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terça-feira, 31 de julho de 2012

Um partido sem bases não faz uma nova democracia. DIVAGAÇÕES

Qualquer Movimento Cívico que se oficialize em Partido Politico sem se expor ao voto popular nas Eleições Autárquicas está condenado ao fracasso. A essência da afectividade política nasce da partilha de identidades e afinidades da mensagem com a realidade dos episódios locais. Não preciso de divagar muito sobre esta matéria. Vasta reflectir sobre o partido da Nova Democracia do Dr. Manuel Monteiro. Poderia invocar outros, mas este partido pretendia estar situado ao centro do Bloco Central. Boas ideias. Um contributo apreciado. Mas sem implantação popular. Falta-lhe bases. Falta-lhe cariz subjectivo de compromisso. Uma identidade referencial.
… … … …
Obviamente que é a minha opinião. Vale o que vale. Susceptível de críticas e de melhor opinião. No entanto existem idiossincrasias implantadas na nossa génese histórica que definem bem o motivo do meu raciocínio. O ADN da nossa praxis política não nos permite subalternizar a base. A essência desta República foi alicerçada na descentralização dos poderes. Se foram bem conseguidos ou não, isso é outra questão. Agora os aparelhos dessa essência estão em todas as esquinas… e mantêm-se porque a militância dos partidos do sistema proliferam nos cargos públicos. A nomeação existe, é uma trasfega natural. É a submissão da causa pública ao aparelho partidário da “Trilha do Centrado” = PS/PPD-PSD E CDS-PP. O sustentáculo desta sobrevivência – infelizmente - está inclusive na apresentação das mesmas pessoas a várias Assembleias de Freguesia no mesmo concelho. Sem falar também na listas apresentadas à Assembleia Municipal e Município. É um subterfúgio praticado por todos os Partidos políticos no contexto nacional. Dá dinheiro.  
Para reforçar a minha teoria veja-se a força do PCP que incide nas Autarquias Locais na Região Sul que ainda consegue resistir ao virar dos tempos. Finca-se na obra dos seus Autarcas para prevalecer…
… … … …
Em suma e resumindo a questão, não me parece viável um partido numa primeira fase com cariz alicerçado em vontades intelectuais geográficas muito próximas – independentemente das suas exegeses nacionais e internacionais – possa descurar a seu crescimento local no intuito de induzir o seu crescimento para outras latitudes.
Não vivemos num período revolucionário. Resistimos a uma insolvência de valores democráticos contextualizados na sobreposição economicista dos mercados. O mercantilismo económico espraia-se em todos os países sem excepção. Independentemente do seu estatuto democrático ou totalitário… Haja dinheiro que por cima de dogmas o negócio faz-se… … Poucos repararam que a queda do Muro de Berlim, deixou-nos órfão de um árbitro: - Pacto de Varsóvia. Não sendo apologista desse regímen… nada ficou que se sobrepusesse ao outro “beligerante”: - Organização do Tratado do Atlântico Norte. Resta o livre arbítrio das subvenções… e promiscuidade de interesses obscuros. Juros… e esbanjamentos sobre os juros… parcerias perniciosas… etc.        
Confesso que pugno para estar errado. Mas infelizmente de todo não o creio. Pois, as intelectualidades que apresentam este novo sentido de democracia (Ideais do Centro…) merecem-me muita consideração.
JORGE GONÇALVES

Estar ao meu nível: - Controverso e polémico. Um contributo contemporâneo construtivo.


“IDEAIS DO CENTRO, DISCUTIR IDEIAS, AFRONTAR PODERES, MUDAR O REGIME, SALVAR A DEMOCRACIA”

Confesso que é com alguma alegria cívica e de pleito de cidadania, que vou acompanhando alguns movimentos de ilustres cidadãos da nossa Região, de vários quadrantes políticos. Já há muito tempo que escrevo no meu Blogue aquilo que venho a pensar - sobre este remanso pasto e as suas moscas - desde que abandonei a política activa, por minha livre e espontânea vontade. Não me espelho nesta “labregada”… Cisma-se de que em democracia a divinização individual e “de bando” é uma circunstância indelével da “sagrada” e mais que obvia cristalização dos partidos. Sendo esta versão, dada como irreversível pelos fazedores de opinião e bajuladores deste sistema, “acaudilhado”. Os partidos desta democracia e famigerada república, cultivam: - regências cooperativistas; alianças comensais; jogos pérfidos de bastidores para distribuir benesses pelos cabecilhas da frota e seus fiéis escudeiros; a formatura abonecada em coutadas concelhias; premissas de condescendências hipócritas distritais e incendeiam catedrais de “fumos” esquizofrénicos no teatro das operações instados nas sedes nacionais. A pouca vergonha impera… e não há sabão nem água que possa lavar isto. Só á vassourada vamos lá… mas sem aleijar ninguém, nem tão pouco, ocupar o lugar dos seus transeuntes fidedignos e fidelíssimos. Esses, como não sabem fazer outra coisa senão viverem atrelados ao trem das suas carruagens e panelas, ninguém os demovem de lá. E, é, bom, que assim seja, para que outras pistas se abram para uma nova corrida, nova viagem. Provindos desses areópagos, não acredito, em novos cristãos, muito menos em cristãos novos. Que haja a coragem de os cumprimentar com a parcimónia de saber, que eles são os causadores da “nossa” activa presença. Por isso rua com eles da “nossa” Praça.
Não sou Dr. (nem por equivalência) … Numa das “Novas Oportunidades”, falarei a seu devido tempo, sobre isso. Mas tenho, um vasto curriculum em todas as valências civis de um simples cidadão no usufruto da sua plena cidadania. Considero-me um tarefeiro de jornas na arte da vida.
Como julgo que este intento de “Ideais do Centro…” é ser o mais abrangente possível e ser um prumo fiel da sociedade civil, ouso afirmar que não se pode dar ao luxo de ser liberal nos horários de exposição pública nem se deixar ir por horários nobres. Tem que configurar a sua génese no antídoto destas suposições e devaneios - que na dúvida - aperfeiçoo neste considerando e nas minhas cogitações. Confesso que temo essa exposição – “sectária” - que não consiga dizer um “olá” ao povo e anunciar que vem por bem.    
Estes políticos – que denunciamos como sistema - deixaram o povo abandonado, incrédulo, faminto de tudo e acima de muitos actos e contrições… deixaram-nos dado ao tosco. Aqui, aonde resido, instruíram que somos desde tempos imemoráveis um campo “emancipado”, dado ao tauromáquico. Uma falácia contemporânea sem qualquer rebuço de decoro e vergonha. Entre outras aleivosias e aldrabices que se expandem para lá da decência politica. O cultivo das nossas almas está pior que no tempo de António Oliveira Salazar. Do Deus, Pátria e a família, taparam-nos os olhos e orquestraram que deslumbramos “açougadas” taurinas desde as fraldas. Confesso, que até era possível que fosse bom “snifar” estas drogas se não estivessem implicados os nossos impostos, taxas e emolumentos.
Resido por aqui, acerca de 37 anos e vejo-me á rasquinha para ver uma herdade aonde gostasse de me pastar culturalmente com animais desse porte e bem indistintos. Não tenho dúvidas que espevitava o intelecto,  “o coiro” e os andantes. Mas não… é tudo uma quintinha que basta um burrito para nos fazer a festa toda… Enquanto, eu fico de olho no burro e no ginete… façam-me acreditar que é por cá que começam a “festa brava”. 
Não será por falta de chanfana… que ponderem tal postura! Que eu saiba no parquímetro regional existe outra paragem oficial para ela… mais terra a terra. Os espadaúdos desta democracia estão cá quase todos entronados “geralmente”.    
ALBERTO DE CANAVEZES

