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quinta-feira, 24 de abril de 2025

Aos emancipados! I

Nos últimos tempos tenho tido conversas com algumas pessoas sobre política. Muito em particular sobre as autárquicas. Umas nascem casuisticamente, outras são planizadas por mim. 

Nessa irmandade de opiniões, tenho constatado uma hipocrisia e cinismo, como nunca constatei nestes cinquenta anos, que resido em Vila Nova de Poiares.

A impreparação, a futilidade, o superficial e essencialmente a cosmética e o nacional porreirismo, imperam. Estabelecem territórios, impingem vontades, cultivam lameiros, orquestram razões falaciosas com uma desfaçatez contagiante e populista.

Ninguém se escuda em esmiuçar a verdade. Tão pouco, em se preocupar a desafiar o mensageiro da proposta.

- O candidato aparece porque é cegamente meu afeiçoado.  Eis o imo da propositura. Eis a fragilidade de se seguir tendências.

Agora que começamos a ver ao fundo de cada candidatura rostos, começamos a descobrir algumas – poucas - boas apostas e vimos emergir pretextos de bons risos, sorrisos… cocegas e imprescindíveis beliscões com o benzermo-nos com a canhota.

O tornarem-se emancipados, não os desvincula das responsabilidades que deveriam assumir a seu devido tempo e nunca encontraram o momento para se fazerem ouvir.

Nesse espectro há candidatos a serem Presidentes de Freguesia, sem conhecerem a área territorial da sua jurisdição, a leste de saberem como se realiza a instalação dos seus Órgãos. O pensarem que se aparecerem numa Assembleia Municipal estão lá porque detêm obediência ao líder que o convidou… e daqui… e dali … e uns que mais não sei o quê! 

Como se pode levar a um Órgão Deliberativo – Assembleia Municipal – um individuo que nunca exerceu um cargo público em prol da comunidade e sem provas dadas como mediador de antagonismos. A maturidade e a destreza em implementar consensos é essencial.

Não vamos disputar eleições a três, mas a cinco. As dispersões de votos podem originar “bolhas” de poder.

Como se pode apresentar um candidato ao Município a reclamar o que quer que seja quando por inerência de cargo teve espaço para isso e nada denunciou ou vociferou, mesmo na defesa da sua Freguesia.

Eu quero, posso e mando de uma Freguesia, num contexto de Município é muito vago. Muito sem efeito. 

Uma candidatura que no seu conteúdo poderia ser forte, fragiliza-se a si própria.

(Exporei a minha opinião de todas as candidaturas.)