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sexta-feira, 13 de julho de 2012

SILÊNCIO QUE VOU FALAR DO NOSSO FADO. Y

 Vivo num concelho:
Em que as Águas e Saneamento estão, “…muito acima da média da região no que toca a saneamento básico… assume-se como um concelho muito bem servido neste sector”.
O que se entende por saneamento básico?
A Associação Portuguesa da Engenharia Sanitária e Ambiental (APESB) dá-nos uma ajuda preciosa. É uma Entidade não governamental. Por isso idónea.
O, IRAR - Instituto Regulador de Águas e Resíduos; a, APA – Agencia Portuguesa do Ambiente e o INAG – Instituto da Água, ostentam legislação para ordenar as suas boas praticas. Estas de nomeação política…   
Assim, somos obrigados a afirmar que, - “ O Saneamento básico é a actividade relacionada com o abastecimento de água potável, o manejo de água pluvial… o tratamento de esgotos, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos e o controle de pragas e qualquer tipo de agente patogénico, visando a saúde das comunidades”. (WIKIPÉDIA). Fui em busca de um reportório para não dizerem que sou um idiota. Não quero ser o único.
Olhando um recibo do Município que consigna estas considerações e debruando casuisticamente a sua quitação pelas quatro Freguesias do Concelho, constatamos que todos somos no tarifário genuinamente semelhantes, na descrição da factura:
Consumo de água (aqui paga-se por escalão)
Tarifa/Preço: Construção, Conservação e Manutenção – € 4.80
Saneamento – €4.95
Resíduos sólidos - € 4.95
IVA à Taxa Reduzida – (variável)
Débitos directos:
Entidade Credora: 101660
N.º Autorização (ADC): - 11001453055
Detectamos várias coisas:
1.      Pagamos do consumo de água domiciliária o “tope” do Distrito de Coimbra.
2.      A esmagadora maioria das populações pagam serviços que não possuem à porta. Existem cidadãos de primeira, segunda, terceira… (categoria) ou como se diz oficialmente (Raça).
3.      Que a verba recolhida não se destina para a sua “Construção, Conservação e Manutenção. Vai para outro mealheiro.
100% De rede de água potável (…. aceito) …agora das outras descrições expostas na factura (já não aceito).  
O cidadão comum tem que ser esclarecido de tal “engenharia” sanitária.
Os caixotes do lixo fedam a imundície. Muitas das vezes estão circundados de sujidades e ratazanas. O saneamento em inúmeras aldeias é a sarjeta… Ou um Tractor Camarário que efectua a recolha de detritos das fossas sépticas através de um deposito acoplado, cobrando “outra” taxa mais personalizada… Circulando pelas ruas a “perfumar” o ambiente a razoável velocidade. Evacua, por aqui… por ali… e lás.
Para sustentar esta alegação reparem nas vossas facturas/recibos, e espreitem das janelas, das vossas casas, quantos longos metros percorrem para depositar os detritos nos caixotes do lixo. Verifiquem o seu estado de conservação e higiene. Não ousem encanar o nariz nessa direcção.
A grosso modo quem são os felizes contemplados! (“Os amigos do ambiente missionado”).
E, aproveitem a caminhar – porque faz bem á saúde – e vejam quantas “ETAR`s” possuímos e onde estão instaladas. Levem farnel para a caminhada. Os habitantes das Aldeias periféricas de Vale de Vaíde e Ribeira do Moinho – assim como da Sede do Concelho - não precisam deste reforço alimentar. Os outros valem mais prevenirem que remediarem.  
A realidade é esta. Indisfarçavelmente é isto…
Estamos muito bem servidos de “bicas” e cheirinhos.
De, mais coisas, sobre isto, me aprazaria de “escrevinhar”. Mas fiquemos por aqui - momentaneamente – por causa dos odores.
… … … …
ALBERTO DE CANAVEZES