VISITAS

sábado, 15 de dezembro de 2012

POEMA - ... por onde andas?

Sentei-me num sorriso teu
Coloquei-me no colo do teu olhar
E por onde passava o vento
Rodei à tua volta sem te encontrar.

Meu amor por onde andas?

Julguei-me a teu lado.
Até um pouco para lá do afastado.
Mas mesmo tocando-te…
Não te senti e detive-me preocupado!

Meu amor por onde andas?

Vi -te agora!?
Não o creio com certeza…
E não te creio a meu lugar!
Que tempo sem ti.
Que eternidade viver assim…
Sei que o pulsar do meu coração
Aguilha pesado uma miragem
Carrega dentro de mim
A figura perpétua da tua imagem.

Se andas em mim!
Meu amor por onde andas?
… … …
Alberto de Canavezes

sábado, 10 de novembro de 2012

Fedores e odores bafientos… (1 - !)

Apertaram-me uma calosidade… e doeu.

Existe “algo” na orbita planetária:
Em que existe um “contrafeito” mal-educado – “com um dom qualquer (?) ” - que ousa manietar o percurso das pessoas como se fossem um objecto. Usa e abusa do poder outorgado, para perpetrar os seus achaques contra quem ousa pensar e agir diferente. Engaveta as ideias dos outros e tempos depois por Lâmpada de Aladino, implanta-as como suas, semeando o seu endeusamento e cristalização... Assim como, existem indivíduos emproados que o combatem como perus inchados, nauseados, abeirados aos bordos de uma conduta que não cultivam. São mancebos da causa pública que mandam uns bochechos de “alquimia” da boca para fora e preconizam serem os Richard Gere, de uma nova maneira, romântica, de fazer política. São dos tais que nada fazem em concreto para aniquilar o “tártaro do contrafeito”. Aliás contribuem para esta pasmaceira. Porque desacreditam com os seus preitos retóricos a oposição como alternância de poder. Porque se falar dos seus actos em prol da causa pública, a coisa enfadonha… Nada promovem, nada movem, pouco fazem, muito prometem e nada se mortificam. Quando chamado a contas desculpam-se com a sua vida privada e profissional. Relapsamente deixam-se coabitar.
(Este texto, vai lentamente continuar até moer o qb.)
JG

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Poema - Frio de amor em quentes amares

Sinto um arrepio imenso de frio
Quando me julgo no calor dos teus seios
Quando me cinges com um olhar de anseios
E ouço nas cordas de um violino
As mágoas melódicas do nosso destino.

São, estas as alucinações que crio…
Quando me descubro perdido em enleios
Na certeza que me faço escoltar de receios.
E ouço-me a chorar como um velho menino
Sem nunca ter crescido e continuar pequenino.

- Meu amor que arrepio!
Meu amor doa-me esse castigo
Pois se amar é bom e mau assim-assim
Não me acordes
Deixa este sonho
Ser filme até ao fim.

- Meu amor que amor respiro!
Falta-me a aura para te declamar
E a tua alcunha para me apelidar.
Achada,
Depois de a reviver…
Não te incomodes
Deixa-me nos teus seios adormecer.
Tenho imenso frio
Quero-me esquentar
Se arrefecer…
Não fiques preocupada
Só não me deixes acordar.
… … … …
Alberto de Canavezes

sábado, 3 de novembro de 2012

POEMA -Teimosia de não ser obstinado…

Quedo-me ao pé da minha sombra
Reparo em algo que aparte de mim
Que adeja nas asas de uma pomba
E que no partir já é dado a um fim.

Existem eternidades, horas e tempos
Que a morte nos trás vida e silêncios.
Existem eras, desforras e momentos
Que açoitam chamas a uivar incensos.  

Eu procuro-me a olhar em redor sem nada ver
E tenho que do muito que desejo o descubro.
Distante fica o meu traslado de perto o saber
Na fineza do manto que me destapo e cubro.

Que nos tempos que se passaram e nos que onde vir
Eu pretendo-me convencer sem nunca me persuadir.
ALBERTO DE CANAVEZES
  

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Manias maninhas e quixotadas na filosofia da malga oca e sem fundo!

Hoje fui apelidado de escritor (em tom depreciativo). Apreciei. Adorei. Respeitei.   
Porque vivo numa terra dada ao tosco e limitada de horizontes…
Hoje passei por um fulano que fez vista grossa á minha passagem. Honrei. Estimei. Idolatrei.
Porque vivo numa terra dada ao tosco e limitada de horizontes.
A subserviência de pensamento e de análise crítica só aflige os acocorados ao poder instituído e aos acanhados de cidadania.
Numa obriguei ninguém a vir atrás de mim. O mais que posso fazer é dar a mão e frequentar esse caminho em complementaridade de sintonia e proficiência mutua.   
A amálgama de letras da minha escrita está para mim o mesmo que a água está para a fauna e flora e para a sopa de uma ceia. Só bebe quem tiver sede e só a “engole” quem tiver fome.
A cultura só se exprime para alguns, entre um copo de vinho e por aplauso de uma… dor qualquer. Mete-me nojo a falta de respeito que algumas pessoas se devotam a si próprias. Discorrem diferente… mas outorgam o discernimento igualzinho ao “abelhudo” proeminente - para subsistirem…
Fiz uma meditação sabática de mim e do “mistério” que me rodeia. O meu Baú da Histrionia esteve informe e ancoro… (Porque eu quis.)
Mesmo com as nódoas que me assolam… aprecio a minha maneira de estar na vida e da arte sublime do silêncio que me espera e aguarda. A morte é um preparo que a vida nos aplica sem discriminações. Não sou irrepreensível nem um esmero a reproduzir – sou eu em mim – num comunitário sentido de existir.
Isto vem a bem de um propósito, de se, ser, alardeador das propensões dos outros (minhas) e denegrir nele (eu) as (suas) / (deles) debilidades intelectuais e físicas. E digo físicas, porque eu tenho tempo para tudo (até para me “encharcar”, quando quero e com quem quero… em cultura assídua e permanentemente ubíqua). E, eles nesse diapasão, metodicamente fugaz, só para além do tempo a que se esmaecem, ficam reduzidos a criticarem-me: - porque sim. “In” consequência do discernimento… Qual efeito de ser o quanto de uma indigência de mamar “espírito” com que saram as suas feridas.
Coitadinhos. Grandes dói-dóis. Grande padecimento…
“Temos pena”.
Alberto de Canavezes

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Querer ser protagonista no filme de outro artista!

