Falando com mais sensatez – sem recreações jocosas - das autárquicas que se avizinham é sintomático que o único candidato até agora apresentado à Assembleia Municipal como líder da sua lista, fosse o Dr. Vítor Pereira da Silva – PPD/PSD.
Numas eleições que se preveem
muito disputadas aonde a dispersão de votos, deverá ser uma realidade o PPD/PSD
numa jogada de mestre, estatuiu os candidatos de todos os outros partidos e do
movimento independente.
Quem se retardou, ou desiste
da forma franzina como se estavam a preparar para impingir as figuras óbvias e apresentam
uma alma com corpo e musculo cívico / político ou acontecerá que ele – Dr. Vítor
– possa ser o mais votado.
Pelo seu passado proficiente
como Presidente da Assembleia Municipal, é o único com capacidade de congregar
todos os 15 eleitos do Órgão Deliberativo, mais os quatro presidentes de
freguesia, instalados por inerência de cargo, em prol de um desígnio que se
chama Vila Nova de Poiares.
A maturidade política dos eleitores – muita das vezes negligenciada – pode estabelecer na incógnita do resultado a solidificação e fidelização da delegação de competências da sua vontade em alguém com provas dadas. Conheço muito boa gente que me segredou, que “para a Câmara não vou votar PPD/PSD, mas para a Assembleia Municipal voto no Dr. Vítor.” E isso é transversal a todos o que que encontram na pista. A cativação começa a fermentar e quanto mais tarde aparecerem os outros putativos postulantes, o vazio torna-se, insurgente.
Não julguem os mais entusiastas
das siglas que vão às urnas, que os votos expressos nos três boletins, sejam uma
copia fiel um dos outros.
Pode bem acontecer que o Órgão Executivo – Município - tenha uma sigla, e o Órgão Deliberativo – Assembleia Municipal - tenha outra.
O Partido Socialista, está tanto em transe como se deflecte… maus sintomas com prognóstico reservado. A cada movimentação autoflagela-se e cria mais roturas internas. Não há “pensamento político” que resista!
Poiares A Sério, sonda cativar os “desalentados” dos partidos tradicionais e percorre uma alameda de amizades circunscrita … a sua conspecção requer mais graduação óptica. Teimar na miopia, entre muitos desconfortos, pode originar dores de cabeça.
O Chega, pela sua “Infantaria” de 15, tenta no terreno saber donde saíram os outros 700 votos e quem foram os seus fiéis depositários. É o único, que com alguma parcimónia se pode acocorar ao que tem como peugada – provindo de outra faina eleitoral - e o que pode aguardar sem grandes reparos críticos, até 18 de maio, para ver o que o final do dia lhe dá de mercê, para depois dar um ar da sua graça. Em festa, pode ser que observem um destemido com arcaboiço político que até então, vivesse no anonimato, e o coloquem em cenário. Sem esse “Sebastião” assomado do nevoeiro, não é de descartar que apresentem um peso pesado do partido a nível nacional.
O PCP/PEV como é do seu
próprio género – circunspecto – prepara-se para aprontar o perceptível como
pode apresentar uma porção enigmática. (Há
camaradas a falar numa geringonça). Obedeçamos à irreverência com
descrição do seu jovem eleito em 2021.
Relembro que o PCP/PEV, nesse ano para a Câmara Municipal obteve 192 votos / 5,63%; e para a Assembleia Municipal 231 votos / 6,78%, que correspondem a um membro eleito.
Agora estudem!
Perspectivem cenários. O Excel
e Método Hondt, são boas armas de rastreio. Vejam o quão frágil, pode ficar e ser a
Assembleia Municipal sem uma liderança consensual e forte.