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quinta-feira, 28 de junho de 2012

O PARANORMAL SR. PLATINI… NO NORMAL FULANO QUE É ADEPTO. EU. (NÓS). Y

  
ULTIMA HORA:
O Sr. PLATINI está com azia devido a um desarranjo intestinal. Deram-lhe (comeu) muita Pizza… O, que vale, ainda pode superar a inflamação com a Paella Valenciana que pretendia conjugar com a Cerveja da Baviera na ceia de Domingo dia 01 de Julho 2012. Por sinal o dia da Final do Europeu 2012. Resta - lhe só a Paella e a malfadada Pizza… Ou alguém muda de prato ou o batoteiro vai ter que engolir em seco.
Pode optar pelas bebidas tradicionais: - Sidra ou a Sangria de “nuestros hermanos” ou pelo Limoncello e Sambuca de “ i nostri fratelli”. Caso não haja um consenso para o líquido a colocar na mesa em troca por um dos pratos, eu arranjo maneira de estimular “notre ami” a ir sorver a água da “sarjeta”… somos todos latinos. A malta vai-se entender.      
A Sra. MERKEL prepara-se para novo saque aos países periféricos da Europa. A troika - a seu mando - prepara-se para nos surripiar mais um caldito. A Itália que se prepare para um resgate bem taxado. Vamos reembolsar caro pela eliminação dos espadaúdos “parcimoniosos” Germânicos.   
Jorge Gonçalves

O PARANORMAL SR. PLATINI… NO NORMAL FULANO QUE É ADEPTO. EU. (NÓS). IY

NÃO GOSTO DE VITÓRIAS MORAIS. PERDEMOS.
PARABÉNS MUITO SINCEROS A ESPANHA.
PARABÉNS APÓCRIFOS PARA O SR. PLATINI.

Agora que caímos nas marcações das grandes penalidades frente à Espanha, saibamos levantar a cabeça e dar o parabéns aos Espanhóis.
Assim como ficarmos orgulhosos da prestação dos nossos rapazes, neste Europeu.
Não tivemos a pontinha de sorte – que julgo - que merecíamos. Levamos mais uma bola ao ferro e a bola que nos retirou do Europeu 2012 necessitou de bater nele para entrar.
O árbitro tentou passar despercebido, não fora um “Stop” ao Nani… e uns “prémios” amarelados ao nosso sector defensivo… Esteve dentro do previsível e do condicionalismo possível. Nada que nos colocasse grandes obstáculos. Por ele a coisa não ficou muito inclinada…
Paulo Bento foi um distinto líder, soube estar tranquilo, excelente cavalheiro e demonstrou ser uma grande Treinador de Futebol. A sua Conferência de Imprensa foi um acontecimento que nos deixa profundamente orgulhosos. Soube perder com dignidade. Não arranjou desculpas esfarrapadas. E coerentemente denunciou que vai apontar o dedo aos “mal-educados” e falar de tudo sem restrições… Numa escala de valores o tope da nota máxima. Parabéns. Grato pela sua deferência.
Agora do indecente, chauvinista, jacobino e batoteiro Platini temos muitas observações a fazer. E como resposta inteligente, usemos as palavras do nosso Atleta Custodio. Numa de uma perspectiva - “de um falar de dois entenderes”.  
- “O médio Custódio realçou que todos fizeram aquilo que podiam para tentar vencer a Espanha, mas que não foi possível na lotaria das grandes penalidades.
«Fizemos o que era possível. Acreditamos na nossa capacidade para vencer, só que acabamos por perder na lotaria das grandes penalidades. Parece que desta vez o polvo acertou e a Espanha está na final», afirmou Custódio
.” (Retirado do Jornal “A Bola”, dado ao prelo após o jogo). 
Desabafo elucidativo e apropriado. Uma forma diplomata e subtil de podermos dar, um bom, pontapé no rabo, do trapaceiro Sr. Platini.
Não me conformo como adepto, por tal desleal criatura, expressar as suas preferências para a Final deste Europeu. Repito pela enésima vez, que como Presidente da UEFA tem que ser imparcial. “É como a mulher de César que se diz séria mas tem que parece-lo, também”.
Hoje tenciono ver a Itália – Alemanha. Vou torcer pelos Italianos. Os alemães nesta conjuntura social e política actual, fazem-me lembrar os “troikanos”. Os gajos, que disseram ao nosso pausado e insosso Ministro da Finanças para nos roubarem o subsídio de férias e de natal, entre outras miudezas… e que nos obrigam a apertarem o cinto e a passar privações até ao osso. Vivem das gorjetas que recebem… esmolando-nos os juros a bom preço… A Sra. Merkel - a tirana do mercado - além de não expressar o feminino no esplendor que preconizo – é desengraçada - cria-me engulhos de boca. E porquanto, parece-me muito íntima do Sr. Platini. Tocam-se muito quando vêem os jogos da Selecção Alemã. Se passarem os Alemães para a final – como o programado pelo batoteiro do Sr. Platini – serei um adepto da Selecção Espanhola.
Creio que na final vai-se registar o bocejo do árbitro Pedro Proença.
O adepto da tribo do futebol,
Jorge Gonçalves