Num destes dias abordei um indivíduo que sé dá ao luxo de viver a vida dele e a dos outros. Neste caso a minha. Acerquei-me dele e perguntei-lhe:
- Por favor é capaz de me dizer o que é que eu fiz ontem, que é para actualizar o meu curriculum
Respondeu-me: O quê. Não percebi?
- Não percebeu! Eu penso que me entendeu muito bem. Como gosta de dar palpites sobre a vida dos outros e fazer prognósticos, antes dos acontecimentos, serem passeados e consumidos, rogo-lhe o obséquio de me informar do que fiz ontem, para não contradizer os factos da sua história.     
Aflito, e enrubesço como um tomate bem maduro, ficou completamente manietado e comprometido. Nada me disse. Como nada me endossou para a actualização do meu almanaque pessoal, fiz-me afoito. Deveras aborrecido com este escroque dos passeios da rua e passeatas da beatice boateira, apontei-lhe o dedo ao nariz, redarguindo.
- Limite-se a viver a sua miserável vidinha, e a não invadir a privacidade dos outros. Se pensa que é o arauto de boas novas sobre os outros – neste caso eu – não pense que não sei boas velhas do senhor.  Aliás, sei-as pelos seus amiguinhos para os quais desabafa sobre mim. Não que as queira ouvir, mas porque se ouvem no assombramento do indistinto figurão que confecciona. Mete comiseração saber, que não se enxerga nem se dá ao respeito. O senhor faz-me lembrar uma abóbora. Ocupa mais espaço, que tem de presença de conteúdo. Faz-me rememorar aqueles que usam valentes marcas de roupas, julgando com isso dar aleitamento ao seu parco reduto de personalidade. Dê-se ao respeito para ser respeitado.
Encavacado e bem alimentado no seu tomo cognitivo, tentou esboçar algo que supus ser para sua defesa… Retirei-me com um: - passe bem.
Estas terras dadas ao tosco, alguns agentes do sistema vigente, dão-se ao desplante de formigar intrigas e arquitectar patranhas para de uma mentira repetidas muitas vezes, estabelecer a verdade. No lado oposto, alguns oponentes, fazem o contra-ciclo, ou seja não lhe restando a verdade ornamentam-na com guarnecimentos de intrujices.
Haja paciência. E um caldito de vergonha.
GRATOS.
ALBERTO DE CANAVEZES

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Ideais...

UM INCONVENIENTE PREOCUPADO E ÓRFÃO DE ALTERNATIVAS.

Tenho tentado estar atento aos Ideais... mas sinceramente - sem ser mal interpretado – julgo que é um caminho com vontades sem estrada, tem muitos desviantes e demais desvios sem o desígnio do trajecto instrutor; que exacerba a opinião solta agarrada a muitos crucifixos e conjura amores a novos rumos enfeudado na sombra de passados existentes no actual da actualidade. Em suma não se institui pela base… levita pelo vértice da coisa pública em omissão e pela sua causa por defeito.
Admiro os seus fazedores (muito) mas isso pragmaticamente não chega para me dizer satisfeito. E escrevo isto como testemunho, porque a sua génese de intelecção e sagacidade intelectual que contem, estimula em mim enzimas para querer acreditar que podia ser coisa boa em cousas para causas… Mas a sua funcionalidade encontra-se abstraída e divorciada da realidade dos factos… A mensagem que imana é irresoluta e inconsequente. E se assim o é, também o divago, e nesse incontinente sentido ouso dizer que não me seduz.
Lamento.
Para mexer com o País temos que “mexerucar” o grotesco que nos circunda.
Para falar com o País temos que apartar a oralidade de quem ao pé de nós desfruta do palco… que usa e abusa do poder que lhe outorgam… para nos retirar a audição de outros nados para “teatrar” o revezamento da democracia. O seu perpetuar é que empesta esta cabulice social a que nos devotamos no pretérito Nacional.
Para andar por aí… temos que nos arrumar por cá.
Porque senão seremos interpretados como mais do mesmo… sem provas dadas… mas ciosos de filosofar sem que no terreno o saibamos implantar. Conversa!
Sem entrar retiro-me saindo.
Mas para tal expresso: - Rogo para ser desalinhado só no tempero desta análise.
JG

