(I) AS MINHAS AUTARQUICAS 2013 / A minha várzea de
lirismo.
Segundo
creio, existem 308 municípios, dos quais 278 municípios no Continente, 19 na
Região Autónoma dos Açores e 11 na Região Autónoma da Madeira. Existem 4259
freguesias, das quais 4050 no Continente, 155 na Região Autónoma dos Açores e
54 na Região Autónoma da Madeira.O distrito de Coimbra tem 17 Concelhos e 209
Freguesias.
E isto vem a propósito porque nos 308
Concelhos não existe um concelho tão castiço de poderes como o nosso. O
Omnipotente no céu, O Salvador pela Terra Santa... e el… por cá. Não existe
Instituição que não tenha a sua presença / sombra / dedo.
A Concelhia partidária desta desdita nunca
teve uma aragem contraditória para uma eleição sadia. Nunca houve espaço para o
preito democrático. Nunca se consentiu a divergência democrática. Segregou-se
quem ousou ser descoincidente.
Pergunto: - Aonde consta no tempo desta
historia jurássica e nas suas actas o reboliço de uma eleição a dois ou mais
intérpretes? E é normal tal comenda? Para não haver cansaço de pesquisa… basta
reler a história dos outros dezasseis Concelhos do Distrito de Coimbra e
constatar o que é o intelectualismo da cidadania. Em suma, alguns que por lá passaram saíram
porque sim, outros porque não e outros assim-assim. Outros mantêm-se por lá
porque sim, outros porque não e outros assim-assim. Mas todos “estão” bem nesta
“vidinha”.
E
de lá saiu a Ambição Renovada. …
… …
(II)
AS MINHAS AUTARQUICAS 2013 / A minha várzea de lirismo. Que coisa romântica. É “extraordinário” viver por cá. Os jornais tagarelam grandes acometimentos de repastos e de gente muito importante…
Estamos de parabéns… Estamos muito “há” frente. Estamos a viver num sítio em que quem chega não tem enquadramento de identidade. O palpite da rua aonde moramos tem como numero a identidade das apalpações, há cegas, das boas vizinhanças e indiscrições… A referência da nossa casa é dada por aberrações… O Museu da nossa personalidade cívica é qualquer coisa de generoso e científico. Apresenta-nos um prélio dos saques territoriais acometidos pelos confinantes e a soberba e gula do actual progenitor destes despojos… Não tem fechadura nem porta, tão pouco ombreira para as acomodar. A praia fluvial… é digna de um conto de fadas. Roliça de areia esconde namoros dos tempos do tempo e amores borrifados pela espera... Um dia ainda contribuirá para a taxa da natalidade. Um dia! Certamente!
E a Ambição (está) Renovada.
… … …
(III) AS MINHAS AUTARQUICAS 2013 / A minha várzea de lirismo.
Por cá, não existe uma política desportiva, cultural e recreativa. Ao sabor das ondas favoráveis e aragens das conveniências a brisa emanada, ora dava para uns, ora dava para os outros. Vi atletismo (com campeões distritais, regionais, nacionais e internacionais), hóquei em patins, basquetebol… … … e acabou-se, acabaram, terminou, porque eram modalidades que ficavam caras porque o dinheiro era preciso para outras modalidades de fantochada, pose e fotografias. Entre inúmeros exemplos posso citar o mais escandaloso. Construiu-se uma piscina municipal que está encerrada porque não foi formatada para a realidade sociológica do nosso concelho. Dá prejuízo de manutenção porque não pouparam na estravagância estética em detrimento do seu aspecto humilde e funcional. Depois fez-se pairar pelo ar – uns assobios - que nós é que somos os culpados porque eramos poucos os que a frequentavam … … … Ao lado temos um campo de ténis, lindinho, tesudo de sexy, mas mirro de sentir pancadas nas bolas. Requeria um monitor e aulas…
… … …
Vi edificarem edifícios centros de convívio para a sua esmagadora maioria estarem fechados. Sobre a sua edificação temos o discurso gabarola mas sobre a sua intervenção cívica temos uma tónica plácida… Não se instruiu o critério de atribuição de subsídios mediante as suas actividades. Dá-se…
Temos um Centro Cultural que recheia uma boa parcela da zona urbana – farfalhoso – mas apático de comportamento didáctico e instrutivo.