terça-feira, 26 de junho de 2012

O PARANORMAL SR. PLATINI… NO NORMAL FULANO QUE É ADEPTO. EU. (NÓS). III

O politicamente correcto não é comigo. O destituir-me das minhas convicções, princípios e ideias só para agradar aos indivíduos presunçosamente empoleirados, está longe das minhas cogitações e tarefas do dia-a-dia … … … O mundo está como está por causa disso. Os empoleirados pensam, os medianeiros anuem e a populaça é escravizada. Porque quem fica entre os extremos – empoleirados e povo – só olha para o seu umbigo, na expectativa de ser um mutante de empoleiramento, também… guerreiam-se entre si até emergir o mais envernizado, “azeitadinho” e engraxado. E assim segue a musica no vira o disco e toca-se o mesmo lamiré.
Em 1966, no Campeonato do Mundo realizado em Inglaterra, de um dia para o outro, fizeram-nos andar de malas às costas – para jogarmos as meias-finais com o país organizador (o citado) – de Liverpool para Londres... Num Pais dado ao diferente – andam pelo dando esquerdo da estrada (entre outras “desconformidades”) – e onde a celeuma da ética e bons costumes foi só fachada. Foram Campeões do Mundo com um cheiro a deslealdade desportiva. Em tal má hora o fizeram que depois disso, quedam-se sempre, pelas grandes penalidades nas grandes façanhas futebolísticas. Estão excomungados. Que fiquem assim por muito tempo.   
Agora o tipo que já nos chamou “batoteiros”... Que nos insultou já por inúmeras vezes tanto como Pátria, Povo e Adeptos do Futebol – o chauvinista e jacobino Sr. Platini, famigerado presidente da UEFA – ousa:
·        - Ter Selecções preferidas para jogarem a final. Alemanha / Espanha. Atitude que condiciona uma imagem de verdade desportiva e que fomenta uma pressão concomitante sobre a arbitragem.
·         Consentir que nos impinjam um árbitro Turco Cuneyt Cakir… “amigo” dos Espanhóis. Houve jogos em que apitou a “roja” que prejudicou os seus adversários, escandalosamente. Realço, também que o presidente do Comité de Árbitros da UEFA é Espanhol e o Vice-Presidente é Turco… amigo do Barcelona e da UNICEF.
·        Permitir que uma armada de Jornalistas Espanhóis fique no mesmo Hotel aonde está instalada a nossa Selecção Nacional. Coisa que os próprios jornalistas Espanhóis publicamente denunciam e estranham.  
Já vamos para o jogo condicionados com “excepções” que espantam os homens honestos e desportistas na acepção da palavra, independentemente da sua Nacionalidade.
Este Sr. Platini é um batoteiro refinado que necessita que o chamem à razão. É um tendencioso e pernicioso agente desportivo.
Como adepto – depois da sua sentenciada final – posso esgrimir o que me provier na defesa de tudo que nos acontecer amanhã. Se ultrapassarmos a fortíssima Selecção Espanhola, direi:
 - Estamos na final contra tudo e contra o Sr. Platini e os seus… todos interesses.
Se perdermos – de goleada ou um a zero - exclamarei aos quatro ventos:
- Já estava a panela feita e o testo para confeccionar o banquete do Sr. Batoteiro Platini e os seus pares.
Temos que conferir que este Sr. Batoteiro foi eleito pelas Federações de Futebol dos Países Europeus. No entanto foi para garantir o bom funcionamento da verdade desportiva e para manter equidistância. Na minha opinião deve ser corrido de lá para fora, mesmo que o seu vaticínio aconteça, ou não. Senão fica demonstrado que existem interesses obscuros, que ninguém sabe explicar e combater - também – no Futebol.   
… …
Extra, esta ultrajaria toda, quero que Portugal jogue com o seu “Y” escorreito, concentrado e audaz.”Adjudique” um bloco alto e pressionante. Jogue compacto entre linhas. Seja autoritário na zona de construção, trabalhador e criativo na zona de criação e que seja tremendamente eficaz na zona de finalização. Que Rui Patrício, cimente as nossas redes. Que Pepe continue como até aqui. Imperial. Que Miguel Veloso seja uma abelhinha laboriosa, Rui Meireles e João Moutinho os filtros contra o “veneno espanhol” e que Nani  e Cristiano Ronaldo sejam o vento que desmorone as velas da armada opositora. Fora o “Y”… que João Pereira, Bruno Alves e Fábio Coentrão balanceiem nas nuances do jogo com a competência que denunciaram até aqui e que Hugo Almeida, não se dê à marcação e seja a âncora pendular nas transições quer ofensivas quer defensivas. A minha costela de treinador de bancada daria este lugar a Nelson Oliveira. Julgo-o mais móvel e mais empreendedor para ajudar nas alas, muito em particular para equilibrar o nosso lado esquerdo…  
Se jogarmos assim a vitória não nos foge… muito menos o Sr. Platini, nos, a, roubará. (muitas virgulas para ele compreender).
Já agora, que Vicente Del Bosque jogue com o Torres na frente. Creio que a nossa defesa tendo alguém como referencia para marcar sentir-se-á mais personalizada.
Se tivermos engenho, arte e a sorte em doses “qb”de marcar primeiro e nos minutos imediatos não sofrermos a “remontada”… já me vejo em Kiev.
Já que aos minutos a passarem a Espanha vai dar-nos mais alguém para o seu ataque como referência de marcação… e assim o “tic-tac” perde solidez.
Sr. Platini, eu posso ter estes devaneios. Sou um adepto comum. O Sr. não. Entendeu, agora porquê!? Ou quer que lhe faça um desenho?
Confesso que não o julgava tão – pouco - burro…  
Atentemos e estejamos atentos. Eu estou confiante.
Jorge Gonçalves

