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sexta-feira, 15 de junho de 2012

UMA SELECÇÃO DADA A SER TRABALHADORA E REGULAR. PORTUGAL.

No Futebol não há resultados adquiridos. Nem vitórias antecipadas… jogam-se os noventa minutos ou cento e vinte (+ os minutos que o árbitro entender) quiçá umas grandes penalidades e depois surge o resultado da causa efeito. O imprevisível e aleatoriedade dos movimentos, decisões, impactos, intensidade… das perseguições infligidas na procura da posse de bola e sequestro desta, fazem emergir os vitoriosos e os derrotados. Portugal neste momento não veste uma das suas melhores Selecções. Temos dois jogadores de classe mundial – Pepe e Nani - e um de uma estratosfera universal e transversal aos tempos idos e actuais - Cristiano Ronaldo. Mas, não é uma banalidade assumir isso, como não é uma desgraçaria viver com essa verdade. É uma Selecção Nacional que na opção de quem decide a sua escolha – e muito bem – escolheu aqueles que para nós são os melhores. Porque treinadores de bancada somos todos nós, e por cada cabeça sua sentença. A incógnita da discussão sobre a pendência das escolhas é subjectiva e francamente alienada.
Estes Atletas afiguram a representatividade dos nossos nomeados. Dos nossos melhores. Dos eleitos entre os eleitos.
Ao pensar isto sobre a nossa Selecção não coloco em causa a sua respeitabilidade, a sua valentia, a sua galhardia, o seu empenho, a sua disponibilidade de entrega, a sua honestidade individual e colectiva. E também não me impede de pensar que podemos fazer uma prova interessante e prometedora. Inclusive, que nos possam trazer “o caneco”. Porque é nesta incoerência subjectiva que o futebol se passeia e é fértil. Nem sempre as melhores Selecções ganharam o título de melhores da Europa ou do Mundo. Exemplos não faltam. Nem como as melhores equipas da Europa neste momento – Real de Madrid e Barcelona – possuem no seu Museu, a Taça da Liga dos Campeões desta época. Mas quem a possuiu não deixou de a merecer. Potenciou as suas virtudes e fragilidades e jogou no erro do adversário. Não nos encheu os olhos de jogadas maravilhosas e momentos especiais, mas no pragmatismo da sua identidade o Chelsea preencheu a sua história com o objectivo final.
Ao expressar a minha humilde opinião não pretendo, achincalhar os seus componentes ou diminuir o seu valor. Orgulho-me da sua postura e empenhos demonstrados. Objectivamente, só constato que precisamos de trabalhar muito e bem para ganharmos à Holanda para seguir em frente. Para alcançar o nosso primeiro objectivo. Depois que a vertente – a eliminar – nos faça demonstrar que dos fracos não reza a história.
Jorge Gonçalves