sexta-feira, 27 de julho de 2012

IDEAIS NAS IDEIAS / IDEIAS COM IDEAIS

Considero que um exercício convergindo de um elitismo de classes em detrimento do eclectismo social genuíno nos pode levar a uma esplanada retórica muito bonita mas com bastantes penumbras, sombras e reservas.
Quando olhamos para os “Ideais e Ideias”, verificamos que a sua génese embrionária está recheada de pensamentos nobres e impolutos. Obviamente que a alavanca impulsionadora das suas raízes estadísticas necessitavam de um impulso. Comenda feita… Agora o seu recheio e tecido “congregante” apelam para um “Éden” sem o pecado original. Tão que assim é, que tudo o que a historia regista como intenções sociais sem a mobilização da sapiência em factualidade com a rudeza de cunhos, destina-se ao aborto. A humanidade nasce livre, a liberdade, é que nem sempre complementa e contempla a humanidade. Já que, o ser humano, ao caminhar pela vida, complica o que é fácil e destrói o que de melhor há em si: - a genialidade de ser um entre os demais. E, se assim o é, demais seria uma terna realidade que tenhamos o agrado de saber ouvir quem anda pela vida, numa procura constante de outras paisagens. Se no convite para os “Ideais e Ideias” a partilha de saberes conta, então que se abram as portas e janelas para que o ar circule são e escorreito. Que, quem possa entrar nesse edifício de “Ideais e Ideias” saiba absorver que o deixam respirar e através da sua “personagem” o deixam comunicar, independentemente do “status” e origem sociológica. A conotação de representatividade anui ordinariamente sem fluxos intermediários, já que todos ficamos a falar na primeira pessoa.
Ideias minhas para um Ideal comum.
Ideal comum, com Ideias minhas.
Jorge Gonçalves

quinta-feira, 26 de julho de 2012

A CURIOSIDADE MATOU O GATO

Por vezes é necessário dar dois passos atrás para se poder arribar a marcha no intuito de alcançar o objectivo a que nos propusemos. Assim como essa estratégia pode-nos permitir saber os caminhos que calcamos e que companhias nos envolvem nesse percurso. Obviamente que o silêncio é de oiro e de ouro é também as suas vozes. É que no silêncio político existem dois brados. O grito conservador e o berro revolucionário.  
Apraz-me registar uma nova indumentária de cidadania – “Ideais do Centro, Discutir Ideias … – só que a descambar para partido político só porque sim ou porque não, deixa-me apreensivo. Já há muito que no âmbito local exprimo a necessidade de se edificar um Movimento Cívico. Um pólo de convergências de desígnios. No intuito de reagrupar eleitorado dado ao tosco, que se fecunda e marina na varinha de condão de um exímio “senhor” que tendo um olho – para a coisa – divide para sobrepujar…
Como contributo para tal embrião, apetece-me dizer que antes de se dar uma matriz filosófica ao nado, estendamos as mãos ao possíveis consumidores do artigo em democracia – o povo que nos rogamos de pretender representar - na finalidade de se fazer um baptismo apropriado. Querendo dizer com isto, que, se formos capazes de criar cumplicidades de identidade social com quem se permite obedecer ao situacionismo por desleixo democrático, antes durante e após exercer o que de mais alienável patenteia o sufrágio universal. Já que está na nossa tomada de decisão a livre opção de escolha. Ninguém em Portugal com responsabilidades em cargos políticos - emanados dos círculos eleitorais – se auto proclamou sem a submissão da vontade popular.  
Para mim – é minha convicta opinião – que o problema está na nossa conduta como não desfrutamos da nossa cidadania em democracia. O nosso grau de exigência é nulo. O nosso poder de reivindicação é ambíguo. A nossa capacidade de transfere de compromissos é congénita.  E o nosso maior bem – a cruz no boletim de voto – é de um conservadorismo bacoco. Congeminada na máxima, “estes já nós conhecemos”… “estes que se apresentam não lhes sabemos as manhas”. Não somos audazes. Cultivamos o esbanjamento de munições. Não deciframos que está num simples gesto, “abater” o vírus que nos assola e esterilizar a sua área a montante e a jusante para que a causa publica seja mais – e melhor – saudável  
“Ser ou não ser eis a questão.”  
Haja vontade da nossa parte que as coisas mudam. Basta só levantar o tapete para sacudir o pó. A mobília arreda-se. Podem crer.
Diz-se, que a curiosidade matou o gato. Mas quem matou o “rato” na falta do “gato”?
ALBERTO DE CANAVEZES