domingo, 24 de junho de 2012

O PARANORMAL SR. PLATINI… NO NORMAL FULANO QUE É ADEPTO. EU. (NÓS). II

A minha preferência e inventado vaticínio para as meias-finais do Euro 2012 - “já era, foi-se”. A Selecção Nacional Francesa fez as malas e “ala que se faz tarde”. O meu prognóstico esfumou-se. Outra realidade emerge do meu “erro de cálculo” – Espanha. A realidade é essa. Boa realidade – diga-se - já que temos que jogar a meia-final. Como tal, temos adversário, para jogar noventa e picos minutos, ou para jogar, cento e vinte e qualquer coisa minutos, ou para efectuar pontapés de grande penalidade. Iremos suar a camisola para tentar diluir as intenções do Sr. Platini.
Antevejo um jogo tremendo. Um jogo tenso. Um jogo de muita adrenalina que obviamente cultiva um pendor mais tendencioso no prognostico para a Campeã Mundial e Campeã em titulo: - Espanha.
Sr. Platini, eu posso dizer isto e escrever, o, Sr.com a vestidura que traja, não. Assim Sr. Platini estarei atento ao seu, semblante, e muito em particular ao seu anti-portuguesismo bafiento, quando se fizer circundar pelas altas individualidades dos dois Países. Aconselho-o a não se descuidar e assentar mais de costas para uns do que para os outros. Isso pode ser um sinal… No entanto também posso decifrar que se estiver assentado direito na cadeira esteja a preconizar o inicio do seu “plano B”. Em suma Sr. Platini, usarei cognitivamente a parte aleatória e imprevisível – em que um jogo colectivo é fértil – para o mimosear com “devaneios” porque sim e porque me apetece. O senhor – no figurão que luxa - pôs-se a jeito, para isso.
Aguardo uma excelente arbitragem – se houver coisa – quero uma igual ao jogo da Croácia/ Espanha. Pender sempre para o mesmo lado, entre muitas interpretações que origina, também contribui para dar muito nas vistas. Depois do que o Sr. “engodou” outra alternativa não nos resta, senão lançar a cana com o anzol e pescar a frase: “ além do sopro do árbitro a cirandar no apito, aqui há dedo do Sr.”.
Que “as piscinas” – leia-se, quedas – de todos os jogadores sem excepção tenham a mesma interpretação. Normalmente existem umas “prima-donas” no meio da sala - leia-se meio campo - que ao mais lento… vento, desequilibram-se. Aqueles executantes de eleição que são oriundos, daquele Clube que tem sempre 14 jogadores “muito melhores” que o nosso Cristiano Ronaldo. Esses craques, quando manietados, atiram-se para o chão. Creio que por birras. Ou coisa assim…
Desconfio que antes de o jogo começar deveríamos verificar com exactidão científica, se o campo oscila em inclinações para a baliza do Rui Patrício e se as suas dimensões aumentam após os seus ferros constatarem o odor da sua presença! Existe muita tecnologia nestes novos estádios de futebol. E o Sr. Platini a assobiar para o ar… a arguir um arbitro da linha da baliza de ser um cegueta. Porque é contra a tecnologia se intrometer a corrigir erros que colocam a verdade desportiva em causa… já que muitas vezes eles persistem por negligência humana.  Dá jeito, não é Sr. Platini? Mas olhe que só retarda o que obviamente é o óbvio.
Também anui, do meu dizer, Sr. Platini que tenho uma parte considerável de idiotazita. Mas eu sou um adepto corriqueiro da tribo do futebol. O Sr. não. Deveria dar-se ao estatuto.  
Em suma, faça o que o Sr. fizer, é, sempre da minha parte susceptível a ser criticado e colocado a lavar sempre com a roupa suja.  
… … …
Jorge Gonçalves

sábado, 23 de junho de 2012

O PARANORMAL SR. PLATINI… NO NORMAL FULANO QUE É ADEPTO. EU. (NÓS).

