Estamos a começar a fruir de umas das mais “intrigantes”
campanhas autárquicas em Vila Nova de Poiares. A incerteza da fragmentação
eleitoral e com isso a particular impreparação que alguns rostos preconizam,
podem-nos levar para um abismo e pantanal de ingovernabilidade. O Partido
Socialista, o principal alfobre do parque autárquico está completamente
moribundo e assanhado. Nisso o seu ressabiamento foi por demais evidente na
última Assembleia Municipal.
A uma questão – de outra que fez em quatro anos de Assembleia
- o Sr. Nuno Neves actual Presidente da Freguesia de Poiares Santo André –
candidato pelo Movimento Independente / “Poiares a Sério” ao Município, originou
uma acalorada discussão em que houve cobras e lagartos amarinhados com raios e
coriscos … que o líder da bancada do PS o brindou como “artista político”, entre
outros mimos… calçando-lhe epítetos de “populista” e de “Salazar”.
E é neste cultivo de asserções e insultos que vão
fundamentado a intolerância, esgotando todas as capacidades de diálogo e
interacção no futuro.
O êxodo que o PS viveu ao longo destes tempos com assento de
arraiais de muitas das suas figuras por outros ancoradoiros políticos é
demonstrativo do que foi o seu ambiente de exalçamento de egos, pouca
flexibilidade de partilha de comportamentos políticos e instável tolerância na
convenção do contraditório. Sintomas que exultam essencialmente a débil
capacidade de liderança de quem gere o seu condomínio político.
O comportamento autodestrutivo do PS, que originou a debanda
de inúmeras figuras relevantes do seu dia a dia e de inclusive amputar
predicados e adjectivos a quem ficou, visualize-se e atente-se no que foi o
papel acessório da actual candidata ao Município pelas incumbências que nunca
lhe atribuíram e jamais lhe reconheceram na hierarquia da actual vereação
socialista. Ademais, nunca podemos deixar de relevar o comunicado “nim” … após
uma notícia de um órgão de comunicação social. Que expôs ao ridículo quem
redigiu a missiva e quem ele algemou ao seu mando e vontade. Inacreditável!
Serve a lição que, congregar na política, não é fazer a
submissão de ninguém é partilhar espaços de intervenção no espaço comum em prol
da comunidade.
(Este texto, sofreu uma actualização em virtude da confusão que se instalou. Cultivo a necessidade de ser o mais fidedigno possível. Houve momentos que se falava de alhos e era de bugalhos que se tratava. Tal necessidade de alteração a um parágrafo do texto, não aconteceria se as Assembleias fossem impressas ao público. Bastava consultar. São cenas como estas, que nos fazem infelizmente compreender o signo do “lápis azul”.
O
mote libertário de quem resta nas hostes socialistas, tem como signa: - “Dividir para reinar / Quem não sabe é como
quem não vê!”).