domingo, 9 de setembro de 2012

@s de nada Para a eCoNomia do PARQUE UNIVERsal locaL

O PUBLICISMO E A DEMOCRACIA QUE NOS IMPINGEM.
Ontem estive a ver mais do mesmo. (Não mais de cinco minutos. Tenho receio do precipício para onde nos levam…) A feira de artesanato da terra dada ao tosco no portal da sua entrada continua na mesma senda e talha de tendeiro pró proclamado “progresso”. É muito repetitiva no aleatório da questão. Demonstra uma estalagem virtual na cabeça do velho… Desculpem. Quero dizer na Cabeça da Velha. De uma praia fluvial já cheia de teias de aranha e em adiantado estado de degradação no papel... De uma piscina na fraga de um calhau e seus imperecíveis calhauzinhos emergida de uma bolha de “choro” que polvilharam ao estado seco. De um aeródromo “aerodinâmico” escarrapachado em papéis de escala com todos os requisitos (?) … que no terreno representa um dos maiores sacrilégios ambientais dos tempos hodiernos para os animais selvagens e alguns de “penugem” urbana… … … …  
Mas, a trapalhice perpetua-se noutras formas de intervenção.
A eloquência da cabra e suas valências gastronómicas. As suas “caganitas” monetárias para a nossa economia e outras performances circunstanciadas ao momento da festividade. Faz borregar o seu excelso esposo – o chibo, também conhecido por bode - e as suas primas ovelhas, como bocejar os seus fieis comensais mais atentos (que não sorvem acepipes sem serem certificados) e sem fome, de comer, à conta. A malta sem fardamento tinto…
Todo… este invento contem, ingredientes de temperos insossos. Coisitas que não passam de uma refeição que antes de o ser, já o querem, que seja. Ou seja, ainda a cabra é viva na berma da estrada a manjar silvas e a fazer demais malandrices … já a dizem ter dentro do caçoilo preto a marinar em vinho para chanfana, amestrada. É uma peça de teatro para ser degustada após ingerir líquido “qb” para sustentar uma valente indisposição… de equilíbrio. E dar azo a um gostosa “cabra” (… sic...). O que nos vale é termos caixotes do lixo a odorizar mal, que fazem ir o cortejo em procissão, para o eixo da via… (sic…).
- Para quê fazer teatros no edifício enclaustrado?
Ao ar livre, são, mais saudáveis e menos onerosos. E abrir as portas dá muito trabalho… e abre a tampa dos neurónios… 
… … … …
Raia o ultraje da pouca-vergonha o que acontece aqui.
Raia a pouca-vergonha o jornalismo executado. A sua subserviência ao poder instituído para sobreviver, faz-nos viver em parcelas de democratismo, com notícias com enorme densidade de verniz em cima de cada gadachim empoeirado.
Senhores vão ver aos vossos arquivos e vejam (há) quantos anos, dão ênfase às mesmas notícias!?
Senhores, num concelho dado ao tosco, que a qualquer estalar de protagonismo, diz alerta e alerta se dá e expõem, descubram qualquer notícia referente ao curriculum individual e colectivo da cabra e a sua passagem da teorização para a prática! Aonde existem parcerias efectivas com os pastores!? Vão às aldeias perguntar aos cujos o que é ser comensal nessa hipotética partilha!? E procurem na Serra do Carvalho a palha ou aresta que as cabras (artilheiros) levantam e derrubam, respectivamente!? Em suma, o que existe sem os holofotes da ribalta. 
Perguntem aos artesãos os apoios que recebem!? Aonde partilham os seus conhecimentos e saberes!? Quais as politicas efectivas e afectivas que conhecem para vivenciarem e perpetuarem a sua ancestralidade!?  Se existe reciprocidade da conjugação de vontades e de partilha na defesa da sua cultura e arte!?
… … … …
Mas, a verdade, verdadinha é que todos somos culpados… não assinamos a sua independência ao subscrever uns dos bastiões da democracia: - o periódico escrito. Como tal, a lei da oferta e da procura impõe-se a jeito dos jeitosos…  
ALBERTO DE CANAVEZES

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

? + ! = ( @ de nada )

Está tão quente! Que calor.
Que quem anda - "(à)  (há)  (á)" - chuva molha-se.
... ... ...
Alberto de Canavezes

sábado, 25 de agosto de 2012

vamos Ver o que Isto Vai dar!

Vem aí uma semana que vai ser muito importante. Para mim, isto vai ser como o azeite... depois chamem mentiroso a quem quiserem.

AC

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

"SEr PoeTa é TambÉm SeR ParVo"

Hoje ouvi uma insinuação espectacular sobre ser lírico. “ - Ser poeta é também ser parvo.”Confesso que aceitei esta decifração cultural e artística com algum desportivismo e regozijo. Concordo em absoluto com tal afirmação.
A parvalhice e a parvalheira de uma atitude parva são “poetar” a poesia com rimas sem ritmo e por quadras sem métrica. Um soneto para a Diva da nossa poesia – Florbela Espanca – era a mesma coisa que “… com o luar matar a sede ao gado / dar às pombas o sol num grão de milho…” Rústica. Para o patrono da nossa poesia Luís Vaz de Camões era como uma palestra “… que para respirar lhe falte o vento / e para tudo, enfim, lhe falte o mundo! Ditosa Ave. E para o imenso Fernando Pessoa, nas figuras a que deu vida (Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos) “O poeta é um fingidor. / Finge tão completamente / que chega a fingir que é dor / a dor que deveras sente.” Autopsicografia.
Desde os meus dezassete anos que sou parvo. Desde que nasci que vivo com esse cunho. Eu mereço isso. O amigo que me mimoseou com esse rótulo sabia o que queria dizer. Confesso que estava certo e está certo. Não me espantou tal açoite verbal, por ser genuíno e autêntico. Agora espanta-me a tourada de um estouvado “estraga albardas” que nos rimou com uma metrificação de cornos de índole imaterial. Enorme “poeta” este! O mesmo que dizer: - … que grande parvo, adulterado me “saiu”! (diga-se).
Vivo numa terra dado ao tosco. Que culturalmente é uma nulidade. Só existe a arte de manusear o garfo e faca de volta da célebre chicha de cabra. A, confrade chanfana. Mata-se tudo que seja “poetar”. Não há uma viva alma que possa dar azo ao seu imaginário artístico. Desde o desporto, passando pelo cantar, escrevinhar, declamar, representar… e todas as outras formas de expressão da parvalhice. A “parvalheira” é essa.  
Mas, ser parvo é comigo. Com Linhares, Neves e uns poucos parvalhões. Aqueles que promovem o seu aríete científico. Divagar não paga imposto. “Poetar” não usa impostos, porque sim ou porque não. Querelar com a alma não paga emolumentos. Vivo nesta bodega, sem me escutar e tão pouco ouvir os outros parvos como eu. Não temos umas cadeiras e mesa sequer, debaixo de uma barraca, em que possamos aparvalhar as nossas idiotas, idiotices com idiotismo. É triste ser parvo nesta terra. Temos um enorme edifício cor de laranja que sobeja a um azedo bafiento que nos lembra o facho de um regime que ostenta o betão como centro cultural de animais menores. Desde aranhas a ratos passando por morcegos e pombas, etc. … Estar “cinzento-claro” nestas obras de entretenimento fechadas aos seus é comunicar uma “merda”. É como quem deseja sorte aos estreantes em palco e estes não saberem o seu papel...
Um parvo como eu desfruta: - de jardins reclusos… de casas de banho públicas cerradas. De piscinas secas e enxutas (fixe… está-se bem). De calvícies lavradas nos pináculos de uma cordilheira. De pavilhões desportivos ataviados de pó. De cabrinhas bombeiro… de praias fluviais sem rio nem areais (são tão lindinhas e bonitinhas no papel). De um Campo de Golfe que não possui espaço para os 18 buracos no terreno. De uma ribeira emparedada para os gambozinos escalarem… Em suma, desfruto de uma panóplia de parvoíces, que me aparvalham o eu ser parvo.      
Gostava de partilhar muitas das minhas parvoíces. Mas lorpa não “sou” de todo. Ser parvo já me custa, baba e ranho, nesta terra dado ao tosco. Prefiro ouvir um bom amigo dizer que sou parvo… que continuar a ser parvo. Só me engana quem eu quero e deixo, ou quem puxa do seu engenho e arte para se dar ao parvo. Quando se junta muita parvoíce junta, tenho dificuldade de fazer prevalecer a minha auréola de ser apatetado.  
Temo que o tempo não me permita ser imbecil por muito tempo para ver o que pretendia … Mas enquanto por cá, vou-me divertindo com a minha paspalhice.
A patranha da argola ainda vai fazer furor nas próximas escolhas. Ainda existem muitas valetas a precisar de consistência para “entubar” a água na esperança de dar água às fragas, no singular. (A Fraga). Em metáfora a abundância do precioso líquido transborda…
Gostava de assistir a um recital de parvos aonde a parvoíce fosse bem tratada. Que uma dor valesse por um cento. Que para grandes males se aplicassem grandes remédios. Que se empregassem as mezinhas individuais em prol da comunidade em geral. Aonde uma fornalha de bons idiotas fizessem o ecumenismo pratico para dar a extrema-unção a esta “mancha” que desponta de um falso, parvo.
Amigo, adorei essa do “parvo”. A minha estima saiu redobrada. Grato.
ALBERTO DE CANAVEZES