Independentemente do que nos provier nas meias-finais do Europeu 2012, fica-nos uma certeza para enroupar o nosso orgulho de Nacionalidade e povo. Interpretando na sua plenitude a belíssima letra da “Portuguesa” - o nosso Hino – e usando a sua mensagem para enfrentar o pernicioso Michel Platini que não ousa esconder a sua tendenciosa personagem em prol de interesses que só o próprio entende. Dando o corpo para fazer passar um recado e condicionar a fluidez desportiva e das arbitragens. Pretende uma final: - “ Alemanha – Espanha”. Com que intuito e com que finalidade?
Assisti ao Alemanha – Grécia e tal indivíduo, não conseguiu disfarçar um certo conforto ao desenrolar dos acontecimentos. A Alemanha ganhou categoricamente. E caminha para o lugar que ele pretende. Mas se não fosse assim!? Havia plano “B”?
Não entendo como as outras Selecções presentes nos quartos de final, não se insurgiram abertamente contra as preferências públicas do Sr. Presidente da UEFA. Ao fazer tais declarações deixou de ser isento e imparcial. Condicionou o Europeu de Futebol.
O Futebol torna-se belo porque muito do resultado nasce do aleatório e do imprevisto. Se fosse uma ciência exacta, evitava-se todo o “folclore” que o rodeia, e, não havia fase de grupos, tão pouco quartos de final e muito menos meias-finais. Marcava-se só o jogo da vontade do Sr. Platini. A final entre a Selecção Nacional da Alemanha e a da Selecção Nacional de Espanha.  
O Sr. Platini, não é um “amigo” porreiro com quem bebamos uns copos numa tasca e que mande umas arrazoadas para o ar… com cara de inocente. É o Presidente da UEFA que tem que fomentar nos seus discursos e actos equidistância ao desenrolar da prova.    
O seu jacobinismo e chauvinismo primário contra Portugal são básicos, primários e bafientos. Resultam do quanto teve que “espernear” para nos levar de vencida nas meias-finais do Europeu de 1984. Depois aperfeiçoou a coisa para os requintes actuais…
É legitimo pensar, que o Sr. Platini considere que “o trono” que ostenta nos Europeus corra risco – melhor marcador com nove golos – e que Cristiano Ronaldo é uma ameaça para ocupar esse lugar. A Selecção Portuguesa, ainda não usufruiu da ponta da sorte que acompanha os vencedores. Seis bolas nos ferros, quatro delas pontapeadas por Cristiano Ronaldo. Se agora nas meias-finais jogarmos com a nossa identidade e ADN intrínseco tendo como bons fluidos as partes consubstanciadas no imprevisto e aleatório do jogo, acompanhada pelo tal rasgo de sorte que ainda não vivemos, a pretensão inusitada do Sr. Platini pode sofrer uma revês com dois condicionalismos:
1.      O seu recorde de golos pode cair já neste Europeu. Porque obviamente cairá noutra circunstância.
2.       Portugal, contra a sua vontade, está na final do Europeu.
Isso seria ouro sobre azul. E como uma final é para ganhar, jogando-a, habilitamo-nos a isso, pura e simplesmente.
Como adepto, tenho legitimidade – proveito que Platini não possui – para dissertar, que queria que a Selecção de Portugal joga-se a meia-final com a Selecção Francesa. Nada me move contra os Espanhóis, mas é a minha preferência “anti-racional”. A minha geração tem umas contas para ajustar… E temos umas quantas coisas, para arrumar e “arremessar” na cabeça do Sr. Platini.
Para já, só, pretendo pentear o Sr. Platini. Depois, quiçá, desfazer-lhe o seu cosmético e assalariado penteado. É só pose…
Equipa Nacional Colectiva – EXTRAORDINÁRIA - do enorme Pepe e Nani… do “extracto – esférico” CR7, conjuguem esforços para que a minha vontade aconteça. Prometo-vos que não pouparei nas palavras para dissecar o Sr. Platini. Coisa que não vos é permitido… (nem vos fica bem… convenhamos).  
Jorge Gonçalves

terça-feira, 19 de junho de 2012

Um ressabiado jacobino e chauvinista. MICHEL PLATINI.

O jacobino e chauvinista Michel Platini – o estouvado presidente da UEFA – ao abrigo de uma arrogância primária e aparvalhada, lá nos, mimoseou com mais uma aleivosia. O qual vaticina uma final entre a: - “Espanha e a Alemanha”.  
Este indivíduo para além de demonstrar uma falta de respeito pelos oito finalistas presentes nos quartos de final do Europeu 2012 que se realiza na Ucrânia e na Polónia, ostenta uma chatice acrescida quando se imiscui na nossa “quintinha”. Estas palavras foram proferidas após o jogo entre Holanda e Portugal. Depois de afirmar que ficou “desiludido”, com a prestação da “laranja mecânica”.  
Se fosse um Zé Cascalheira qualquer, até podia abrir a boca para sair m… e entrar mosca. Mas ele é o Presidente da UEFA eleito pelas Federações (e outros interesses obscuros) - acrescente-se.
Mas o que realmente me revolta e deixa indignado é que só após ouvir a Portuguesa (Hino Nacional) e os Lusitanos excitarem a sua alegria, tal idiota ousa recalcar o nosso protagonismo. Ofusca o nosso desiderato. Já não é a primeira vez, que o faz. Já alvitrou muitos considerandos sobre os nossos Clubes e agentes desportivos. A um Clube chamou “batoteiros”… Acha normal um conterrâneo seu (Marc Batta) ter  expulso o Rui Costa no Mundial de 1998 quando este saía calmamente para ser substituído pelo Sérgio Conceição. Era a Alemanha que ficava de fora. Ok. Entendi. (Foi caso virgem. Aliás, tal passeata foi roteiro único. Agora não acontece. Acontece lá!) …etc. …etc. …etc. Em suma, na minha decifração já por várias vezes patenteou desprezo pela nossa Pátria, os seus representantes e demais filhos.
Não quer as novas tecnologias a autenticar lances de futebol como no Rugby… Retarda o obvio.
Realmente somos um país em crise e “sem rei nem roque”. Não temos muitos euros… Só temos o Euro que tal inusitado aturdido - é infelizmente a sua alta patente - para demonstrarmos que somos “moeda boa” no seu “mercado”.
Mais uma achega. Tal inchado jacobino, inclina-se a deixar jogar uma eliminatória da Liga dos Campeões Europeus, num Pais cuja Federação de Futebol, cancela os campeonatos por não haver condições climatéricas para se jogar futebol... Lá existem muitos milionários cheios de “adrenalina” prontos a serem potenciais agentes desportivos. Não é Sr. Platini? A economia é linda.
Este senhor, que foi um excelente praticante da modalidade, cultivou um trauma de identidade contra os Portugueses. É triste que este tendencioso Presidente da UEFA se esqueça das boas práticas desportivas que necessitou de exercitar contra a nossa Selecção Nacional, para ser campeão e ter o reconhecimento que teve. Parece que nunca nos perdoou a nossa oposição. Esqueceu-se, que para se ser grande, temos que defrontar os melhores. Ainda parece que temos que lhe pedir desculpa, por termos incomodado deveras sua excelência e a sua Selecção Nacional na meia-final do Euro de 1984 realizada no dia 23 de Junho, em que nos ganharam 3/2. Grande susto, pá!
Que não seja por isso. Hei. Oh rapazito desculpa lá aquele prolongamento e aquele assombramento. Quando é que ganhas vergonha!? E nos tratas com respeito?
Quando é que a Federação Portuguesa de Futebol começa a escolher companhias que nos respeitem e se obsequeiem ao respeito!?
Recado a um grande Atleta. Rui Costa, creio que as tuas lágrimas vão ser beatificadas neste Europeu.  “Marco e bata” para o tipo Platini, amigo.
Jorge Gonçalves

sexta-feira, 15 de junho de 2012

POEMA – Acordes de amores…

Que olhar o teu, meu amor
esbateu no meu olhar triste.
Que olhar o nosso magoado
sofre tanta dor e resiste!
Olha-me com olhar cuidado
pernoita-me no teu sabor.

