como vinculativa à verdade. Mas que para mim é a fundamentação exacta dos acontecimentos.)


Treinador de Desporto / Futebol Grau II


Jorge Gonçalves

sábado, 24 de março de 2012

FUTEBOL DE FORMAÇÃO. A MINHA OPINIÃO I

Vivo numa sociedade – em que os fazedores de opinião – são uns “desarranjados”. Pavoneiam-se com um copo de vinho na mão e sem fundamentação ou critério de análise vai de lá criticam - quem ousa pensar diferente - porque sim. Habilitações para o fazer não o possuem mas descaramento sobra-lhe. Tudo isto bem a propósito de algumas considerações minhas em relação a alguns interpretes do Jogo Rei. Fui hoje ver, dois adolescentes jogarem, aos quais auguro um futuro muito promissor. Obviamente que temos que ressalvar algumas contingências e vicissitudes de percurso. Mas nada me impede de fazer prevalecer a minha decomposição na interpretação do seu jogar. Não posso prometer o que não sou capaz de cumprir nem tão pouco criar falsas expectativas… mas posso criar uma auréola de motivação…


Não sei fazer de contas – aliás nunca o soube – e por isso, quer queiram alguns indivíduos de pensamento curto e língua demasiadamente comprida, ou não, não me calo. Tenham paciência mas quando sei do que estou a falar e estou credenciado para tal, não me destituo das minhas convicções. Como tal digo-o à boca cheia e de peito bem firme que hoje vejo alguns jovens a praticar tal desporto com níveis técnicos e tácticos muito acima da média reinante. Estiveram num projecto onde fui o principal mentor. Categoricamente isso. Nem mais nem menos. Provam-no eles e provam-no outras Instituições. Se não o quiserem divulgar ou testemunhar não é problema meu. Os factos falam por mim, as evidências são indesmentíveis.


Que “pena” tenho eu de ter uma autoestima grande. Porque o patamar que falta a determinados grupos é a mentalidade. É o controlo emocional e de exigência que está em causa. A exiguidade é um mal da nossa cidadania. Pensar pela bitola curta é questão de quem vive o presente sem referências do passado e perspectivas de futuro. São pessoas que não se obrigam a outras exigências e patamares de compromisso na causa pública. É preciso instruir outros mananciais de conhecimento e prontidão. É preciso saber que esquartejar o que os jovens possuem de melhor - que é a sua criatividade - é diminuir o seu talento inato e a sua personalidade de interpretar o mundo à sua maneira. Ou seja, o seu cunho pessoal é estigmatizado. E sobressai o estigma de padronizar o seu estilo ao rodapé dos seus ídolos. “Marquei um golo de cabeça à Cardoso”, é bom ouvir isto… mas muito mau será que não haja ninguém responsável que diga: - Se ele lá chegou, tu também podes para lá ir. Sê tu em ti. Trabalha bem para “saber melhor”. Numa máxima “eu sou capaz”.


É ridículo não estimular os índices de confiança de um jovem. É absurdo não comparar o seu caminho curricular com a sua “ocupação” desportiva e vice-versa. É ingrato que não se lhe diga, “se aqui estamos a utilizar um tempo das nossas vidas, que o façamos com critérios de aprendizagem e com fundamentos criteriosos. Porque tanto se gasta o tempo para ensinar mal como a ensinar bem.”


Ninguém nasce ensinado. É preciso não queimar etapas de formação, em detrimento do efémero “posto” de classificação. O segundo é o primeiro dos últimos. Nem sempre o melhor treinador da formação é aquele que consegue ser campeão ou ficar nos “primeiros lugares”. É aquele que sabe fundamentar nos seus “educandos” o glossário do desporto que pratica. É aquele que sabe incentivar e cultivar motivações extras à competição nua e crua. É aquele que sabe e diz que o cidadão está primeiro. Se um Jovem tiver bases sólidas de sustentação desportivas enraizadas na sua conduta, melhor compreenderá as suas reais capacidades e desfrutará delas como uma arma de cidadania. Saberá, ter análise critica, fruirá da superação necessária para se saber regimentar.


Aliás, congratula-me tudo isto, ademais estou todos os dias a apreender.


Treinador de Desporto / Futebol Grau II


Jorge Gonçalves

POEMA - A tua sede.

Tenho sede de ser água para matar a tua sede


Regar os meus olhos de gotas de chuva.


Amar-te


Abraçar-te


Beijar-te


Enamorar-me de nós num cálice de sumo de uva


Embriagar-me do teu suor


E nele celebrar o nosso amor.




Acordei deste idílico sonho


Entre roupas pelo chão e um ar vadio


Senti maresias de serra


Almas desabrigadas sem terra


Demais orgasmos entre um gemido sadio


Cheirei o teu corpo


Fluía um aroma a medronho



Eu sonho


Continuo a sonhar


Quimeras de dois corpos nus


Envoltos em madrugadas


Madrigais…


De nevoeiros de um nevoeiro


Perdido no meio de orvalhos


E escondido das nevoas


Levado nos bicos dos pardais.




Sou um escravo da tua sombra


Só me retiro de ti


Quando me mexo e agito


No esvoaçar de uma pomba


Eu chamo-te eu grito


Eu desejo-te


Anda amor


Sabes


Tenho sede de ser água para matar a tua sede


ALBERTO DE CANAVEZES

sexta-feira, 23 de março de 2012

POEMAS - Delírios de plectro...

