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sexta-feira, 28 de junho de 2024

O nosso melhor para a Europa!?

 

A hipocrisia da eleição de António Costa, para a presidência do Conselho Europeu.

Não simpatizo com a personagem política de António Costa. É um estratega frio e calculista. A sua ascensão dentro do seu partido e a maneira como subverteu o contexto eleitoral e se concertou com dois partidos radicais e anti-europa para ser primeiro ministro, indiciam uma antropofagia ruminante de poder. Localiza-se sempre numa incongruência. Um autêntico camaleão, híbrido. Se não pega de uma maneira… atira-se e candidata-se a ir de empurrão.

Posteriormente, “um parágrafo” serviu de “influência” para apresentar a sua demissão. De trapalhada em barafunda, mais os seus escolhidos e acólitos, malbarata, uma” milagrosa” maioria. Tendo banalizado como nunca, a autoridade e sentido de Estado.

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Agora é eleito com a conivência de quem humilhou e desprezou em Portugal, com o propósito de ser português. Eis o nacional porreirismo no seu maior esplendor e chilreada.

É de uma promiscuidade intelectual inqualificável, querer indiciar que o político eleito, pode fazer uns jeitinhos na categoria e tipologia de “frete” e “cunha”, para benfeitorizar os moradores deste país à beira mar, plantado.

Depois admiram-se que o populismo e o radicalismo, medra.

terça-feira, 21 de maio de 2024

O RIDÍCULO TORNOU-SE UMA ARTE CONTEMPORÂNEA.

TOMO II

Os nossos partidos políticos mais radicais estão a viver numa fantasia muito perigosa.

Os de esquerda vivem na nostalgia de leste e os de direita na sua realidade. Os de esquerda proclamam o seu bolchevismo os de direita anafam-se na sua oligarquia.   

Os de esquerda por cá são a favor da comunidade LGBT que os bolcheviques aniquilaram e os oligarcas acossam e enjaulam. Os da direita assumem o serem absolutamente contra e espelham-se nos “filhos da putin”.  

Os de esquerda são negativamente contra a União Europeia e Nato, suspiram pelo nevoeiro de um novo “Pacto de Varsóvia”.  Os de direita amotinam -se nas trincheiras de estribilhos e lugares-comuns em que os 27 membros estiveram ambíguos e imprudentemente destapados. Os sinónimos de expatriação.

Os de esquerda vivem numa democracia que lhes permitem “ser contra” e reinventar, fluxos contrários às suas referências.  Os de direita vivem numa democracia que ultrajam e maliciosamente cultivam o culto do “Duce” morto e outro que sê, ventura.

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Viva a hipocrisia e a sua mendicidade intelectual!


segunda-feira, 20 de maio de 2024

O ridículo tornou-se uma arte contemporânea.

TOMO I

A banalidade adquiriu um espaço incomum no comum quotidiano da nossa individualidade colectiva. Falamos de muita coisa, seja ela qual for e não compreendemos coisa nenhuma do nada que a possa sustentar. Iludimos os propósitos de autonomia de uma sociedade democrática baseada na pluralidade de opção e alternância. Hipotecamos a nossa cidadania em chavões de dogmas obsoletos. Nunca o ser humano se teve que reinventar como agora e eis-nos a esgrimir o futuro com dogmas desactualizados, descaracterizados, manipulados e aldrabados.  

Sou literalmente contra sistemas políticos manipuladores. Usurpadores da liberdade. Que se encaixotam no aparelho do estado. Denomino-os a espessa “arte” de fascismo e bolchevismo. Duas fatiotas de doutrinas cheias de caruncho, entulhadas de sofrimento e alagadas em sangue.   Não se justifica no mundo em que vivemos, ainda estarmos ancorados nesses dois botes de maledicências e esbarros cívicos.  

Fazem parte da nossa evolução civilizacional. Havemos de os estudar. Mas havemos de os libertar do nosso conceito de práticas.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Futebol e o vírus e as pandemias de cada um.


FUTEBOL I

A chaminé por onde desce o Pai Natal ... 