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Editado

 

“Água mole em pedra dura tanto bate que até que fura.”

 

“Vale mais tarde que nunca.”

 

            “A verdade é como o azeite vem sempre ao de cima”

... ... ... ... ... ...
AC

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

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ALBERTO CANAVEZES

terça-feira, 31 de julho de 2012

Um partido sem bases não faz uma nova democracia. DIVAGAÇÕES

Qualquer Movimento Cívico que se oficialize em Partido Politico sem se expor ao voto popular nas Eleições Autárquicas está condenado ao fracasso. A essência da afectividade política nasce da partilha de identidades e afinidades da mensagem com a realidade dos episódios locais. Não preciso de divagar muito sobre esta matéria. Vasta reflectir sobre o partido da Nova Democracia do Dr. Manuel Monteiro. Poderia invocar outros, mas este partido pretendia estar situado ao centro do Bloco Central. Boas ideias. Um contributo apreciado. Mas sem implantação popular. Falta-lhe bases. Falta-lhe cariz subjectivo de compromisso. Uma identidade referencial.
… … … …
Obviamente que é a minha opinião. Vale o que vale. Susceptível de críticas e de melhor opinião. No entanto existem idiossincrasias implantadas na nossa génese histórica que definem bem o motivo do meu raciocínio. O ADN da nossa praxis política não nos permite subalternizar a base. A essência desta República foi alicerçada na descentralização dos poderes. Se foram bem conseguidos ou não, isso é outra questão. Agora os aparelhos dessa essência estão em todas as esquinas… e mantêm-se porque a militância dos partidos do sistema proliferam nos cargos públicos. A nomeação existe, é uma trasfega natural. É a submissão da causa pública ao aparelho partidário da “Trilha do Centrado” = PS/PPD-PSD E CDS-PP. O sustentáculo desta sobrevivência – infelizmente - está inclusive na apresentação das mesmas pessoas a várias Assembleias de Freguesia no mesmo concelho. Sem falar também na listas apresentadas à Assembleia Municipal e Município. É um subterfúgio praticado por todos os Partidos políticos no contexto nacional. Dá dinheiro.  
Para reforçar a minha teoria veja-se a força do PCP que incide nas Autarquias Locais na Região Sul que ainda consegue resistir ao virar dos tempos. Finca-se na obra dos seus Autarcas para prevalecer…
… … … …
Em suma e resumindo a questão, não me parece viável um partido numa primeira fase com cariz alicerçado em vontades intelectuais geográficas muito próximas – independentemente das suas exegeses nacionais e internacionais – possa descurar a seu crescimento local no intuito de induzir o seu crescimento para outras latitudes.
Não vivemos num período revolucionário. Resistimos a uma insolvência de valores democráticos contextualizados na sobreposição economicista dos mercados. O mercantilismo económico espraia-se em todos os países sem excepção. Independentemente do seu estatuto democrático ou totalitário… Haja dinheiro que por cima de dogmas o negócio faz-se… … Poucos repararam que a queda do Muro de Berlim, deixou-nos órfão de um árbitro: - Pacto de Varsóvia. Não sendo apologista desse regímen… nada ficou que se sobrepusesse ao outro “beligerante”: - Organização do Tratado do Atlântico Norte. Resta o livre arbítrio das subvenções… e promiscuidade de interesses obscuros. Juros… e esbanjamentos sobre os juros… parcerias perniciosas… etc.        
Confesso que pugno para estar errado. Mas infelizmente de todo não o creio. Pois, as intelectualidades que apresentam este novo sentido de democracia (Ideais do Centro…) merecem-me muita consideração.
JORGE GONÇALVES

Estar ao meu nível: - Controverso e polémico. Um contributo contemporâneo construtivo.