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ideais do Centro Discutir ideias, afrontar poderes, mudar o regime…

Honra-me o convite. Enaltece-me a alma o seu desiderato. Sou um homem na procura da sua cidadania. Confrontar poderes – instituídos. Mudar o regime – cooperativista. Zurzir a corrupção – obscura.  Denunciar sem afectos políticos a linhagem seguidista concelhia, regional e nacional – predominante. Colocar o nome nos prevaricadores – sem castelos de areia. Clamar por justiça – sem ser justiceiro. Apontar o dedo a que nos rouba descaradamente e a quem o consente – estou junto a vós. Agora para ser um Grupo de intenções absorvido por amizades cúmplices – prefiro estar como estou. A perder tempo na procura de um ideal e da sua imagem como referência, que o façamos com redobrado empenho, com auto-estima solidária, sem medos ou receios, com espírito aberto e isento, doía a quem doer.
Que nestes tempos próximos - que nos acercam – tenhamos a capacidade de esmiuçar os 17 Concelhos do Distrito e as suas 209 Freguesias. Que saibamos entender e perceber que é na paróquia que se dá a primeira esmola e ao mesmo tempo ela nos é “absorvida”, tendenciosamente. Ninguém consegue combater o tráfico de influências se começar pela cúpula. Temos que “agricultar” primeiro os seus pedúnculos. Porque são estes agentes locais que levam as contumácias para a esfera distrital, regional e nacional, consequentemente.
Impingem. Revalidam. Ratificam. Expõem. No persecutório intuito dos seus interesses e vontades. Os mesmos cromos – ou signatários submissos - proliferam em tudo que é potestade.
Que a nossa cidadania seja uma actividade incómoda e se faça preencher aonde a democracia é dilacerada.
Humildemente estou disponível para opinar, trabalhar, colaborar, perceber, entender e aplicar o sentido colegial das decisões sem desfalecimentos ou circunstancialismos afectos ao "nacional porreirismo".
Se, bem entendi a causa expressa… o interpretei como o que escrevi.
Assim o sendo, contem comigo.
Jorge Gonçalves  

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Letra de um só indulto? Ou palavras para um insulto!

Após detectar três sapos – com a boca atada – nas imediações da casa aonde habito. Agora perscruto o porquê de tanto chinfrim que os cães fazem de noite pelas duas da manhã. É tamanha algazarra que “parecem sete pobres num palheiro”. Levanto-me – tipo mirone - e não vejo ninguém nem nenhuma alma penada E no fim de ter dado uma valente sacholada num dedo do pé esquerdo que me colocou de canetas arreadas, fiquei meditativo quanto muito dorido. Que há coisa, isso há!  Acho por bem não divulgar o dedo, porque quando dorido, parece que tudo lhe impeça… assim fica o registo mas em anónimo.
Depois de desabafar em voz alta as mil e uma diatribes e peçonhas a alguém, dado a estas coisas do “paranormal” confidenciou-me que - “ andas a menear os lordes cá da quinta e eles, pimba, enfadam-te/infernizam-te a viola. Eles frequentam muito, esses sítios de sortilégio. São dados a rescaldos de persecutoriamente ataviar de maleitas a vida dos outros ”.
- Tranquilo. Respondi-lhe.
- Tranquilo!? Estás doido ou quê? Tranquilo! Nem sei se deva rir ou chorar!
- Faz as duas coisas.
- Faço as duas coisas!? Este gajo está doido varrido. Então para as bestialidades que lhe assola a vida, este lírico do caralho, está-se a borrifar!? Está doido? Só pode…
- Não me importa que frequentem esses sítios, não me afligem nem tão pouco me deixo condicionar por tais intenções. Acredito em alentos bons, e nos seus fluidos imberbes. Não me deixo inquietar com coisas do arco-da-velha. Fui instruído, numa de apreciar a contenda da vida nas suas valências/latitudes, alcances/desencontros e fronteiras/precipícios. Respeito de tudo um pouco, como desdenho disso…
Para o mais a Ti Augusta do Soladinho, deixou-me como antídoto, estas três frases incorpóreas: - Alho-porro tem três folhas, tu bruxona não me tolhas; tu és ferro, eu sou aço, foge bruxa que te embaço… … … … … … … …
Hei, lá… não me recorda da outra. Não pode ser! Aqui existe o jeito de quem anda a subverter a racionalidade costumeira das coisas. E faz emergir a irracionalidade dos factos! Mau, Maria, que me empurras e me tentas! Existem só ventos poluídos e anafados quando nos deixamos de respirar pela nossa cadência harmónica.  
- Meu. Deixa-te dessas retóricas. Olha-me para a tua figura. Olha-te, andas a ficar seco como um bacalhau… magro como um cão… velho que eu sei lá o quê! E não me dás uma razão plausível para isso… … que dizem os médicos? O mundo está cheio de gente má, invejosa, que não olha a meios para atingir os seus fins… que fazem de tudo para se sustentarem sem escrúpulos na frente de tudo e todos. Tem dó e cuida-te…  
- Estou impressionado com a tua clemência. Neste espaço de tempo que ocupo, vivendo, vivo nas trevas do divino. Não me sinto pressionado a acautelar uma vida no bem bom, além da terra. Talvez por isso e outras coisas, eu tenho nojo de gente que se omite e tenta por artes malévolas infligir danos nos percursos das nossas vidas. São os pobres de espírito. Os que durante uma semana acometem as maiores atrocidades contra a partilha, solidariedade e respeito mútuo e depois vão á missa resgatar de um deus qualquer, absolvição, como quem toma banho de uma semanada valente de porcaria. O Deus que eu consinto como exemplo advém de Jesus, feito homem. Acredito em algo que me transcende. Recuso-me ter nascido só para morrer. No entanto – agora -  refugio-me no silêncio que havia antes de eu nascer e no que perdurará depois de eu morrer, para restituir aos meus passos alguma aquietação. Não me preocupa o depois. Preocupa-me o porquê, que essa gente confecciona tal melindre!  
- Ganha juízo e combate-os, dando-lhe a provar do seu próprio veneno. Acicata-os. Espevita-lhes as entranhas. Moei-lhe a figadeira…
- Eles é que se vão alimentar do seu próprio veneno. Do naco que nos presentearam vai-lhes sobrar o descomedimento do seu juízo final. Se Deus é tão Misericordioso e justo pactuará com outras práticas de misticismo – que alteram a vontade do seu destino – que tais labregos nos tentaram doar ou impingiram “por palavras, actos e omissões”?
Amigo não te tiro a razão modal mas a parte do incondicionado é minha…
- Pois. Mas… a ser assim pagas, um preço alto.
- São, as únicas contas que tenho em dia… … …
… … … …
ALBERTO DE CANAVEZES

