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terça-feira, 16 de julho de 2013

O EsPelHo dAs sOmBrAs!

Olho-me ao espelho e vejo o meu herói preferido. Mas reparo que ostenta imensos cabelos brancos. Imensas rugas na cara e dispõem de um semblante cansado. Exausto, mesmo. No olhar ressalva um brilho que se confunde com o seu sempre e agora. As ideias de ontem são os ideais de hoje e nesse reflexo se dispõem todas as suas sombras. Essa luminosidade incendeia a sua autenticidade e a sua recusa em só ter nascido para morrer. Não expressa altivez subversiva. Tão pouco tacanhice impulsiva. Cultiva o “eu em mim” e sente-se dele, uma áurea de lealdade a princípios, no seu oceano de liberdade. Não se refugia na desculpa fácil nem se nega a assumir os seus equívocos e omissões. Não coagiu o acto aleatório dos movimentos da vida ao pernicioso de malsinar a realidade em proveito próprio. E sobre isso – ao desdenhar de uns - faz emergir um sorriso num júbilo de tranquilidade. Mas malogradamente deixou de acreditar no Deus a que todos ocorrem para socorrerem os seus bons e maus intentos.
A sua própria existência sustenta-a num deus menor de equilíbrios. Num sémen embuçado amorosamente de emoções e afectos … … … … … …  

Interpretando a sua companhia, afirmo, é bom sentir a pele, de quem se, respeita.

Alberto de Canavezes.   

domingo, 14 de julho de 2013

PELICULAS DE UM SONHO SEM EJACULAÇÃO PRECOCE. POIS MANTEM-SE! (I)

Excerto de uma insónia de uns dos meus “escritos de lata”.

No psiquiatra, Subjectivo, descreve os seus devaneios jurássicos. Definia-os assim por serem quase tão velhos como a moção que tinha das quase quatro décadas da sua universalidade...    
- Doutor, conheço uma barraca partidária que mais não foi - e tem sido – que um albergue da vontade do seu “possessor”. Nas poucas vezes que não expediu – ou expede - fazia-se figurar como tal. Nunca nela foi permitido o contraditório prático nem tão pouco a alternância como preito de opção. Quem ousou – e ousa - ser diferente e colidiu – e colide - com a vontade do “possuidor”, foi – e é - verberado e traquejado com caricias regimentais por ele e “sô” sombras. E é – e foi - reputado na praça pública com os adjectivos próprios de quem amestrou o móbil da dita casa e via – e vê - fantasmas em tudo que tinha vida própria. Apropriou-se de ser – e é - o dente do siso de caracter, de quem abriu – e abre - a boca contra si.
- Um “obsesso” talvez, mas, não mais que isso! Disse o psiquiatra num tom mordaz e complacente.
Mas, vá continue. Liberte-se desse demónio que o reprime.    
- Nos anos que mungiu – e brame - a casa impingiu o seu credo como o único caminho. Mangava com a sua representatividade… e misturava rosários de fartadelas, brochuras, bródios, galanteios, combustivos, e afins... Usou e abusou do seu aspecto público… e caldeou cálculos com rasgos e tendências.
... ... ... ...
Irrompe com o seu guarda-livros e fez com que os leitores – os que só sabem ler as primeiras e ultimas vinte páginas de um volume - da sua livralhada, o estimassem como um protagonista da sua própria biografia. E tenta protagonizar a sua sucessão com uma candura e perfil de monoteísta estéril. Não conseguindo fertilizar a sua sucessão com a tranquilidade necessária e afirma que um “eco” protagoniza uma “avidez corrigida”. Aprontando-se para fazer um valente jogo de matraquilhos.
Aonde existe esta privada é um sítio desprovido de história colectiva, de cultura e de gente livre e sem espaço de cidadania. Que enfrenta a noite às escuras dando luminosidade a parques radicais da sua alameda … 
… … …
- Você fala do passado como o presente fosse o seu futuro, Subjectivo.
Tenha mais afoiteza e fé.
- Fé Doutor!? Perdi a fé.
… … … …
Alberto de Canavezes

sábado, 13 de julho de 2013

O paleio do poleiro...