“IDEAIS DO CENTRO, DISCUTIR IDEIAS, AFRONTAR PODERES, MUDAR O REGIME, SALVAR A DEMOCRACIA”

Confesso que é com alguma alegria cívica e de pleito de cidadania, que vou acompanhando alguns movimentos de ilustres cidadãos da nossa Região, de vários quadrantes políticos. Já há muito tempo que escrevo no meu Blogue aquilo que venho a pensar - sobre este remanso pasto e as suas moscas - desde que abandonei a política activa, por minha livre e espontânea vontade. Não me espelho nesta “labregada”… Cisma-se de que em democracia a divinização individual e “de bando” é uma circunstância indelével da “sagrada” e mais que obvia cristalização dos partidos. Sendo esta versão, dada como irreversível pelos fazedores de opinião e bajuladores deste sistema, “acaudilhado”. Os partidos desta democracia e famigerada república, cultivam: - regências cooperativistas; alianças comensais; jogos pérfidos de bastidores para distribuir benesses pelos cabecilhas da frota e seus fiéis escudeiros; a formatura abonecada em coutadas concelhias; premissas de condescendências hipócritas distritais e incendeiam catedrais de “fumos” esquizofrénicos no teatro das operações instados nas sedes nacionais. A pouca vergonha impera… e não há sabão nem água que possa lavar isto. Só á vassourada vamos lá… mas sem aleijar ninguém, nem tão pouco, ocupar o lugar dos seus transeuntes fidedignos e fidelíssimos. Esses, como não sabem fazer outra coisa senão viverem atrelados ao trem das suas carruagens e panelas, ninguém os demovem de lá. E, é, bom, que assim seja, para que outras pistas se abram para uma nova corrida, nova viagem. Provindos desses areópagos, não acredito, em novos cristãos, muito menos em cristãos novos. Que haja a coragem de os cumprimentar com a parcimónia de saber, que eles são os causadores da “nossa” activa presença. Por isso rua com eles da “nossa” Praça.
Não sou Dr. (nem por equivalência) … Numa das “Novas Oportunidades”, falarei a seu devido tempo, sobre isso. Mas tenho, um vasto curriculum em todas as valências civis de um simples cidadão no usufruto da sua plena cidadania. Considero-me um tarefeiro de jornas na arte da vida.
Como julgo que este intento de “Ideais do Centro…” é ser o mais abrangente possível e ser um prumo fiel da sociedade civil, ouso afirmar que não se pode dar ao luxo de ser liberal nos horários de exposição pública nem se deixar ir por horários nobres. Tem que configurar a sua génese no antídoto destas suposições e devaneios - que na dúvida - aperfeiçoo neste considerando e nas minhas cogitações. Confesso que temo essa exposição – “sectária” - que não consiga dizer um “olá” ao povo e anunciar que vem por bem.    
Estes políticos – que denunciamos como sistema - deixaram o povo abandonado, incrédulo, faminto de tudo e acima de muitos actos e contrições… deixaram-nos dado ao tosco. Aqui, aonde resido, instruíram que somos desde tempos imemoráveis um campo “emancipado”, dado ao tauromáquico. Uma falácia contemporânea sem qualquer rebuço de decoro e vergonha. Entre outras aleivosias e aldrabices que se expandem para lá da decência politica. O cultivo das nossas almas está pior que no tempo de António Oliveira Salazar. Do Deus, Pátria e a família, taparam-nos os olhos e orquestraram que deslumbramos “açougadas” taurinas desde as fraldas. Confesso, que até era possível que fosse bom “snifar” estas drogas se não estivessem implicados os nossos impostos, taxas e emolumentos.
Resido por aqui, acerca de 37 anos e vejo-me á rasquinha para ver uma herdade aonde gostasse de me pastar culturalmente com animais desse porte e bem indistintos. Não tenho dúvidas que espevitava o intelecto,  “o coiro” e os andantes. Mas não… é tudo uma quintinha que basta um burrito para nos fazer a festa toda… Enquanto, eu fico de olho no burro e no ginete… façam-me acreditar que é por cá que começam a “festa brava”. 
Não será por falta de chanfana… que ponderem tal postura! Que eu saiba no parquímetro regional existe outra paragem oficial para ela… mais terra a terra. Os espadaúdos desta democracia estão cá quase todos entronados “geralmente”.    
ALBERTO DE CANAVEZES

sexta-feira, 27 de julho de 2012

IDEAIS NAS IDEIAS / IDEIAS COM IDEAIS

Considero que um exercício convergindo de um elitismo de classes em detrimento do eclectismo social genuíno nos pode levar a uma esplanada retórica muito bonita mas com bastantes penumbras, sombras e reservas.
Quando olhamos para os “Ideais e Ideias”, verificamos que a sua génese embrionária está recheada de pensamentos nobres e impolutos. Obviamente que a alavanca impulsionadora das suas raízes estadísticas necessitavam de um impulso. Comenda feita… Agora o seu recheio e tecido “congregante” apelam para um “Éden” sem o pecado original. Tão que assim é, que tudo o que a historia regista como intenções sociais sem a mobilização da sapiência em factualidade com a rudeza de cunhos, destina-se ao aborto. A humanidade nasce livre, a liberdade, é que nem sempre complementa e contempla a humanidade. Já que, o ser humano, ao caminhar pela vida, complica o que é fácil e destrói o que de melhor há em si: - a genialidade de ser um entre os demais. E, se assim o é, demais seria uma terna realidade que tenhamos o agrado de saber ouvir quem anda pela vida, numa procura constante de outras paisagens. Se no convite para os “Ideais e Ideias” a partilha de saberes conta, então que se abram as portas e janelas para que o ar circule são e escorreito. Que, quem possa entrar nesse edifício de “Ideais e Ideias” saiba absorver que o deixam respirar e através da sua “personagem” o deixam comunicar, independentemente do “status” e origem sociológica. A conotação de representatividade anui ordinariamente sem fluxos intermediários, já que todos ficamos a falar na primeira pessoa.
Ideias minhas para um Ideal comum.
Ideal comum, com Ideias minhas.
Jorge Gonçalves