Papoila


Que máculas os campos verdes


De goles de sangue.


Moçoila


Beija-me entre verdes campos


De boles enlague.



- Papoila chama-me a moçoila.


- Moçoila apanha-me a papoila.



Falem uma com a outra


Eu aguardo uma refutação.


Quero sentir dentro da minha alma


Um sobressalto de coração.


Saber que de uma e doutra


Ambas se resguardam com calma.



- Moçoila apanha-me a papoila.


- Papoila chama-me a moçoila.



O que uma não tem na outra


Não se procura na confusão


Basta arranjar flores numa palma.


E num gesto de mui nobre paixão


Compreender qual aqueloutra


Das duas, tem maior e melhor alma.



Moçoila.


Papoila.


As duas são puas.


ALBERTO DE CANAVEZES

POEMA - Uma cantiga para falar

Espreito um arraial de estrelas no céu


Que giram e galreiam numa brincadeira


Como cereais malhados ao sol e na eira


Longe de mim numa aragem seca de breu.



Tenho sede de as ver, saudades coloridas


Percorro-as com os olhos. São… as vidas.


As existências de algumas almas perdidas


De umas orações castigadas e escondidas.



Fascina-me levantar o olhar para o além…


Sonho a esfinge de uma mulher nua e bela


De conluio espreito sem pudor pró aquém


Atirando um beijo isolado de uma aguarela.



Quero amar.


Quero ser teu, amor.


Quero andar.


Quero o teu, amor.


Navegar nas estrelas


E de par em par abrir todas as janelas


E sequestrar todos os arcos iris


E fugir…


Partindo para onde tiveres que ires.



Vá.


Vai.


Eu vou atrás de ti


Assumo ser teu sujeito


Arrogo que te pedi


Sentir que me estás no peito


E de me ofender te ofendi


Num rasto a eito


Das estrelas em que te vi…


ALBERTO DE CANAVEZES

XXXIV CONGRESSO DO … / …

“UM CONSELHO SEM CAUSAS”


A bandalheira política continua. A coutada “da coisa do desatino” mantem-se. Os comensais fizeram as malas… “e ala que se faz tarde.” Não se consta que houvesse qualquer cumprimento regimental ou opção de escolha. Deu na vontade ao senhor da “coisa do desatino” e fez-se acompanhar por quem não cogita ou de quem não agita. É deveras deplorável o que se vive na nossa paróquia. Raia a insanidade social. A pouca vergonha política. Eu quero, posso e mando. Lamentavelmente isto torna-se um chorrilho repetitivo ao longo dos anos. Estive a falar com alguns indivíduos Militantes do PPD/PSD, e os mesmos confessaram-me a sua indignação por continuar a ser mais do mesmo. “Não temos opção de escolha, temos que levar com o critério selectivo.” Ou seja é o sistema do lagar do labrego, ao seu melhor nível.


Mas, o que mais me deixa indignado é a postura dos responsáveis do Partido. Não tenho dúvidas nenhumas que o Doutor Marques Mendes, já lhe tinha tirado o tapete. Se houver memória colectiva – e tenho a certeza que há – basta verificar as presenças nas “cerimónias” e vemos sempre que onde se encontra tal criatura: o fenómeno acontece. Se tivéssemos gente criteriosa e politicamente honesta, já tinham colocado cobro a esta “fraude”.


Manipula para ser eleito. Segrega para ser o “euescolhido”. Derruba para estar firme. Coloca-se a jeito para tudo e “às balas dá o peito”. Impõe-se. Categoricamente é omnipresente e a ubiquidade fica-lhe sempre bem. Isto é a prática do logro, no termo mais cristalino da sua interpretação teórica.


A sua preocupação ao longo destes anos foi sempre o ser reeleito. Nunca se preocupou com uma Concelhia forte, coesa e dinâmica. Cultivou o culto da personalidade sem qualquer acuidade. Agora depara-se com alguns amuos de gente que estando com ele, não está efectivamente com “o seu ego”. Senão vejamos, tem um delfim que não é amado pelos outros súbditos… não têm carisma nenhum. Denota-se que agora aparece aqui e por ali, mas não cola. Falta-lhe ser genuíno, autêntico. A sua pose é artificial e parcial… em suma é descartável. Se estou a mentir, que façam uma sondagem e desmintam-me. Perde em toda a linha. Querem apostar? Melhor, deixem-no ir que a victória terá outro inquilino. Depois, aquilatamos da minha argumentação. Pode ser!? Continuo a afirmar que se O Movimento de Poiares na Cidadania emergir, só temos o trabalho burocrático para lhe dar alma. Depois temos que fazer duas coisas:


1. Não comprometer as pessoas connosco, o voto é secreto. Basta sermos abreviados no discurso e pragmáticos na divulgação da nossa cartilha.


2. Não fazermos grandes levantamentos de pó, e deixar fluir a vontade intrínseca dos Poiarenses. Mudar de rumo, através de uma rota de compromisso silencioso.


Este é o desígnio de quem quer ganhar num concelho dado ao impropério da subserviência dos ditos comensais preponderantes... “Dos guias espirituais”.


As “duas moções” estão ligeiramente abreviadas – para não dar o ouro ao “bandido” - iremos para casa e no dia das eleições vamos votar. Antes temos que diligenciar umas alíneas. Obviamente… Pouca coisa.


ALBERTO DE CANAVEZES / JORGE GONÇALVES