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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

... o pó do meu corpo!

A, cada dia que passa julgo-me mais idealista! Julgo ser alguém que suspira uma vida cheia de pequenas coisas e menores causas já que o que me aguarda é a imensidão do silêncio! Respeito a fineza dos meus sentidos com lealdade e proveito e o pó do meu corpo como algo sublime, resistente e perpétuo. A morte é uma circunstância da vida extraordinária. Define o quanto fomos o nosso: - eu em mim!
A sua imprevisibilidade torna-se latente a cada dia que passa, aos longos dias que nos sustentam o presente e ao intimismo que desposa com o prometido no futuro.
Recuso-me ter nascido só para morrer. Quem vive intensamente o que faz e faz disso uma porção constante e compartida jamais se emoldura no anonimato das “almas” finadas e idas!
Sou autêntico e a autenticidade disso predispõem-me ao perdurar o tempo do meu tempo no tempo que virá no tempo através da sumula dos meus defeitos, virtudes, conceitos, dogmas e cepticismo… Serei descodificado sem ter direito ao contraditório mas esse mérito traduz o que sempre sou (e fui) em vida: - uma pessoalidade transitória sem o preconceito... do que os outros julgam de mim!
Alberto de Canavezes