Dia
19 de março pelas 18H,57M, toca o meu telemóvel – numero que não conhecia.
Atendo e do outro lado identifica-se Pedro Coelho. Perguntou-me se eu não me
importava de falar com ele. Disse-lhe que não… expliquei-lhe aonde moro. E num ápice
apareceu. Apresentou-se como o candidato do PPD/PSD ao Município de Vila
Nova de Poiares. Confirmou se eu me ia candidatar às Lavegadas. – Repliquei que
é essa a minha intenção. Elogiou o fragmento do meu Blogue sobre “Um de dois
escritos como cidadão “O EUCALIPTAL” … “…só faltou colocar o gosto”. “E embora não me “entenda”
…, mas me inclua…” propôs-me candidatar-me a Santo André pelo PPD/PSD. “Que seria
um excelente candidato pelo meu trajecto autárquico…” Obviamente que lhe disse que não. Que não me
revejo num partido que ainda alimenta uma coutada de afeiçoados e subjugados a
um homem sem remissão politica. Das muitas e inúmeras aleivosias politicas dos
seus últimos anos de reinado, quando menos deveria falhar cometeu o seu maior
pecado politico: - a obstinada teimosia em impingir um candidato sem dar
ouvidos às bases do partido e às inúmeras sondagens realizadas para as eleições
autárquicas de 2013.
Que
ele, Pedro Coelho, para ser candidato com temperamento próprio deveria ter
feito a purga que se exigia entre a desastrosa e escandalosa derrota e o actual
período eleitoral. Era necessário alguém convictamente arreigado nos ideais do
partido pedir responsabilidades e varrer dele quem o usurpou e manipulou a seu
belo prazer…
Perguntei-lhe
pelo ex-presidente. - “ele ainda é o presidente da concelhia porque não gosta
de abandonar nada a meio, vai até 2018 …”esclareceu.
Fiquei
a saber – já desconfiava – que existe uma alma parda na sede do PPD/PSD. Foi
para mim a irritação de este despropositado convite e da pouca vergonha que
ainda paira nalguns apaniguados que me fez rebobinar algumas agruras que sofri do
grande líder e da ameaça que sofri para não me recandidatar em 2005 “porque não
ia terminar mais nenhuma obra e quem sofria as consequências era o povo da
Freguesia das Lavegadas”. Escolhi sair sem grande espalhafato em prol da
população que me deu a honra de ser seu rosto e voz… Como exprobração
equacionei uma candidatura ao Município de Vila Nova de Poiares. Sendo o meu
querido e saudoso amigo Carlos Coelho a primeira
pessoa que me incentivou. Estava comigo. Tal candidatura não foi por diante por não ter
capacidade económica para me candidatar como independente.
Por
fim fiz-lhe lembrar o dia em que o PPD/PSD poucos dias antes das eleições de
2013 homenageou todos os seus autarcas, e ele vendo-me, no auditório do Centro
Cultural de Poiares a acompanhar a minha Mãe para receber o “prémio” relativo
ao meu falecido Pai, chegou-se ao pé de mim muito embaraçado e afirmou: - “que
se tinham esquecido de mim.” Afirmei que estava ali somente para acompanhar a
minha Mãe e nada mais... (Este episódio está relatado no meu Blogue)
Ponderei
bastante omitir este contacto mas se o fizesse era conivente com a forma mais execrável
que determinadas pessoas usam para subestimar,
desautorizar, negligenciar e apatanhar alguém quando estão na mó de cima e têm as
costas quentes.
Aproveitei
e enviei-lhe uns recaditos para o seu mistagogo.
Quanto
ao seu trajecto politico será o reflexo do pó que fica do Eucaliptal.
Havendo
um declarado não do CDS-PP para haver uma coligação, parece-me pelo que ouço
nas ruas que só lhe falta pedir coligações aos pequenos partidos da
geringonça.
É
com bastante magoa que tomo esta iniciativa mas quem não se sente não é filho de
boa gente.