quinta-feira, 26 de julho de 2012

A CURIOSIDADE MATOU O GATO

Por vezes é necessário dar dois passos atrás para se poder arribar a marcha no intuito de alcançar o objectivo a que nos propusemos. Assim como essa estratégia pode-nos permitir saber os caminhos que calcamos e que companhias nos envolvem nesse percurso. Obviamente que o silêncio é de oiro e de ouro é também as suas vozes. É que no silêncio político existem dois brados. O grito conservador e o berro revolucionário.  
Apraz-me registar uma nova indumentária de cidadania – “Ideais do Centro, Discutir Ideias … – só que a descambar para partido político só porque sim ou porque não, deixa-me apreensivo. Já há muito que no âmbito local exprimo a necessidade de se edificar um Movimento Cívico. Um pólo de convergências de desígnios. No intuito de reagrupar eleitorado dado ao tosco, que se fecunda e marina na varinha de condão de um exímio “senhor” que tendo um olho – para a coisa – divide para sobrepujar…
Como contributo para tal embrião, apetece-me dizer que antes de se dar uma matriz filosófica ao nado, estendamos as mãos ao possíveis consumidores do artigo em democracia – o povo que nos rogamos de pretender representar - na finalidade de se fazer um baptismo apropriado. Querendo dizer com isto, que, se formos capazes de criar cumplicidades de identidade social com quem se permite obedecer ao situacionismo por desleixo democrático, antes durante e após exercer o que de mais alienável patenteia o sufrágio universal. Já que está na nossa tomada de decisão a livre opção de escolha. Ninguém em Portugal com responsabilidades em cargos políticos - emanados dos círculos eleitorais – se auto proclamou sem a submissão da vontade popular.  
Para mim – é minha convicta opinião – que o problema está na nossa conduta como não desfrutamos da nossa cidadania em democracia. O nosso grau de exigência é nulo. O nosso poder de reivindicação é ambíguo. A nossa capacidade de transfere de compromissos é congénita.  E o nosso maior bem – a cruz no boletim de voto – é de um conservadorismo bacoco. Congeminada na máxima, “estes já nós conhecemos”… “estes que se apresentam não lhes sabemos as manhas”. Não somos audazes. Cultivamos o esbanjamento de munições. Não deciframos que está num simples gesto, “abater” o vírus que nos assola e esterilizar a sua área a montante e a jusante para que a causa publica seja mais – e melhor – saudável  
“Ser ou não ser eis a questão.”  
Haja vontade da nossa parte que as coisas mudam. Basta só levantar o tapete para sacudir o pó. A mobília arreda-se. Podem crer.
Diz-se, que a curiosidade matou o gato. Mas quem matou o “rato” na falta do “gato”?
ALBERTO DE CANAVEZES

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ideais do Centro Discutir ideias, afrontar poderes, mudar o regime…

Honra-me o convite. Enaltece-me a alma o seu desiderato. Sou um homem na procura da sua cidadania. Confrontar poderes – instituídos. Mudar o regime – cooperativista. Zurzir a corrupção – obscura.  Denunciar sem afectos políticos a linhagem seguidista concelhia, regional e nacional – predominante. Colocar o nome nos prevaricadores – sem castelos de areia. Clamar por justiça – sem ser justiceiro. Apontar o dedo a que nos rouba descaradamente e a quem o consente – estou junto a vós. Agora para ser um Grupo de intenções absorvido por amizades cúmplices – prefiro estar como estou. A perder tempo na procura de um ideal e da sua imagem como referência, que o façamos com redobrado empenho, com auto-estima solidária, sem medos ou receios, com espírito aberto e isento, doía a quem doer.
Que nestes tempos próximos - que nos acercam – tenhamos a capacidade de esmiuçar os 17 Concelhos do Distrito e as suas 209 Freguesias. Que saibamos entender e perceber que é na paróquia que se dá a primeira esmola e ao mesmo tempo ela nos é “absorvida”, tendenciosamente. Ninguém consegue combater o tráfico de influências se começar pela cúpula. Temos que “agricultar” primeiro os seus pedúnculos. Porque são estes agentes locais que levam as contumácias para a esfera distrital, regional e nacional, consequentemente.
Impingem. Revalidam. Ratificam. Expõem. No persecutório intuito dos seus interesses e vontades. Os mesmos cromos – ou signatários submissos - proliferam em tudo que é potestade.
Que a nossa cidadania seja uma actividade incómoda e se faça preencher aonde a democracia é dilacerada.
Humildemente estou disponível para opinar, trabalhar, colaborar, perceber, entender e aplicar o sentido colegial das decisões sem desfalecimentos ou circunstancialismos afectos ao "nacional porreirismo".
Se, bem entendi a causa expressa… o interpretei como o que escrevi.
Assim o sendo, contem comigo.
Jorge Gonçalves  

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Letra de um só indulto? Ou palavras para um insulto!