O pai natal faz a alegria dos nossos putos. Mesmo anafado desce a chaminé e dá – com a nossa ajuda – presentes aos nossos meninos. E eles, nessa ilusão festejam a efeméride com um sorriso cândido de felicidade e regozijo. Assim acontece no nosso futebol.
Existem os meninos que recebem sempre prendas ao seu gosto e aqueles que se divertem com o seu possível e os sobejos, deles.
Por cá sofremos de uma doença crónica, que por ser como tal, só admite a efemeridade do êxito a três galifões. E de vez em quando, por improviso no guião, a um ou outro “ignorante” que sorrateiramente assoma a gloria com outro ritual de dribles e xises.
É de uma segregação atroz e de uma propositura maquiavélica instituir as facilidades do sucesso nos moldes de que os mesmos desfrutem disso bicando e depenando os outros a seu belo prazer. Não há benfiquista maior do que eu, não o admito, mas o meu pleito de o ser, alicerça-se na competitividade acérrima e na sua proporcionalidade.
A nossa cultura futebolística é uma descomunal amalgama de piolhices e chatos. Aonde uns coçam mais cima, outros coçam mais abaixo. A analogia é o aplicar os dedos a friccionar e a sua disparidade é a zona extemporânea a necessitar de intervenção. 
Julgo que o campeonato deste ano já perdeu o entusiasmo. E o futebol não pode ser uma ilha no desporto. Se todos os campeonatos das outras modalidades foram encerrados o futebol também o deveria fazer. Não faz sentido um estatuto de exclusividade para uma modalidade que se sustenta num faz de conta latente e muito obnóxio. As artimanhas que uns usam para nele predominarem, outros o fazem para nele sobreviver. Todos o sabem, mas todos o consentem, porque não querem, nele perder espaço e protagonismo. É tipo – o famigerado sistema – que nos estimulam e impigem para não se poderem mudar as coisas. Aproveitemos, pois, este miserável vírus… para desintoxicar e desinfectar o futebol.  
Esta época não haveria de haver campeão. Mas seguir a representatividade nas competições europeias conforme se apresenta a tabela classificativa actual. E vamos então à europa se, entretanto, a coisa se apaziguar...
Já agora por falar na europa, considero que as competições europeias são um embuste. Sempre fui, e serei sempre contra, a actual Liga dos Campeões. Ela representa um clube restrito de privilegiados, de comensais, de abastados e latifundiários. É um sorvedouro para os já mais poderosos o serem ainda mais e dominarem a seu belo prazer. Privilegia o melhor de todos o que é obvio, e também o primeiro dos últimos. Noutros sítios o que merecia a medalha de bronze… de latão… de esferovite… e quiçá até a medalha de cortiça.  E todos também “sabemos que se não é do cu, é das calças” que sobressai o maganão na passerelle para pegar na orelhuda. Antes do desfile, já estamos carecas de saber quem são os prováveis afortunados a serem os heróis da fita. Só restando saber se os felicitamos em inglês, espanhol, alemão ou em italiano. 
Defendo uma Liga de Campeões com os legítimos campeões de cada país. Uma Taça das Taças para os vencedores das taças de cada país.  Aqui incluía a Taça da Liga e de Portugal. E um torneio para o primeiro dos últimos e damas de honor… Com o perfil do Campeonato Europeu, através de um sorteio puro e cru. Sem potes de meninos mimados e meninos da rua. 
O futebol actual tornou-se mesmo a carinha balofa do pai natal e de quem vive a ilusão de receber prendinhas fixes. 

 FUTEBOL II

A chaminé por onde desce o Pai Natal ... e o gozo de escorregar. 

Em absoluto não estou a favor do recomeço da I Liga. E muito menos quando a II Liga e o Campeonato Nacional de Futebol Feminino, foram suspensos. E muito menos concordo com a argumentação “que envolve muitos interesses económicos” e que gere milhões e os bla, blá, blá do costume.

Existe o conceito que o mesmo vai-se desenrolar num espaço territorial do país.
O circo pode ir em caravana e assentar arraiais. Podem arranjarem aquartelamentos de última estirpe e campos de treino submersos em gel desinfectante. Podem definir meia dúzia de Estádios para realizarem os 90 jogos que faltam, sem grandes problemas. Aveiro, Coimbra e Leiria possuem-nos às moscas. E o do Algarve, simplesmente é a sua colonia balnear. Todos os participantes estarão e ficam em igualdades de circunstâncias?

O Campeonato sem prosseguir no espaço territorial de cada Clube perde a graça e o seu enlevo. E muito mais isso se acentua, quando as bancadas estão desertas da impulsão e estrépito das emoções. O que lhe dá fascinação e inquietação é o bruaá dos adeptos.  
O silêncio é algo para o futebol como uma bola vazia, um campo sem marcações, balizas sem rede, um arbitro sem apito ou bandeira e o balneário a feder a álcool mais que o suor.