sexta-feira, 13 de julho de 2012

SILÊNCIO QUE VOU FALAR DO NOSSO FADO. Y

 Vivo num concelho:
Em que as Águas e Saneamento estão, “…muito acima da média da região no que toca a saneamento básico… assume-se como um concelho muito bem servido neste sector”.
O que se entende por saneamento básico?
A Associação Portuguesa da Engenharia Sanitária e Ambiental (APESB) dá-nos uma ajuda preciosa. É uma Entidade não governamental. Por isso idónea.
O, IRAR - Instituto Regulador de Águas e Resíduos; a, APA – Agencia Portuguesa do Ambiente e o INAG – Instituto da Água, ostentam legislação para ordenar as suas boas praticas. Estas de nomeação política…   
Assim, somos obrigados a afirmar que, - “ O Saneamento básico é a actividade relacionada com o abastecimento de água potável, o manejo de água pluvial… o tratamento de esgotos, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos e o controle de pragas e qualquer tipo de agente patogénico, visando a saúde das comunidades”. (WIKIPÉDIA). Fui em busca de um reportório para não dizerem que sou um idiota. Não quero ser o único.
Olhando um recibo do Município que consigna estas considerações e debruando casuisticamente a sua quitação pelas quatro Freguesias do Concelho, constatamos que todos somos no tarifário genuinamente semelhantes, na descrição da factura:
Consumo de água (aqui paga-se por escalão)
Tarifa/Preço: Construção, Conservação e Manutenção – € 4.80
Saneamento – €4.95
Resíduos sólidos - € 4.95
IVA à Taxa Reduzida – (variável)
Débitos directos:
Entidade Credora: 101660
N.º Autorização (ADC): - 11001453055
Detectamos várias coisas:
1.      Pagamos do consumo de água domiciliária o “tope” do Distrito de Coimbra.
2.      A esmagadora maioria das populações pagam serviços que não possuem à porta. Existem cidadãos de primeira, segunda, terceira… (categoria) ou como se diz oficialmente (Raça).
3.      Que a verba recolhida não se destina para a sua “Construção, Conservação e Manutenção. Vai para outro mealheiro.
100% De rede de água potável (…. aceito) …agora das outras descrições expostas na factura (já não aceito).  
O cidadão comum tem que ser esclarecido de tal “engenharia” sanitária.
Os caixotes do lixo fedam a imundície. Muitas das vezes estão circundados de sujidades e ratazanas. O saneamento em inúmeras aldeias é a sarjeta… Ou um Tractor Camarário que efectua a recolha de detritos das fossas sépticas através de um deposito acoplado, cobrando “outra” taxa mais personalizada… Circulando pelas ruas a “perfumar” o ambiente a razoável velocidade. Evacua, por aqui… por ali… e lás.
Para sustentar esta alegação reparem nas vossas facturas/recibos, e espreitem das janelas, das vossas casas, quantos longos metros percorrem para depositar os detritos nos caixotes do lixo. Verifiquem o seu estado de conservação e higiene. Não ousem encanar o nariz nessa direcção.
A grosso modo quem são os felizes contemplados! (“Os amigos do ambiente missionado”).
E, aproveitem a caminhar – porque faz bem á saúde – e vejam quantas “ETAR`s” possuímos e onde estão instaladas. Levem farnel para a caminhada. Os habitantes das Aldeias periféricas de Vale de Vaíde e Ribeira do Moinho – assim como da Sede do Concelho - não precisam deste reforço alimentar. Os outros valem mais prevenirem que remediarem.  
A realidade é esta. Indisfarçavelmente é isto…
Estamos muito bem servidos de “bicas” e cheirinhos.
De, mais coisas, sobre isto, me aprazaria de “escrevinhar”. Mas fiquemos por aqui - momentaneamente – por causa dos odores.
… … … …
ALBERTO DE CANAVEZES   