Meu amor, que olhar o teu
triste olhar no meu esbateu.
Que magoado o nosso olhar
resiste e tanta dor sente!
Cinge-me com ar sufocado
embala-me no teu calor.

Dá-me o teu peito aos lábios
cobre-me de cio e luares.
Quedar-me-ei como os sábios
no achar de ti, dos teus lugares.

Quero-te sentir nua vestida de mim
quero-te ouvir na rua descalçada
quero-te pedir a tua alma sem fim
quero-te atrair para a lua
quero-te cingir pela alvorada
sem nunca te deixar de nós fugir.
ALBERTO DE CANAVEZES

O CARICATO DA QUESTÃO… De fora eu…

O silêncio não tem peso nem cheiro. Mas para alguns bravos do pelotão pesa por demais, para cara de alho lindo e para cara de pau feio, o seu cheiro tresanda a perfumes de flatulências ecológicas. A pedagogia deste desiderato está patente na postura que adoptei após o meu escrito “ Interpretar o silêncio de um anjo. Ou de um devoluto “nojo sujo”. Retirei-me para invernar. Mas este recolher – leia-se silêncio - anda a incomodar muita gente e a fabular a sua mente. As facções antagónicas – as suas nomenclaturas da “partidarite” aguda e “clubite” cega – fervilham em cogitações e palpitações. Se quiserem saber “algo” perguntem-me. Não me queiram perguntar - e sem o fazer – abonem a resposta por mim. Querem saber velhas ou novas!? Façam-no olhos nos olhos. Estou tranquilamente, tranquilo – passo o pleonasmo – e julgo ter as vacinas em dia. Também não tenho propensão para morder. Cães tenho muitos e devidamente assinalados …
Não mudei. Vivo no mesmo sítio (por enquanto). Frequento os mesmos espaços. Cirando pelos mesmos trilhos. Quedo-me por aqui e por ali, tanto como por cá e lá.
Não me meto na vida de ninguém. Mas alguns – “doutos” – sabem mais da minha vida que eu próprio. Dilectos “amigos” venham até mim e anunciem-me o que eu - supostamente - fiz. Anseio saber os trilhos que piso na vossa concepção… sobre o meu sobejo reino.
Aliás vivi recentemente um acontecimento extraordinário e belo… que me fez entender mais uma vez que o mundo é imensamente pequeno mas enorme de cabimento. Que comunhão de vontades. Que aderência de afinidades. Outra solenidade na cerimónia vivida. Parabéns para todos.
Pois… nestas coisas… não gosto de ver chover no molhado… estou noutra margem, noutra praia… Confesso que uns óculos de sol davam jeito. Mas, havendo muita luminosidade – descansem – que eu fecho os olhos… O areal é grande e a gente não se atropela. E havendo alguma sinistralidade a precaver, parece que capelinhas, não faltam para rezar e suplicar aos seus santinhos, cuidados e caldos de galinha e muita paz e amor… como para esmolar a devoção.  
Viva o ecumenismo. E a vontade térrea e terrena.
De fora eu… “que ando com a cabeça na Lua”.
ALBERTO DE CANAVEZES

UMA SELECÇÃO DADA A SER TRABALHADORA E REGULAR. PORTUGAL.

No Futebol não há resultados adquiridos. Nem vitórias antecipadas… jogam-se os noventa minutos ou cento e vinte (+ os minutos que o árbitro entender) quiçá umas grandes penalidades e depois surge o resultado da causa efeito. O imprevisível e aleatoriedade dos movimentos, decisões, impactos, intensidade… das perseguições infligidas na procura da posse de bola e sequestro desta, fazem emergir os vitoriosos e os derrotados. Portugal neste momento não veste uma das suas melhores Selecções. Temos dois jogadores de classe mundial – Pepe e Nani - e um de uma estratosfera universal e transversal aos tempos idos e actuais - Cristiano Ronaldo. Mas, não é uma banalidade assumir isso, como não é uma desgraçaria viver com essa verdade. É uma Selecção Nacional que na opção de quem decide a sua escolha – e muito bem – escolheu aqueles que para nós são os melhores. Porque treinadores de bancada somos todos nós, e por cada cabeça sua sentença. A incógnita da discussão sobre a pendência das escolhas é subjectiva e francamente alienada.
Estes Atletas afiguram a representatividade dos nossos nomeados. Dos nossos melhores. Dos eleitos entre os eleitos.
Ao pensar isto sobre a nossa Selecção não coloco em causa a sua respeitabilidade, a sua valentia, a sua galhardia, o seu empenho, a sua disponibilidade de entrega, a sua honestidade individual e colectiva. E também não me impede de pensar que podemos fazer uma prova interessante e prometedora. Inclusive, que nos possam trazer “o caneco”. Porque é nesta incoerência subjectiva que o futebol se passeia e é fértil. Nem sempre as melhores Selecções ganharam o título de melhores da Europa ou do Mundo. Exemplos não faltam. Nem como as melhores equipas da Europa neste momento – Real de Madrid e Barcelona – possuem no seu Museu, a Taça da Liga dos Campeões desta época. Mas quem a possuiu não deixou de a merecer. Potenciou as suas virtudes e fragilidades e jogou no erro do adversário. Não nos encheu os olhos de jogadas maravilhosas e momentos especiais, mas no pragmatismo da sua identidade o Chelsea preencheu a sua história com o objectivo final.
Ao expressar a minha humilde opinião não pretendo, achincalhar os seus componentes ou diminuir o seu valor. Orgulho-me da sua postura e empenhos demonstrados. Objectivamente, só constato que precisamos de trabalhar muito e bem para ganharmos à Holanda para seguir em frente. Para alcançar o nosso primeiro objectivo. Depois que a vertente – a eliminar – nos faça demonstrar que dos fracos não reza a história.
Jorge Gonçalves     