Após detectar três sapos – com a boca atada – nas imediações da casa aonde habito. Agora perscruto o porquê de tanto chinfrim que os cães fazem de noite pelas duas da manhã. É tamanha algazarra que “parecem sete pobres num palheiro”. Levanto-me – tipo mirone - e não vejo ninguém nem nenhuma alma penada E no fim de ter dado uma valente sacholada num dedo do pé esquerdo que me colocou de canetas arreadas, fiquei meditativo quanto muito dorido. Que há coisa, isso há!  Acho por bem não divulgar o dedo, porque quando dorido, parece que tudo lhe impeça… assim fica o registo mas em anónimo.
Depois de desabafar em voz alta as mil e uma diatribes e peçonhas a alguém, dado a estas coisas do “paranormal” confidenciou-me que - “ andas a menear os lordes cá da quinta e eles, pimba, enfadam-te/infernizam-te a viola. Eles frequentam muito, esses sítios de sortilégio. São dados a rescaldos de persecutoriamente ataviar de maleitas a vida dos outros ”.
- Tranquilo. Respondi-lhe.
- Tranquilo!? Estás doido ou quê? Tranquilo! Nem sei se deva rir ou chorar!
- Faz as duas coisas.
- Faço as duas coisas!? Este gajo está doido varrido. Então para as bestialidades que lhe assola a vida, este lírico do caralho, está-se a borrifar!? Está doido? Só pode…
- Não me importa que frequentem esses sítios, não me afligem nem tão pouco me deixo condicionar por tais intenções. Acredito em alentos bons, e nos seus fluidos imberbes. Não me deixo inquietar com coisas do arco-da-velha. Fui instruído, numa de apreciar a contenda da vida nas suas valências/latitudes, alcances/desencontros e fronteiras/precipícios. Respeito de tudo um pouco, como desdenho disso…
Para o mais a Ti Augusta do Soladinho, deixou-me como antídoto, estas três frases incorpóreas: - Alho-porro tem três folhas, tu bruxona não me tolhas; tu és ferro, eu sou aço, foge bruxa que te embaço… … … … … … … …
Hei, lá… não me recorda da outra. Não pode ser! Aqui existe o jeito de quem anda a subverter a racionalidade costumeira das coisas. E faz emergir a irracionalidade dos factos! Mau, Maria, que me empurras e me tentas! Existem só ventos poluídos e anafados quando nos deixamos de respirar pela nossa cadência harmónica.  
- Meu. Deixa-te dessas retóricas. Olha-me para a tua figura. Olha-te, andas a ficar seco como um bacalhau… magro como um cão… velho que eu sei lá o quê! E não me dás uma razão plausível para isso… … que dizem os médicos? O mundo está cheio de gente má, invejosa, que não olha a meios para atingir os seus fins… que fazem de tudo para se sustentarem sem escrúpulos na frente de tudo e todos. Tem dó e cuida-te…  
- Estou impressionado com a tua clemência. Neste espaço de tempo que ocupo, vivendo, vivo nas trevas do divino. Não me sinto pressionado a acautelar uma vida no bem bom, além da terra. Talvez por isso e outras coisas, eu tenho nojo de gente que se omite e tenta por artes malévolas infligir danos nos percursos das nossas vidas. São os pobres de espírito. Os que durante uma semana acometem as maiores atrocidades contra a partilha, solidariedade e respeito mútuo e depois vão á missa resgatar de um deus qualquer, absolvição, como quem toma banho de uma semanada valente de porcaria. O Deus que eu consinto como exemplo advém de Jesus, feito homem. Acredito em algo que me transcende. Recuso-me ter nascido só para morrer. No entanto – agora -  refugio-me no silêncio que havia antes de eu nascer e no que perdurará depois de eu morrer, para restituir aos meus passos alguma aquietação. Não me preocupa o depois. Preocupa-me o porquê, que essa gente confecciona tal melindre!  
- Ganha juízo e combate-os, dando-lhe a provar do seu próprio veneno. Acicata-os. Espevita-lhes as entranhas. Moei-lhe a figadeira…
- Eles é que se vão alimentar do seu próprio veneno. Do naco que nos presentearam vai-lhes sobrar o descomedimento do seu juízo final. Se Deus é tão Misericordioso e justo pactuará com outras práticas de misticismo – que alteram a vontade do seu destino – que tais labregos nos tentaram doar ou impingiram “por palavras, actos e omissões”?
Amigo não te tiro a razão modal mas a parte do incondicionado é minha…
- Pois. Mas… a ser assim pagas, um preço alto.
- São, as únicas contas que tenho em dia… … …
… … … …
ALBERTO DE CANAVEZES

sexta-feira, 13 de julho de 2012

SILÊNCIO QUE VOU FALAR DO NOSSO FADO. Y

 Vivo num concelho:
Em que as Águas e Saneamento estão, “…muito acima da média da região no que toca a saneamento básico… assume-se como um concelho muito bem servido neste sector”.
O que se entende por saneamento básico?
A Associação Portuguesa da Engenharia Sanitária e Ambiental (APESB) dá-nos uma ajuda preciosa. É uma Entidade não governamental. Por isso idónea.
O, IRAR - Instituto Regulador de Águas e Resíduos; a, APA – Agencia Portuguesa do Ambiente e o INAG – Instituto da Água, ostentam legislação para ordenar as suas boas praticas. Estas de nomeação política…   
Assim, somos obrigados a afirmar que, - “ O Saneamento básico é a actividade relacionada com o abastecimento de água potável, o manejo de água pluvial… o tratamento de esgotos, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos e o controle de pragas e qualquer tipo de agente patogénico, visando a saúde das comunidades”. (WIKIPÉDIA). Fui em busca de um reportório para não dizerem que sou um idiota. Não quero ser o único.
Olhando um recibo do Município que consigna estas considerações e debruando casuisticamente a sua quitação pelas quatro Freguesias do Concelho, constatamos que todos somos no tarifário genuinamente semelhantes, na descrição da factura:
Consumo de água (aqui paga-se por escalão)
Tarifa/Preço: Construção, Conservação e Manutenção – € 4.80
Saneamento – €4.95
Resíduos sólidos - € 4.95
IVA à Taxa Reduzida – (variável)
Débitos directos:
Entidade Credora: 101660
N.º Autorização (ADC): - 11001453055
Detectamos várias coisas:
1.      Pagamos do consumo de água domiciliária o “tope” do Distrito de Coimbra.
2.      A esmagadora maioria das populações pagam serviços que não possuem à porta. Existem cidadãos de primeira, segunda, terceira… (categoria) ou como se diz oficialmente (Raça).
3.      Que a verba recolhida não se destina para a sua “Construção, Conservação e Manutenção. Vai para outro mealheiro.
100% De rede de água potável (…. aceito) …agora das outras descrições expostas na factura (já não aceito).  
O cidadão comum tem que ser esclarecido de tal “engenharia” sanitária.
Os caixotes do lixo fedam a imundície. Muitas das vezes estão circundados de sujidades e ratazanas. O saneamento em inúmeras aldeias é a sarjeta… Ou um Tractor Camarário que efectua a recolha de detritos das fossas sépticas através de um deposito acoplado, cobrando “outra” taxa mais personalizada… Circulando pelas ruas a “perfumar” o ambiente a razoável velocidade. Evacua, por aqui… por ali… e lás.
Para sustentar esta alegação reparem nas vossas facturas/recibos, e espreitem das janelas, das vossas casas, quantos longos metros percorrem para depositar os detritos nos caixotes do lixo. Verifiquem o seu estado de conservação e higiene. Não ousem encanar o nariz nessa direcção.
A grosso modo quem são os felizes contemplados! (“Os amigos do ambiente missionado”).
E, aproveitem a caminhar – porque faz bem á saúde – e vejam quantas “ETAR`s” possuímos e onde estão instaladas. Levem farnel para a caminhada. Os habitantes das Aldeias periféricas de Vale de Vaíde e Ribeira do Moinho – assim como da Sede do Concelho - não precisam deste reforço alimentar. Os outros valem mais prevenirem que remediarem.  
A realidade é esta. Indisfarçavelmente é isto…
Estamos muito bem servidos de “bicas” e cheirinhos.
De, mais coisas, sobre isto, me aprazaria de “escrevinhar”. Mas fiquemos por aqui - momentaneamente – por causa dos odores.
… … … …
ALBERTO DE CANAVEZES   

