Delicio-me
com a azafama em câmara lenta (slow motion) que se desenrola nos bastidores
para a formalização das candidaturas. Vão-se ouvindo uns zunzuns, burburinhos,
diz-que-disse e acima de tudo constata-se uma apreensão latente entre todos.
Nunca a incógnita esteve tão dissimulada para quem vai ser o rosto do
Município.
As candidaturas começam a ter rosto. Os partidos dominantes preparam-se para apresentar o que já se espreitava do seu decote. O que lhes vai valer é a militância dos “seus samaritanos” e com esse “exército” tentarem ser muito inovadores e persuasivos.
As candidaturas começam a ter rosto. Os partidos dominantes preparam-se para apresentar o que já se espreitava do seu decote. O que lhes vai valer é a militância dos “seus samaritanos” e com esse “exército” tentarem ser muito inovadores e persuasivos.
Nos trinta e oito anos de poder… com doze anos sem o sentir, montados numa medíocre oposição … poderá só restar a elegância política da Dra. Cláudia Feteira. O seu sentido prático, lucidez e sagacidade. (Há cerca de doze anos escrevi algo que está por estas bandas, sobre a sua “vitória”, na altura). Creio que deveria ter sido mais audaz, nesse período. Sabemos da intoxicação dos aparelhismos, mas …
Só poderá ter outra esfera de protagonismo se houver eleições antecipadas – se ninguém se entender no município após as próximas eleições autárquicas – e o seu partido não ter sido o mais votado.
Nos doze anos de poder, através de uma espiral de factores genéticos e hormonais envelheceram nas asneiras e trapalhadas que tanto criticaram. Não possuem alento, nem fulgor para recalcitrar votos para lá das franjas do seu eleitorado. Com e na agravante das deserções e o contexto que elas procriaram. Depois os que ficaram não são “carne e unha”, muito menos “almas gémeas”.
O karma é “florido” e apresenta-nos o desmaio por cada quadriénio da sua inércia na razão da acção, obra, feito, efeito. Há só consequências.
A candidatura independente apresenta uma dinâmica muito peculiar. Muito focada na personalidade do líder. Que não se desmarca do berço que o embalou para a alta roda da política. Segundo se conta, entrou mudo e saiu calado na última “fantasmagórica” Assembleia Municipal. Quando um dos seus grandes imbróglios foi um imóvel situado na sua área de representatividade territorial. Inclusive, mal que não fosse, para espantar possíveis espíritos ruins… como vizinhos da sua sede.
Já agora, há pano para mangas registado nos areópagos políticos que frequenta para justificar a sua transmutação!? – É que na lavra política não se pode contestar o que obteve de nós silêncios na devida altura de os denunciar. Ou é uma questão de ego!?
Não deixa de ser um forte candidato.
Há 715 votos / Legislativas 2024 que rogam apresentar uma candidatura.
Arrifana – 114 / Lavegadas – 11 / Santo André - 446 / São Miguel - 144. Quem é que desperdiçava este pecúlio!?
Obviamente que o partido em causa desde que começaram a voar malas, após os aviões aterrarem no Aeroporto Humberto Delgado, perdeu alguma capacidade de manter voos regulares….
Com alguma frugalidade, podemos afirmar, «uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa», com legitimidade. Mas este manancial de eleitores pode preconizar incógnitas e insónias. Pode impor cada “coisa” no seu sítio, como colocar outras “coisas” noutros lugares. Está firme o eleitorado e vai realizar a caixa de ressonância para as autárquicas!?
(Poderemos ter um aferidor muito possível de acontecer. Haver novas eleições Legislativas. Imaginemos resultados análogos. Com essa insistência de vontades, ninguém desdenhará de uma candidatura com tal lastro?) - Alguém o desdém hoje, tal e qual como se apresenta?
A realidade é que sendo a primeira vez, pode também dar itens de ninguém saber quem é quem e descomprometidamente, “vamos também dar um cartão vermelho a estes indivíduos que andam a negociar lugares e mordomias pelas distritais e ao outro que não lhe deram mama e quer tacho.”
Depois o candidato ao Município não é nenhum “tótó” nos meandros das coisas de ser e estar na política. Considero-o um excelente candidato.
Iremos assistir a uma campanha política aonde de pantufas e com os pés na lareira …, - ou em qualquer lado - receberemos mensagens dos ideários de cada candidatura. Haverá movimentações de rua, mas nunca com o mesmo enfâse do que já vimos e assistimos. Novas tecnologias de divulgação. Outros hábitos de pesquisa.
(Mas ainda há mais.).
Está a ficar bonito, está!