quinta-feira, 14 de junho de 2012

CRISTIANO RONALDO... E UM PAÍS BANHADO PELO OCEANO ATLÂNTICO

Sou um fã incondicional do Atleta Cristiano Ronaldo. Pelo seu carácter e persistência de entrega ao trabalho, pelo apego à sua família, por nunca ter negado as suas origens humildes, por cultivar em si auto-estima, por ser um optimista pragmático, por dignificar uma concepção de valores intrinsecamente consentâneos com o caminhar para a vitória.
Para mim é o mais completo futebolista da actualidade. Nota: + / 10 na sua capacidade de manusear a bola com mestria com todas as “arestas” do seu corpo. São golos de cabeça, pé esquerdo, pé direito, de costas, calcanhares, joelho… uma panóplia delas. E num reino desmesurado e “utópico”… ganha segundo os seus méritos, capacidades, disponibilidade de entrega, ambição e pela sua capacidade de querer saber melhor e mais da sua arte. Não se faz rogado na assiduidade aos treinos nem na prática que aplica no seu desempenho. Faz a diferença pela sua técnica, poderio físico, capacidade mental, interpretação táctica e transfere da mesma em prol da equipa... é elogiado por isso pelos seus pares.
É humano. Normalmente está sempre na bitola do perfeccionismo e do acima dos demais. É soberbo. Magnifico. Esplendoroso. Um dos maiores futebolistas de todos os tempos.
Disputa com Leonel Messi o ceptro de melhor do mundo – na actualidade – mas isso é desvalorizar a Lua e o Sol, menosprezar o céu limpo e o céu com nuvens, larapiar a calmaria e a agitação e desencaminhar o dia e a noite. Ambos fazem parte de um contexto rectangular que nos excitam os olhos e nos criam orgasmos de prazer na tribo do futebol. É como comparar os Treinadores Mourinho e Guardiola. É cometer as mesmas aleivosias anteriores com o descaramento de não os associar a uma antítese sincronizada do esplêndido na bipolaridade de duas formas metodológicas de conceptualizar o Futebol. Um é um estratega, um treinador do e para o mundo – Mourinho. Outro, um ideólogo de uma filosofia impregnada num conceito bairrista e regional que se suplanta para a universalidade como um crença – Guardiola. Ambos os melhores dos melhores.
Mas voltando a Cristiano Ronaldo – hoje – tenho que fazer dois reparos.
1.     Sou contra ele ser o capitão da Selecção Nacional.
2.      Fez o pior jogo que o vi jogar no confronto entre a Dinamarca e Portugal.
Para mim, Cristiano Ronaldo, emerge e é uma referência numa selecção Nacional que não tem o talento como um facto homogéneo mas sim heterogéneo. Não possuímos uma Selecção Nacional como as que estiveram nos últimos dois europeus e no último mundial. De tantos e ilustres Futebolistas…
Hoje – na minha opinião – e sem querer ofender ninguém, possuímos só dois Futebolistas de excelência e eleição: - Pepe e Nani e temos na estratosfera do mundo dos futebóis: - Cristiano Ronaldo. Os outros são boníssimos jogadores… mas não são mais que isso. Grandes profissionais… mas comuns.
Cristiano Ronaldo conquistou com mérito usufruir da companhia dos melhores dos melhores. Nas equipas aonde treina e joga campeonatos a duas voltas, ele dispõe,  de companheiros com um manancial de complementos técnicos e tácticos deslumbrantes. Criam rotinas. Criam cumplicidades. Fomenta em si o ser o rei da sua tribo... através do seu talento e imenso  suor... Mas nos seus braços não pende nenhuma braçadeira de capitão. Isso é para o comum dos mortais. Ele necessita da sua criatividade solta e da sua camisola sem adornos. Obviamente que é uma honra ser capitão, mas isso já ele o é, sem o ser, por imposição ou delegação de competências. Ele está no Olimpo da esfera que todos calcorreamos com os pés. Ele aleita a bola como uma mãe que dá de mamar a um filho. Ama-a e acaricia como só elas o sabem fazer com o seu nado. Ele é alguém a quem o desígnio da vida doou rudimentos de fruídos mágicos e fluidos imortais. Tem esse desiderato adquirido pelas oportunidades que se lhe proporcionaram e ele absorveu... Ele sonhou estar aonde caminha… o seu pai vaticinou-lhe isso, no efémero pressentimento de bem-querer … propôs-lhes isso imaterialmente ele edificou-o para o material.
Por isso não lhe exigiam performances na Selecção Nacional como no seu Clube "de emprego". E por favor retirem-lhe – para seu bem e para a nossa racionalidade - a braçadeira de capitão da Selecção Nacional do braço. Não lhe queiram colocar Portugal ao colo. O que se deve pretender é caminhar de mãos dadas. E na beleza dos seus actos, aplaudir a sua magia, para nosso contentamento e proveito. Não que "ralhe" por nós ou pelos colegas junto dos árbitros ou que disperse a sua extraordinária execução técnica perante "contas" de outros rosários...
Depois no jogo contra a Selecção da Dinamarca, não foi ele que esteve mal. Foi o treinador – que respeito e admiro – que não soube decifrar que a sua rendição era o melhor para todos e para o próprio Cristiano Ronaldo. Mesmo sendo o melhor dos melhores, não é insubstituível. Joga numa equipa de comuns mortais. Está posicionado ao erro como tal. O nosso lado esquerdo defensivo e ofensivo esteve pouco preenchido e pouco compensado. Alias os dois golos da Dinamarca, nascem desse lado. Fábio Coentrão esteve só contra dois adversários… e com os olhos trocados de Paulo Bento.
Se tem sido substituído seria – na minha perspectiva – uma bombada de adrenalina pura. Um aconchego de descanso. Acordava-nos a todos… e adicionava ao Cristiano Ronaldo um sentimento de bonança. E uma análise de autocrítica nua e crua. Um recarregar de eficácias nas bases. E o renovar de energias para o jogo com a Selecção da Holanda. Provavelmente.
Quem orienta uma equipa é o seu treinador e para ele a estratégia para se alcançar o sucesso está na forma como manuseia as peças no tabuleiro de jogo com harmonia e simplicidade de processos. Para além do mais, ser constantemente apedrejado com arremessos de “Messi” pelo público é saturante. Se não lhe bastasse, ser de uma nacionalidade que fecunda a mediania pelos nacional porreirismo e por não estar habituada a ter um gigante que proveio do nada a estar nos píncaros de todas as galáxias. A arrogância é que temos muita água no Oceano Atlântico e que descobrimos muitos mundos do mundo. Coisa pouca para o engenho e arte de uns poucos, que preenchem a nossa história de acontecimentos que nos incham o ego. Mas porque estão prescritos... e proscritos no passado… sem nenhum desses protagonistas estar ao nosso lado, factualmente.
Entre nós – neste assunto (só?) - quem dá valor ao presente na sua actualidade!?
Em Portugal duas individualidades do Mundo: José Mourinho e o Cristiano Ronaldo.
Força Portugal. Vivam... dois dos teus melhores filhos.
Jorge Gonçalves