… …
E a Ambição (é) Renovada.
(IY) AS MINHAS AUTARQUICAS 2013 / A minha várzea de lirismo.
Assistimos a uma carecada na Serra do Bidoeiro. Raspou-se o cume da serra alegadamente para o poiso e largada de aviões de longo porte, comerciais e afins, e simplesmente há um corredor para o vento e assistimos à “procriação” da erosão da fauna e flora... Banquetearam-nos com um sacrilégio público em todos os seus desígnios ambientais e financeiros.
Prometeram-se estalagens, campos de golfe, pavilhões multiusos, parques ambientais … e outros mimos e rebuçados. Mas só temos o papel que os embrulha. Alguns nas feiras de artesanato e gastronomia - são cabeça de cartazes no seu átrio - já são clientes habituais “há” uns anitos. Clientes “úteis e recomendados”.
As taxas e emolumentos camarários são recordes distritais, regionais e (algumas/alguns) nacionais. Basta comparar os recibos dos outros municípios periféricos para constatar isso. As taxas para a organização dos festejos populares das nossas aldeias são uma exorbitância. Actividades, essas sim, intrinsecamente génese da nossa identidade pagã e religiosa. Agora tauromaquia, não lembra aos mais aficionados da festa brava e riga... … …
Não se fomentam políticas de descriminação positiva… para fomentar a fixação de pessoas nas zonas rurais limítrofes do concelho … no intuito de combater a desertificação e fomentar o seu rejuvenescimento. Não se fomenta a habitação social nessas zonas... ... ...
Não há duas sem três… e às três horas as nossas Aldeias pairam na noite ao cinzento-escuro… mas resguardadas ao abrigo de… (está escrito nos postes). Mas o parque radical por essas horas e demais, radiosamente ao iluminado.
… … …
Saneamento básico para todos é só no recibo da água. Os caixotes do lixo vivem num dilema de absorção e exclusão. Uns não possuem “testo” expeliram-nos, porque necessitam de ar puro. Fedam. Outros estão “quebrados” porque racham a fazer a própria reciclagem, o espaço é exíguo. Estrumeira. E a sua colonia residente cada vez é menor. Desconfio que alguns imigraram e outros emigraram. Efeitos da conjuntura nacional. (?) Há sua volta – ou nos sítios de onde desbandaram - existem "ilhas" de publicidade variada pelo chão. Um arco-íris de cores que promulgam a nossa pujança económica e desenvolvimento social… … …
Mas a Ambição (vê-se) Renovada.
(Y) AS MINHAS AUTARQUICAS 2013 / A minha várzea de lirismo.
Ao longo destes anos criou-se uma agenda pública que congrega nesta amálgama de interesses, os mesmos distribuídos pelas instituições regimentais. Obviamente que pelo meio aparece gente com capacidade e conteúdo cívico. Isso é inquestionável. Mas salvo alguma excepçoes muito pontuais elas aparecem na frente do pelotão. Mas quando assim é, o “sistema” tem um antidoto, arranja a maneira de condicionar e segregar o seu campo e espaço de manobra, por muita vontade que possuam... Existe um “olimpismo” anelar que entrelaça a base com o seu cume… Basta olhar atentamente a constituição dos órgãos sociais das instituições que possuem as “boas graças” deste regime e verificar as minhas observações. Depois no meio disto aparecem arvores genealógicas. Ao abrigo de se proclamarem de ser o nosso rosto e voz, acomodam nessa missão ao libre arbítrio, o descendente, a prima/o, a sobrinha/o, o amigo do amigo e por-aí-fora, sem esquecer o gato e mais alguém doutrinado e impingido...
A nós não vale a pena constatar isso e lavar as mãos como Pilatos. Temos que os censurar e denunciar usando a ferramenta que eles invocam, ser legítima para nos incutir a sua parcialidade. – O VOTO. Na pluralidade de delegarmos a nossa representatividade de cidadania é que o pó se levanta e as coisas ficam mais respiráveis e puras e conseguimos criar uma mentalidade da coisa pública imparcial e sem impunidade. Depois é estarmos atentos e se for inevitável é reciclar – do mesmo modo - os agentes políticos quanta vezes for necessário. Para que se eduquem a falar verdade, apresentar propostas e a agir nessa paridade correctamente. Esse se é o nosso dever e dom democrático.