quarta-feira, 11 de julho de 2012

SILÊNCIO QUE VOU FALAR DO NOSSO FADO. IY

 Vivo num concelho:
Em que não se “ata” nem desata ideias pacatas.
Numa “narrativa de uma reunião autenticada” existe um recorde universal de insanidade e demência política sem precedentes no parque jurássico universal. Se os meus olhos não me enganam, existe uma dissidência que passa de uma a duas, que de duas passa a três, que de três passa a quatro, que de quatro passa a cinco, que de cinco passa a seis, que de seis passa a sete, e que de sete passa a oito. (?) Repetições que para mim, definem o uso e abuso - nu e cru - da prepotência. Ponto final. É escandaloso. Abominável.
É o deboche da intolerância democrática. É o arrazoado de quem se arrasta por cima do decoro, bom senso e representatividade política. Julga-se por cima de tudo e de todos. Recalca o seu endeusamento sem parcimónia nem rebuço.
Aqui nesta “coutada dada ao tosco” se alguém ousa perguntar: - porque motivo se toma esta decisão ou critério em detrimento de outra atitude – em suma esclarecimentos - é sentenciado por fomentar jogadas oportunistas, demonstrar desrespeito, ser incongruente. Tal evidência configura tendenciosos proveitos individuais ou de agremiação com conotação obscuras.
Mas pior que o artista deste acidente de percurso histórico são os seus prosélitos que lhe dão guarida. Quem (por exemplo, entre imensos exemplos actuais) permite que se homologue uma caprichosa aldrabice como intrinsecamente aliada às nossas raízes culturais e históricas: - a tauromaquia. Expõem-se ao ridículo de popularmente serem declarados como pactuarem em darem uns coices e marradas valentes na nossa identidade.
O que move esta gente!? Será que a submissão ao poder modal de um indivíduo politicamente sem escrúpulos, os fazem possuir mais ego e preponderância de emergência social!?
Confesso que fico atónito e sem palavras para descrever a sua passividade e conivência perante a anuência as estas inusitadas diatribes.
Aonde pairam os seus valores de honestidade intelectual!?
Aonde se quedarão quando esta “palhoça” cair como um baralho de cartas!?
Quero crer que a esmagadora maioria foram apanhadas de imprevisto e que ingenuamente se deixaram absorver na enxurrada de asneiras endrominadas por “xaropadas” sem antídoto. Estão manietados, porque se ficam subjugados…  
Alguns “bravos” da oposição – pessoas que vai tolerando por interesseiríssimo político – estão com as mãos presas e atadas na gamela do poder instituído. Os seus familiares directos ou chegados exturquem do comedouro baseado na palha do rústico roceiro desta faina de pasto daninho.
Eu deliro, que os partidos políticos estão-se a tornar num grupo de agremiação capciosa. As suas concelhias são uma ninhada de “trinca-pintos” que só servem para levar na procissão o andor do padroeiro; as distritais umas necrópoles da pluralidade representativa (só lá chega as almas vigentes da sua base) e as sedes partidárias um botequim de indivíduos certificados pela sociedade concelhia e distrital como inaptos e sem qualificações, para serem cidadãos comuns. Quero com isto, dissecar e sonambular, peremptoriamente, que são ninhos de “chocos" espertos.
Vejo com alguma apreensão alguma relevância popular no dia-a-dia e nas redes sociais, sobre a apologia de regimes totalitários. Mas compreendo a sua sustentação e argumentação. Entre o dúbio da apregoada segurança, semelhança e igualdade preconizada por esta retórica democrática e a certeza de uma sustentabilidade “credível” personificada em regimes absolutos (?) (sem progenitores ou “ave-marias” de arribação como fundo) as pessoas queiram a amarra de um sistema com princípios, meio e fins. Fala-se de António Oliveira Salazar, como se de Dom Sebastião se tratasse…  
Para o mais, estamos a gramar agora com os filhos, genros, enteados e demais gurus dos artistas que deram voz ao 25 de Abril. De uma democracia passamos para uma oligocracia… E a ver poliíicos na entrada pelintras e milionários na "saída". Coscuvilheiros públicos que se tornam tarefeiros privados…
Os partidos políticos consentem tudo para sobreviverem na velha máxima, “quem tem unhas é que toca viola”…querem é votos e quantificar esses proveitos em euros para sobreviverem e alimentarem-se.
Contemplarem estes eleitos com uma advertência vermelha categoricamente é derrubar interesses copulados… é fragilizar cumplicidades “comensais”… é implodir grandes parentelas.
Por isso é que este País está como está. E o nosso concelho trás no lombo um par de bandarilhas bem espetado. Até quando?
ALBERTO DE CANAVEZES