terça-feira, 12 de junho de 2012

POEMA - Melancolia

Ao sabor do dia… surge a noite
Suspira-se uma auréola de melancolia…
Pois, anseia-se o retorno que sai da madrugada:
- Um novo dia.
Emerge nele a incongruência de um labirinto...
progredimos para o presente abatendo no futuro
ficamos mais velhos… num tempo novo
estamos mais novos… num tempo velho.
Consumimos segundos e minutos com ares de faminto
absorvemos a ânsia de quem corta a meta sem a ganhar
porque ao passa-la vivemos em perda no nosso perdurar.
Que bom é a vida… e o resfolegar da alma no seu nascente.
Que gracioso é caminhar para abraçar no - lá distante - o seu poente.
ALBERTO DE CANAVEZES

terça-feira, 5 de junho de 2012

POEMA – Pendência de épocas!

Não olhes para mim, assim… olha-me de outra maneira.

Procura  achar  o  momento que  o nosso olhar se perdeu
e  não me enganes com o pestanejar das tuas promessas
incendeia em  nós  o fogo que não  arde  porque já ardeu
e ilumina a nossa gesta e deleite de candeias às avessas.

Podíamos pernoitar  num povoado sem  chão nem Olimpo
percorrer montanhas de planaltos, serranias,lezírias e rios
e ambos morrer de fomes de amores e de carinhos únicos
como reaparecer de marés de ventos cálidos e muito frios.

Fala-me do ontem e  do mesmo tempo que por nós passou
navega em mim como uma caravela sem âncora em deriva
afoga-me no teu caderno de ideias e folhas que ele rasgou
porque entre qualquer palavra açoitada alguma nos abriga.
ALBERTO DE CANAVEZES

POEMA - Eva pecadora.

O céu vestiu-se a rigor…
choveu…
e o tempo chorou por mim.
Sem nenhum favor…
como que a assim…
o chovido fosse a dor.
O seu a seu dono.
A mim
o meu abandono
no sonho
do meu sono.

A, ti mulher…
Tu que nunca és feia
“Que és pau para toda a colher”
e que do nada
abastas a pobreza
que preparas a sua ceia
com as tuas mãos
de enorme espaço…
Embala-me…
Ralha comigo…
Envolve-me no teu regaço.
Balança-me…
Coloca-me de castigo…
Enleia-me
no teu mar
de bonança e ondulações …
Penteia-me
no teu amar
de fábulas e paixões… 

Entre o rol
do meu abraço… 
Tu que és o meu sol
e um raio de tudo
move-me como os ventos
faz-me ser o teu aconchego.
Conta-me histórias
faz-me sentir pavor do medo
que afoite o meu corpo ao teu.  
ALBERTO DE CANAVEZES  

POEMA – O ANIMAL POLÍTICO E O ANIMAL/ANIMAL.

Fui para semear milho na eira
capinar leitugas na arca da adega
fui ao curral da vaca
mamar das suas tetas
alcancei uma grande bebedeira
... e para mais…
que para outras tantas petas
escolhi entre os demais
o gado…
que entre todos os animais
coçam-me de tretas:
- os políticos.

“Para mamar na sua mãe e na alheia…”
ajeitam patuleias de toscos e arabescos
apregoam palavras melífluas e sonantes
apregoam peixeiradas de uns anos (nos frescos)
e deliciam-se ao receber as cruzes dos “debutantes).