Dizer mal de uma refeição, que constantemente comemos e que nos pode condicionar a saúde, e repetir negligenciando a refeição alternativa que nos é proposta, não é saudável mentalmente nem fisicamente).
YI) AS MINHAS AUTARQUICAS 2013 / A minha várzea de lirismo.
Não sou propriedade de ninguém, tão pouco me dou a pensar uma coisa e dizer outra, para agradar a quem quer que seja. Não me cultivo na maledicência da intriga nem a condicionar o espaço dos outros à minha vontade. Ouço, vejo, decifro e em juízo de análise e valores, opino. Sai da política porque quis. Porque não me revejo nesta indecência cívica, social e politica. Não me arrojei a outras “aventuras” porque a minha condição individual não era “aconselhada”. Simplesmente isso. Porque afirmo categoricamente que para se ser eleito numa representatividade sufragada para um cargo publico, temos que ser exemplos de probidade. Infelizmente por opções mal tomadas, equívocos de percurso - quebras de compromissos alheias à minha vontade, tornaram-me deveras fragilizado. Sei de indivíduos que me criticaram (e criticam) que vivendo num terreno que ando a macerar se refugiaram em cargos públicos. Mas assobiaram para o ar como fossem imaculados... … …
E
falo nesta estreiteza de análise porque criou-se nesta monoteística democracia
a ideia que quem diverge, ou ousa ter poder de análise sofre de arquétipos
adjectivados e pena por engenharias depreciativas...
Se for jovem é imaturo, irresponsável e cru…
Se for de idade madura é senil, sofre de inconsciência e é atarantado. É
bestial quando diz que sim… É uma grande besta quando atreve-se a dizer que
não… Como se nunca abalaram jovens e nunca abordarão a velhos!
Todos conhecemos indivíduos que instalados por
esta “sede recomposta”… andaram quatro anos a carpir mágoas… dizer mal do
sistema… a vociferar conspirações e diatribes… que na hora da verdade, negaram
a sua legitimidade de cidadãos e se subordinaram ao que tanto criticaram… Vá-se
lá saber porquê!? Feitios e obediências.
(YII) AS MINHAS AUTARQUICAS 2013 / A minha várzea de lirismo.
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Agora é tempo de dar espaço aos protagonistas políticos e escutar a sua mensagem. É isso que pretendo fazer. Pretendo ser esclarecido.
Espero que a campanha política tenha elevação, represente uma clarificação cabal da pluralidade de caminhos a escolher e que na opção democrática a ser sufragada possamos abraçar no futuro uma nova realidade de cidadania. É o meu desejo legítimo e a minha opção democrática.
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As eleições autárquicas realizaram-se nos anos de 1976 - 1979 - 1982 - 1985 - 1989 - 1993 - 1997 - 2001 - 2005 e 2009. E em todas elas fomos bafejados com intenções e propósitos. Todos recebemos panfletos alegóricos à causa. Lindos bem dotados de prometimentos e robustos de ambições. E de quatro em quatro anos assistimos ao mesmo folclore e “inocência”. Mas eis que em 2013 tudo parece ter ficado estagnado. Não sei se estou em 1989 se em 2001… ou 1997? Tais são os propósitos / reincidentes escarrapachados num panfleto. Uma cópia da ambição que se desvaneceu no tempo mas que pretendem renovada. Existem causas em puberdade (minoria) e existem barbas velhas e carecas de as sabermos (esmagadora maioria). Mas o que surpreende é a impudência de quem as pressagia. Parece um caloiro que apareceu agora sem bases e raízes nestas lições teóricas e praticas. Quando é um veterano bem enterrado nesta praxis e que trás no bolso uma sebenta de apontamentos bem carcomida e antiquada. Na oral ao longo destes anos não obteve grande nota, limitou-se a peregrinar sobre a apologia do seu deus… e na prática apareceu, porque mãos iguais às que transformaram rosas em pão o bafejaram com uma apostila de súbdito ideal.
Faz-me lembrar o slogan: - “vá para fora cá dentro”. E acrescento eu: -“ que eu estive cá mas não tenho nada a ver com isto”. (!?).
Blasfemo mesmo!
Assombroso!
Baseio a minha opinião nos panfletos que possuo das campanhas autárquicas precedentes ao actual subsequente. Disponíveis a quem os quiser facultar.)
JG