Os agentes políticos em Portugal são de uma mediocridade confrangedora. Desde quem nos desgoverna a quem se governa disso mesmo. Os designados e os seus antagonistas são gente que do cívico só tartamudeiam, o que se perfaz dizerem, da interpretação do seu ideário. A matriz da Republica é vilipendiada a todos os níveis. Profana-se a Constituição – o encorpamento sagrado – da nossa ossada “republicana”. Quanto interessa luta-se por ela com unhas e dentes quando não interessa omite-se e interpreta-se nas entrelinhas dos sexos… Agendam-se cargos públicos com plebes da “mão esperteza” das bolsas partidárias. Mantêm as mesmas mordomias subsidiárias do Estado provindas dos nossos impostos, iguais a ontem, de anteontem de antão e antanho. Fomentam-se de retroactivos. E mantêm os mesmos vícios e mordomias de todo o sempre. Fazem da Assembleia da Republica um salão de cosmética que se engalana de comissões atras de comissões na procura da comichão da culpa e da inconsequência do seu coçar. Fomentam-se manilhas olímpicas de interesses entrelaçados no acumulo lícito e na licitude do cumulo.
Deixamos de pagar impostos para providenciar o nosso futuro na salvaguarda da nossa qualidade de vida física e de cidadania, para fomentar estas organizações de perversos que se tornaram estes partidos políticos. Porque o famigerado sistema não cresceu do nada, azeitou-se neste “gamelório” de lambões insaciados. A diferença está na oratória - é linda - e a prática é a mesma aleivosia.
Mantam-nos com cortes cegos na saúde. Ressuscitam os mortos para virem reembolsar impostos. Despedem milhares e milhares de trabalhadores. E a dinheirama dos seus míseros cêntimos – leia-se ordenado mínimo – acumula-se aos ordenados principescos de gestores provindos de todas as latitudes políticas. Fazem destes facínoras sociais fazedores de opinião e a sua vontade e reino prevalecem. 
Assistimos que nos “reformam” - na prática - direitos adquiridos e subvertem as regras de jogo sistematicamente e na teoria falam-nos da reforma do Estado a todo o pé de passada. Mas tudo isto é anestesia choca e pútrida.
Uma mão cheia de exemplos, entre milhares:
A duplicação de nomes – que representam as mesmas pessoas - para várias eleições dos Órgãos Autárquicos. (Quanto mais listas apresentarem mais estes partidos políticos – sem excepção - nos saqueiam dos nossos impostos).
Os subsídios autárquicos pagos em tempos desta crise - que nos devasta - aos eleitos. Que se denominam: - serem os nossos rostos e voz. As senhas de presença … os gastos de representatividade e outras aldrabices e cauções.
A fomentação de abadias municipais e ermidas paróquias sem preceitos de utilidade pública razoáveis e justificáveis. Alicerçadas no tráfico de influências partidárias e organizações comensais…
A ilusória congregação de serviços e os seus novos logotipos... Abre-se lojas do cidadão ao pé de uma sede de Freguesia. Colocam-se serviços públicos num “floreiro” e depois descobre-se que não possui condições para receber mais flores, porque nem solo tinha adequado para ser o que era.
… … …

E podemos dizer que os quatro mil milhões de euros que nos pretendem roubar, poderiam ser racionados daqui.
Que líder tem esta classe politica que nos administra. Que líder tem a oposição que se alimenta deste desgoverno?
Estamo-nos a tornar uns anjinhos papudos. Até quando!?
Acredito na democracia participativa… Mas abomino estes sacanas políticos, todos, mais os seus clubezinhos de artimanhas que sediaram nestes partidos dissimulados.
Alberto de Canavezes  

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A sucessão de um "sucedido"...

(Depus-me) numa decomposição de enigmas que de tanto os decifrar, dei comigo a magicar. Olhei a história como se de uma escada se tratasse. Medindo os efeitos de estar ao início da sua escalada ou no término da sua epopeia, estacionei-me no seu meio. E deparei-me com o seu pêndulo angular. Os lupanares da sua urdidura. E vi que quem muito conduziu estacionou sempre mal a sua vontade. E atendi desses tempos que quem se tornou elefante num vazar de porcelana - em contínuo e contiguo propago de trespasse – é senhorio de uma renda de sobressaltos e remansos ágios.
Existem silêncios que valem por uma barulheira tremenda.
Por isso ando calado e  calo-me…  
(A história nos informará e dirá qual a historieta a retirar!)...   
Alberto de Canavezes