Neste andar de agora, um andar por velho novo
usam gravata, envernizam as unhas… comem polvo
unidos, mugidos e obstipados nas feiras entre o povo
exclamam: - não sou a solução, sou o problema, mas resolvo!

Não são o nosso rosto nem voz…
os nossos braços ou pernas…
Depois de eleitos e no poleiro
são como um homossexuais não assumidos:
- “… está dito está dito”.
São como os heterossexuais mal resolvidos:
- “… a nossa relação é um conflito”.
São uns lambões…
fazem de nós gelatina e um pudim
e aonde metem os dedos da mão
o buraco do produto interno do bruto
(das nossa partes comuns) não tem fim.
Tornam-se gestores… e mealheiros governados
ás ordens do Sr. Euros e outros ignorados.
Fumegam muito quando pensam um nadinha
só fazem aquilo que na sanita evacuamos á rasquinha.  
O cheiro é diferente
porque se fosse correspondente
as moscas mutantes que somos de espécime: - gente
reciclava-os para estrume e fertilizante
para tornar este pedaço de terra mais reprodutor
pró-activo e interessante.
“Muda-se de moleiro não se muda de ladrão”
diz-se… dizem-no… eu não!
não digo tanto… digo mais
nesta república
a farinha é que não presta
e o fermento também não
só se aproveitam mesmo: - os animais/ animais.
… … … … … …
ALBERTO DE CANAVEZES

domingo, 3 de junho de 2012

POEMA - letras de um ai

Apetece-me dar um ai
Que se levanta e cai
Que fica e não vai
Que teimoso não sai
De mim…
Sou o inicio do seu fim.
Ai!
… …
ALBERTO DE CANAVEZES

A PELINTRA FINTA DE UM vírus...

Que confusão. Que grande azafama. Acometido de um ficheiro cheio de vírus e de um “bloqueio” – está na moda os bloqueios – estive na corda bamba. Abri uma pasta (como quem espreita de uma janela com curiosidade) e foi ver… espraiarem-se multidões de números e letras por milésimos de segundo pelo monitor que o fez ter uma “tez” esquisita… como quem atira o fruto dos sobreiros a porcos. Ficou escuro... houve sufocos… ouve murmúrios de alguma “estúrdia”.  
Inibido dos meus computadores – empestados de maleitas – e escasso daquilo que se compra os melões, restou-me imensas preocupações. O resgate das máquinas foi uma enorme dor de cabeça. Perdi inúmeras etapas da minha vida colocadas nas memórias dos “bichos”. Cópias de segurança! Viram-nas?  
Tenho uma parte estúpida muito evoluída, ingénua e que intrinsecamente faz parte de mim como uma alma gémea. Tenho a noção que sou culto, rebocado a tosco… e rebuscado em mestrado. Alimento em bruto, muito do meu intelecto. É deveras insaciável e faminto. Tenho brios. Cultivo o perfeccionismo como uma mudança quotidiana assídua e permanentemente constante. Fazer por fazer para mim não chega. Tem que ter empenho. Ter dedicação. Ter paixão. Possuir muito amor. Possuir muito prazer. Gozar na feitura de orgasmos de nexos pragmáticos e sexos prazenteiros. Vivo intensamente o que faço. Recuso-me ter nascido só para morrer… Idolatro a morte como uma circunstância da vida - ao seu tempo. Quero ser velhinho. Cair de maduro.
… … … …
(Perdi os meus poemas. Os meus livros. (?) Perdi-me no meio de um nada e de um muito do mesmo. Anos de ilusões e muitas realidades vinculadas aos meus cabelos brancos esfumaram-se, antes das minhas cinzas. Estou desolado. Falido… Perdido. Sem identidade intelectual… Parei no tempo. Comecei uma nova ordem… Não sei se desista se teime! Esmolei o resgatar dos meus computadores. Sinto-me uma matéria sem forma nem cheiro… Definitivamente, sou um solitário. As pragas fecundam-me… a inveja assola-me e o cinismo de uns, tempera-me. Palmas para os diabos que me alimentam de azares, assobios para o meu anjo da guarda. Sou alguém denominado de “estúpido”, chamado de Jorge Alberto. Viva a vida dos hipócritas. Abaixo o lirismo da ingenuidade e os “eus” do meu, eu. Estou cansado. Imensamente cansado e desiludido.
Desfruta da minha angústia sem o retorno da mágoa. Fica em silêncio no barulho imenso do meu silêncio. É, foi um desabafo triste. Imensamente triste, só isso.) Mensagem enviada para … “pedaços de mim”.
Uma deferência para a Joana Raquel, a Cláudia Rafaela, a Jani e para a Lucinda. Que me proporcionaram algo mais que o alento… E para os outros do meu catálogo de “Bem-Querer” – conquanto (uns) não me viram desorganizado espalhado pelo meu meio século de vida, como um puzzle esparso pelo chão – que por telepatia criaram-me, certamente fluidos de resistência.  
Sou um livro aberto. Uma alma repleta de letras. Amiúdas vezes na procura da sintaxe gramatical dos detalhes das frases que edificaram: o quem sou, o que faço aqui, no dicionário da minha calvície e rugas.
O côncavo e convexo do tempo a sua incongruência e convergência fazem deste excerto textual uma sinopse anímica, para que, quem me ama, estude e decifre o quanto sou frágil e para os que estão nos seus antípodas, testemunharem o seu inverso.
Acalento que exista uma cópia algures dos meus perdidos… que até ao acontecimento do “atentado” - os tinha por achados.
Será que está na epígrafe que acolhe os meus “devaneios” (?).
ALBERTO DE CANAVEZES