quarta-feira, 11 de julho de 2012

SILÊNCIO QUE VOU FALAR DO NOSSO FADO. IY

 Vivo num concelho:
Em que não se “ata” nem desata ideias pacatas.
Numa “narrativa de uma reunião autenticada” existe um recorde universal de insanidade e demência política sem precedentes no parque jurássico universal. Se os meus olhos não me enganam, existe uma dissidência que passa de uma a duas, que de duas passa a três, que de três passa a quatro, que de quatro passa a cinco, que de cinco passa a seis, que de seis passa a sete, e que de sete passa a oito. (?) Repetições que para mim, definem o uso e abuso - nu e cru - da prepotência. Ponto final. É escandaloso. Abominável.
É o deboche da intolerância democrática. É o arrazoado de quem se arrasta por cima do decoro, bom senso e representatividade política. Julga-se por cima de tudo e de todos. Recalca o seu endeusamento sem parcimónia nem rebuço.
Aqui nesta “coutada dada ao tosco” se alguém ousa perguntar: - porque motivo se toma esta decisão ou critério em detrimento de outra atitude – em suma esclarecimentos - é sentenciado por fomentar jogadas oportunistas, demonstrar desrespeito, ser incongruente. Tal evidência configura tendenciosos proveitos individuais ou de agremiação com conotação obscuras.
Mas pior que o artista deste acidente de percurso histórico são os seus prosélitos que lhe dão guarida. Quem (por exemplo, entre imensos exemplos actuais) permite que se homologue uma caprichosa aldrabice como intrinsecamente aliada às nossas raízes culturais e históricas: - a tauromaquia. Expõem-se ao ridículo de popularmente serem declarados como pactuarem em darem uns coices e marradas valentes na nossa identidade.
O que move esta gente!? Será que a submissão ao poder modal de um indivíduo politicamente sem escrúpulos, os fazem possuir mais ego e preponderância de emergência social!?
Confesso que fico atónito e sem palavras para descrever a sua passividade e conivência perante a anuência as estas inusitadas diatribes.
Aonde pairam os seus valores de honestidade intelectual!?
Aonde se quedarão quando esta “palhoça” cair como um baralho de cartas!?
Quero crer que a esmagadora maioria foram apanhadas de imprevisto e que ingenuamente se deixaram absorver na enxurrada de asneiras endrominadas por “xaropadas” sem antídoto. Estão manietados, porque se ficam subjugados…  
Alguns “bravos” da oposição – pessoas que vai tolerando por interesseiríssimo político – estão com as mãos presas e atadas na gamela do poder instituído. Os seus familiares directos ou chegados exturquem do comedouro baseado na palha do rústico roceiro desta faina de pasto daninho.
Eu deliro, que os partidos políticos estão-se a tornar num grupo de agremiação capciosa. As suas concelhias são uma ninhada de “trinca-pintos” que só servem para levar na procissão o andor do padroeiro; as distritais umas necrópoles da pluralidade representativa (só lá chega as almas vigentes da sua base) e as sedes partidárias um botequim de indivíduos certificados pela sociedade concelhia e distrital como inaptos e sem qualificações, para serem cidadãos comuns. Quero com isto, dissecar e sonambular, peremptoriamente, que são ninhos de “chocos" espertos.
Vejo com alguma apreensão alguma relevância popular no dia-a-dia e nas redes sociais, sobre a apologia de regimes totalitários. Mas compreendo a sua sustentação e argumentação. Entre o dúbio da apregoada segurança, semelhança e igualdade preconizada por esta retórica democrática e a certeza de uma sustentabilidade “credível” personificada em regimes absolutos (?) (sem progenitores ou “ave-marias” de arribação como fundo) as pessoas queiram a amarra de um sistema com princípios, meio e fins. Fala-se de António Oliveira Salazar, como se de Dom Sebastião se tratasse…  
Para o mais, estamos a gramar agora com os filhos, genros, enteados e demais gurus dos artistas que deram voz ao 25 de Abril. De uma democracia passamos para uma oligocracia… E a ver poliíicos na entrada pelintras e milionários na "saída". Coscuvilheiros públicos que se tornam tarefeiros privados…
Os partidos políticos consentem tudo para sobreviverem na velha máxima, “quem tem unhas é que toca viola”…querem é votos e quantificar esses proveitos em euros para sobreviverem e alimentarem-se.
Contemplarem estes eleitos com uma advertência vermelha categoricamente é derrubar interesses copulados… é fragilizar cumplicidades “comensais”… é implodir grandes parentelas.
Por isso é que este País está como está. E o nosso concelho trás no lombo um par de bandarilhas bem espetado. Até quando?
ALBERTO DE CANAVEZES

terça-feira, 10 de julho de 2012

Poema a minha Mãe - Princesa das Jovens da sua idade.

A velhice é demais.
È mais que tudo
muita juventude reunida.
É o certificar uma longa temporada
que se efectua pela vida.

No palmilhar de tanta estrada
só existe um caminho sem fugida  
viva-se no raiar da sua alvorada
o prelúdio de sempre começar
o fim mais perto da partida.

Ser velho
é ser eternamente jovem
é teimar viver
suavemente
nuns braços ocultos que nos acolhem.
Ser velho
é ter nuvens nos dedos que nos chovem
cócegas de enleios e afectos
que nos bafejam e explodem
com afagos de semblantes bem abertos.

Ser velho
é ser a minha mãe
numa ruga (e cabelo alvo)
que se rasga  no meu rosto
que resguardo
no nascente do poente posto
e do seu amor
a salvo.
ALBERTO DE CANAVEZES

SILÊNCIO QUE VOU FALAR DO NOSSO FADO. III

 Vivo num concelho:
Cujo Conselho Municipal da Juventude dinamiza uma dinâmica subversiva de constantes movimentos assimétricos e simétricos muito profícuos e muito empreendedores. Tão imenso. Tão extenso. Tão fulgurado em atitudes que se espelha em branco na sua essência de perfil. Nada é igual a nada. É o que se depreende do “sítio” que o expõe. A sua fase actual é muito díspar do Atlas Desportivo Municipal, este ao menos está, “em fase de conclusão”. O Conselho Municipal da Juventude parece um vácuo inócuo sem máculas ou pecados. Não possui memória descritiva. A sua bonomia existencial quantifica-se pelo nada ser, para o mesmo nada acontecer. Existem jovens de outrora, hoje com barbas brancas, na sua peugada.  
O ordenamento dos equipamentos desportivos encontra-se planeadamente na fase do aquecimento. A sua unidade de treino descrimina um exercício de um balanço para a frente e outro para trás. Só. Na rima poética do nada acontecer, de nada se fazer.
O Complexo Polidesportivo Municipal encontra-se em coma induzido. Ligado, a máquinas sem corrente energética. As piscinas sofrem de vertigens megalomaníacas. Estão possuídas pela aparência de quem quer ser grande na comenda corpórea e depois para sustentar tal evidência - de fazer tudo porque sim e à libré arbítrio - fica-se pela improficiência de não “oferecer”” corpo para encher a sua roupagem. Empurrando para os outros “o corte do tecido” que o deixa destapado e comprometido. Apontando o dedo em todas as direcções… sem decifrarmos para quem… instruindo-nos a supor que possa ser – mais uma vez -para o distraído “tesoureiro”. Quanto ao resto da “indumentária” desportiva, está subaproveitada e deficitária em parcerias com a sociedade civil em todas as suas valências individuais e colectivas.
A Ciclovia possui um traçado como trajecto no mapa respectivo, que estimula desportivamente, turisticamente e repousadamente o meu olhar. Até cansa de observar, sempre são dez km, percorridos em meia dúzia de centímetros num papel. É obra... agora o “saneamento” é sempre a mesma coisa. Para a sarjeta.
Acredito, que tudo isto que se diz, projectado, se faça. Agora quando o será, é que não sei! Desconfio que possa só acontecer quando determinadas pessoas com responsabilidades “político-administrativas” - deste regime - se cansem de andar nas festanças da “Confraternidade” a gastarem os dinheiros públicos em viagens e comezainas sem vergonha nem pudor. Os tempos que correm exigem mais sobriedade e respeito pelos contribuintes.
Ou então… que sejam apeados…na próxima estação…
O Parque Radical possuiu “outro lado”, proclamam-no “a curto prazo”. Anda a todo o vapor… As eleições avizinham-se e muita Juventude vai votar pela primeira vez e já não se contenta com a retórica da manilha e de se chamar o homem mais maduro da comunidade para aferir como as ruas tinham mato, como se andava à luz da candeia e como nos tornamos num concelho tauromáquico…etc.  
Aferimos que “em carteira” existem outras promessas. As “pistas de auto-crosse, moto-crosse e Rallys”, intenções, que são um louvar ao Sr.
As informações sobre os percursos, trilhos e pistas, seguem dentro de momentos. Interpreta-se.
O Estádio Municipal, confesso, está a ficar um lindo “matulão”. Num concelho com cerca de oito mil habitantes ter um estádio de uma lotação para cinco mil pessoas, faz-me pensar. Se formos equiparar as estatísticas de outras infra-estruturas do género noutros concelhos com a densidade populacional como o nosso, deixa-nos algumas dúvidas sobre a sua capacidade de sustentabilidade e manutenção… Depois podem alegar que existem a presença dos adeptos da equipa adversária… e outras atenuantes agregadas à competição. Mas… isso acontece em dois dias da semana – em sete – que também acarretam outras despesas subjacentes á prova desportiva. Conhecendo a assiduidade dos adeptos locais e o registo da companhia dos familiares dos nossos Atletas, dá para questionar. Não estaremos a congeminar outras Piscinas Municipais?
Espero muito sinceramente que esteja enganado. Já agora, marquem lá um campo de Futebol 7. Ou porque não dois!
A Alameda de Santo André ao nascer, pretende requalificar a área subjacente à Ribeira de Poiares. Com mais ênfase entre Escola Dr. Daniel de Matos e o Jardim de Homenagem à Raça Poiarense. Com a ousada e arrojada ideia de “aplicar calçada em toda a área, transformando-a numa Praça Grande”. Será, que será, por estas bandas, que emergirá os curros, anexos e seus apensos para catapultar os nossos tempos imemoráveis de tauromaquia?  
… … …
ALBERTO DE CANAVEZES

segunda-feira, 9 de julho de 2012

SILÊNCIO QUE VOU FALAR DO NOSSO FADO. II

 Vivo num concelho:
Que engana turista a torto e a direito. Ontem vários transeuntes – turistas de pé rapado – numa daquela de fazerem turismo cã dentro (Portugal), andavam num rodopio estonteante. Procuravam as “lambarices” que estão engodadas no Sítio do Município. “ … na coisa das modernices, aonde se refugiam agora os detractores”. Suponho que o ensoberbecido que nos apelida de tal “perjúrio” quer dizer aquilo que corriqueiramente chamo de, Internet. Aliás, tal engodo, para mim, caracterizo-o com um nome mais supimpa e habitual, aldrabices.
Sobre o descrito a coisa tem muito de manufacturado. Tem, tem.
Senão vejamos, no “Turismo”:
Artesanato;
•Olaria Preta;
•Palitos Floridos e pequenos artefactos em madeira;
•Cestaria e canastraria;
•Tecelagem;
•Latoaria;
•Ceiras;
•Cantaria.
Como sobrevivem estas coisas todas das artes ancestrais?
Quantos artesãos estão no Centro Difusor de Artesanato a laborar?
A latoaria, as ceiras e os capachos são tão do antigamente que não me recordo de ver o seu perfil actualmente! Outro galo cantaria se a cantaria artesanal – passo o pleonasmo - fosse decifrada de uma pauta para a música ambiente do nosso quotidiano. Agora só para ser uma lambarice, não vale.
Os Acessos são a N17 e o IP3 com o contacto dos Transportes - Terminal Rodoviário. E o Aeródromo do Bidoeiro, quando entra para esta rubrica?
Alojamentos.
O Hotel na sede do concelho e no Cabeço da Velha já elaborados e supostamente bem-feitos – em papel, diga-se – originam um desenho encravado na paisagem desde tempos imemoráveis. Suponho que remontam ao tempo do inicio da “Festa Brava”, por cá. Olé.
Da Restauração nada a dizer, aliás peca por ter lá “repastos” que já foram nossos, só que estes não nos suprimiram em reformas administrativas. Será que não repararam que fecharam. Um, bocaditos atentos denotavam que de lá, deixaram de cair taxas e emolumentos nos cofres do Município. Agora fazer crescer água na boca dos turistas, isso não se faz.   
A Diversão está porreira e escorreita. A de Bares e Animação Nocturna. Sim senhora. Mas a diurna!? Quando se fazem grandes “garraiadas” – não fossemos um concelho tauromáquico – “perto das vinte casas junto á Igreja”. É Malandrice, omitir o que de melhor temos, raia não termos vergonha nenhuma como pouca ousadia na preservação e divulgação das espécies. Isso não se faz. Que chatice. Não se sejamos modestos. Fica-nos mal.
Os Parques e Jardins são a “poia” em cima do passarito. Aqui a trasfega do poder cozinhado não é de bolo é mesmo para passarito. Como ia a escrever, a força da poia prevaleceu sobre o “passa” e deu o nosso afamado pastel: - O Poiarito. Tragável para uns e intragável para uns tantos. Gostos não de discutem. Obviamente que isto é uma questão de semântica verbalizada sem muito esforço. Cada um dá o que pode e a mais não é obrigado.
Para o mais, está intrinsecamente ligado à nossa história a circunstância da denominação: - Poia. “Vem de poisar”…O Parque da Escola Municipal do Ambiente está às moscas. O que não será uma boa pedagogia. Ao menos façam lá “qualquer porcaria” para dar mais vida há sua biodiversidade. Digo isto, porque ouvi um burburinho que a Sra. Vice-presidente nas iniciativas que toma só faz isso… e como me parece (digo bem, parece) ser a responsável pelas actividades culturais e afins… está em conformidade.  
Do Jardim de Santo André (?), são preciso três coisas;
1.      Mudem o texto, referente ao situacionismo do Santo André.
2.      Comprem uns capacetes iguais aos dos ciclistas para as crianças poderem desfrutar do Parque na sua plenitude.
3.      Depois tirem-me por favor três beterrabas (?) que estão num canteiro. Senão desconfio que aquilo vai levar mais grades e vai voltar a ser terreno para a feira clássica. Não nos deixem nesta incerteza.
Quanto ao outro Jardim, não havia necessidade de haver tanta palmeira doente num Jardim do Pinhal Interior. Descaracteriza-nos a Raça…
O Posto de Atendimento ao Cidadão manifesta-se numa filial imóvel e sucursais móveis. Diz-se que “Jesus está em todo lado o Mário Soares já lá esteve” aqui o Sr. é omnipresente e como bom pastor que é, atende o seu rebanho em qualquer coincidência. Tudo acontece naturalmente.
Sobre o Roteiro Turístico é harmonioso e respeitoso aos Domingo nas Igrejas e nas Capelas em circunstâncias especiais. Quanto à Arte Popular: Alminhas, cata-ventos e armações de poços. Autenticam o nosso passado… com muita ferrugem.
Existem galerias às quais por princípio não dou muita importância. São aquelas aonde vejo que a multi-média está muito acima. Ou seja não há diversidade de gentes. São sempre os mesmos com o papel principal.
Temos que aferir que comparando o “Sítio” do concelho com o de outros não tem nada a haver. Estão muito à frente.
ALBERTO DE CANAVEZES

domingo, 8 de julho de 2012

PROSA/POEMA - A LUA DO MEU LUAR DE ENCANTO

O Luar é um candeeiro que me alumia como quem procura um deus com uma prece. As condicionantes da natureza são um composto para o, eu, de mim. Acredito na Lua como uma luz para o escuro e no Sol como uma luz para a claridade. O vento, a chuva, o frio, o calor… e demais fragmentos triviais da natureza entranham-se na pessoa que sou, que existe e calmamente pretende desvanecer-se…

Não me canso de, “poetar”
o luar
a sombra do seu olhar
e a face do seu beijar.
Fascina-me os encantos da alma
revigora-me o sol do meu dia
orvalha-me o respirar.
Porquanto
sacia-me a teimosia
numa fartura
de encanto
que me deixa a mendigar.
… … … …
Amo o luar
Nunca mo canso de o cantar.
… … … …
ALBERTO DE CANAVEZES   

sexta-feira, 6 de julho de 2012

SILÊNCIO QUE VOU FALAR DO NOSSO FADO. I

 Vivo num concelho:
Que não tem cabimento para ter dezoito buracos num campo de golfe. Existia espaço no papel e vontade de o arrear no terreno. Isso havia. Deslumbra-se no horizonte – agora - umas caravanas ao lado de um lago artificial de água seca. Informação, na sua componente teórica bem borrifada. Cheia de muita água, mesmo. Tal prometedor teve o cuidado de arregaçar as calças.  
Que tem – tinha – virtualmente um Pavilhão Multiusos. Que se esgadanhou tanto na terra e nada. Só poeira… Aquém o “anfiteatro” dos velhos ou além velhos?
Que possui um Parque de Campismo e uma Praia Fluvial em intentos de fantasmagorias. Porque se teme nudismo nu e cru e o pudor é tanto que se aguarda primeiro que se abra o concurso para regular os fatos de banhos a utilizar. O traje é tipo a veste muçulmana feminina “Burca”, menos tecido que isso é eliminado. Existe uma excepção os homens podem usar suspensórios por causa das partes pudicas.
Que desde tempos imemoráveis pega o boi preto pelos cornos e os "esforçados" desmaiam assentados no sofá a ver sangue vermelho vivo a escorrer do “bicho” numa TV a preto e branco. Falamos dos tempos dos avós dos nossos pais. Não havia cores… nem luz… A Paroquia “só tinha meia dúzia de casas à sua volta” e uma “praça pequena”… O Campo Grande é na capital. A Ganadaria é em Coruche. A Escola Equestre é no Entroncamento. O Grupo de Forcados é de Vila Franca de Xira. As chocas aparecem na arena – são artistas de pouca monta - e os Bandarilheiros de Aljustrel. Geminações são connosco.
Que tem um Quartel dos Bombeiros e o Centro Municipal de Protecção Civil espalhado no Parque Universal – Pólo I - Informação dos Lotes do Pólo I da Zona Industrial / “Lote 23” (?) em nome de uma firma que já não existe. (Informação retirada do sítio na coisa da página oficial do referido Município). Em que nome pagará as referidas taxas e licenças?
Que se come bem e bebe-se melhor a montante de uma capa vinagrenta com ares de novo ricos, à custa de compadres tesos. Isso é uma festança com pujança.
Que tem um Centro Difusor de Artesanato repleto de dinâmicas ocas retidas no interior de um “tacho” preto. O resto vê a luz do dia na Feira das …artes para turista engolir.
Que tem um Museu “apostólico” monoteísta, alicerçado numa necrópole sem almas nenhumas ou penadas.
Que possui um Aeródromo que capta OVNIS – Óbices Vistos Num Impulso Surreal. Esperem que ainda está na fase de corredor de ventos e erosão da fauna e flora… mas em adiantado estado de esbanjamento de dinheiros públicos sem consequências práticas.
Temos uma Escola Municipal do Ambiente – Parque das Medas – intacta e sem intervenção alheia ao meio ambiente autóctone. A sua biodiversidade é singular. Não há pluralidade…  
Tem um Parque Natural na Serra - sem o seu Adão e Eva - ou seja ainda não forjaram o bode e a cabra para dar andamento á sua demografia populacional. A Serra está lá e recomenda-se. Linda. Agora o acasalamento está escuro. "Estamos já a arrancar milhares de pés de eucaliptos para substituir por espécies autóctones e criar zonas de pastorícia para criar rebanhos de cabras que são a melhor forma de prevenir os fogos”, disse…"A criação de rebanhos de cabras na serra tem um papel fundamental na limpeza dos matos, pois eliminam a matéria combustível e, por conseguinte, contribuem fortemente para a prevenção de incêndios florestais", acrescentou. IN Jornal de Noticias de 24-07-2008, encontrado atrás de uma carqueja - ontem - enodoado e em adiantado estado de decomposição. 
Tem um “Alheamento” Turístico na Serra de São Pedro Dias que a procura de presumíveis utentes condiz com as instalações.
Temos um CCP – Centro Cientifico da Prepotência enclausurado para “artista de fora” ter o proveito e gabar. Cuja porta de socorro de um dos andares exige bradar por socorro, mesmo. Espantoso!   
Temos umas Piscinas Municipais do mais tecnológico e avançado que existe. Para evitar gastos de manutenção – já que ainda não existem livros de informações de uso só com as vinte primeiras paginas e ultimas em número idêntico - não se usa para não se estragar. Um exemplo digno de poupança.
Temos uma ribeira betonada para não se perder nenhuma gota de água. A agua é um bem precioso por isso é que temos quase que levar uma barra de ouro para a pagar o metro cúbico. Estamos muito bem no ranking. Somos dos primeiros a nível nacional. Valha-nos o Sr. nada a dizer senão agradecer este desiderato.
As nossas taxas e emolumentos são das mais caras porque temos muitas exportações para o Parque Universal… e as transacções comerciais são pagas por caçoilo de cabra. Os Planetas que nos absorvem a mercadoria aguardam para aderirem ao Euro. Enquanto isso não há maneira de alavancar o nosso valor patrimonial para o dobro dos “50 milhões de euros”.
Temos muitos buracos para tapar… (mas quantos?) que o diga quem passa na Avenida da Rotunda dos Bombeiros até à Rotunda do Mercado. “Outros” dirão que a rubrica que os preocupa é velha história do valor do deficit democrático. Eu sinceramente acho um exagero. Neste concelho existe democracia a mais. Só um é que pensa, executa e manda. Esse é o escravo. Nós somos livres como os passarinhos.
… … … … …   
É maravilhoso viver num sítio destes! Pois não?
ALBERTO DE CANAVEZES

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Soneto a um poema.

Queria-me rir, cantar, chorar quedar-me ao pé de ti e partir
sombrear o arco-íris a preto e branco numa espiral sem fim
murmurar ao vento que me enleva a alma sem eu lhe pedir
para o jardim dos teus ouvidos como uma elegia de jasmim.

Se a placidez parasse no sussurro de alumiar sempre a fugir  
e andasse de mãos dadas numa zanga de amor: porque sim
ninguém ousasse expor-me à sua morte sem a porta a abrir
e eu escolher o caminho a continuar como retorno até mim.

Para quê alumiar o luar do sol e o raiar da madrugada tanto!
Tocar com os olhos o teu corpo entre as minhas mãos vadias
se é no pardo que te quero ver em frémitos de suor e pranto.

Contem-me proezas de uma cantiga com ilhargas de encanto
sem ter dó de mim nem das dores que me flagelam, perdidas
que eu não sou um benigno Satanás, como um malvado Santo.
ALBERTO DE CANAVEZES

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Na minha “página” do Facebbok o rosto do “Zé Povinho” para definir o meu desprezo por certa gentalha política sem vergonha.

Após a Bandeira Nacional. Eis agora o rosto que manifesto de desprezo pela classe politica deste Pais. Pelo desprezível, execrável e pervertido Sócrates e seus lacaios apaniguados … Pelos corja que polvilha o PPD/PSD (os ortodoxos) que consentem a impunidade do caso BPN e outras diabruras a militantes imergentes na causa publica “com aspecto sério”... Este PPD/PSD está nos antípodas de Sá Carneiro e Pinto Balsemão… é uma gamela cooperativista de interesses de autarcas sedentos de poder e sôfregos de se endeusarem… (Preparem-se para a barrela de 2013. Vão ver a debanda…) … Pelo “licenciado” por créditos, que não gosta de jornalistas formados e credenciados com regras deontológicas. Por um PS a varias mãos e vontades... quinhoando-se aos encontrões de quem tem vergonha mais de quem! A tentarem tapar o sol com a peneira… impingindo na multidão das suas sombras o âmago das suas luzes e filosofias. Ou numa frase mais reaccionária: - como emergir do povo e viver… ou poder viver em Paris, liberalmente. E outros demais na alta sociedade… Por um PCP arcaico e medieval. Por um BE de muita conversa… muita parra e pouca uva. Por um CDS-PP acocorado ao deslumbramento do poder… E pelos nomeados para cargos públicos que mais não são que uma adenda de autenticar a incompetência desta gentalha. Já não existe o dogma de se ser da esquerda ou de direita. Agora é-se escravo do poder económico. Venha de lá outra República, porque esta está pervertida e violada até ao tutano.
JORGE GONÇALVES