Se dúvidas houvessem, este acervo de precipitações e pasmos discriminatórios demonstra-nos categoricamente que o futebol representa um mundo à parte da sociedade e que dela absorve os mesmos defeitos corrosivos que a dilaceram.
A I Liga tem Clubes a mais. Alguns deles desordenam as regras e patenteiam declarações verbais e escritas que não passam de floreados. Nelas alegam que está tudo em dia…, mas qual o dia que isso espelha?

Os atletas estão rodeados de uma permanência médica constante e vivem rodeados de outros afagos que lhes proporcionam altos rendimentos. Mas isso não invalida que de quando em vez, existam falências de segurança que originam despistes, acidentes, e expressões de um travo bem amargo. 
Qual o repelente que descobriram para no contacto físico enxotar o bicho? 
Ou já descobriram que o vírus não ataca humanos masculinos que joguem no campeonato principal?
Ou vão jogar em espelho… ou tipo matraquilhos?
A parafernália que vai ser necessária para criar uma estratégia de esterilização dos logradouros da competição é constituída como, quando e por quem?  A sua presença e artilharia não coage e inibe o atleta?
Além do equipamento essencial podem prescindir das chuteiras e jogarem de pantufas, para não permitirem tanta intensidade?
A grande vantagem é que ninguém no relvado que estiver no banco – não estou a ver os jogadores a arrojarem-se de máscara – necessita de meter a mão a tapar a boca, para o adversário não lhe ler os lábios.
E se o vírus colocar alguns em fora de jogo, o VAR vai actuar? Como se vai corrigir para que não aconteça reincidências?
Ou vão continuar a explorar a ignorância da dita “intensidade” que se usa para circunscrever as versões que interpretam a condescendência e a malevolência das faltas?
Haja juizinho e uma pitada de coragem.

sábado, 18 de abril de 2020

Viver a poesia da vida!


Hoje acordei como um “ladrão” que rouba um pão da prateleira antes do padeiro o meter no balde dos excedentes. Não porque seja um insensível, mas porque não o consegue fazer chegar a quem necessita e porque ninguém o comprou ou se disponibilizou a leva-lo a quem ele matava a fome. Esta é a sociedade em que vivemos este é o mundo que permitimos.
Os políticos actuais, fazem politica no sentido de quem faz compras num supermercado. Na fila despertam-nos alternativas para consumo, mas nunca para proteger a nossa fidúcia. A sua dialéctica já não se interlaça com dogmas filosóficos de existência e sociedades perfeitas, mas são uma adaptação aos mundos dos algoritmos que se sobrepõem á realidade dos factos e coisas. Temos tendência para sermos isto ou aquilo e somos invadidos por esses “árbitros” que nos subverbetem - através de um imperativo bem negativo, - as regras do jogo e impingem as factualidades necessárias para eles próprios sobreviverem como tribo. E assim, se uns nos dizem, vai pela direita, outros dizem-nos vai pela esquerda. E nunca o imortal poeta, teve tanta razão como José Régio. Temos que possuir o discernimento nestas circunstâncias deveras inusitadas e únicas de partilhar o:
… … …
“Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí.”
E neste Cântico Negro é que nós temos que sobreviver e nos fazer ouvir.  
Creio que nunca na minha vida, meditei tanto como agora. E mais eu, confinado ao silêncio dos meus “procederes”.  Paramos tudo para podermos resistir. E em cada recanto de nós e dos nossos, pretendemos sobreviver.
Ouvimos uns a dizer que as revoluções são o cenário ideal para se poder virar uma página e a outros que o virar da página pode-se fazer-se tradicionalmente. Os da revolução derribam tudo e mais alguns e impõem-se. Os conservadores dizem que basta cuspir no dedo e a humidade agarra a folha e vira-a, e quem não sofrer de lassidão apanha essa boleia. A grosso modo esta imagem traduz a nossa classe politica.
Mas isto no enredo que hoje vivemos não pode ser. Não podemos excluir ninguém. Não podemos empurrar uns para o abismo e conter outros para o mundo gravitar.
Ouvimos, sumidades a dizer que tem que haver despedimentos para que a economia possa reagir e criar riqueza. Isso era no ontem, antes de haver o hoje e sabermos como podemos estar amanhã. Temos que ser criativos. Imaginativos. Ousados. Não deixarmos que as novas tecnologias se adiantem numa alvorada elitista e os velhos chavões subsistam na sua sombra.  
Se está mal, tem que estar para todos. Se não há possibilidades de todos trabalharem no mesmo fuso horário. Dividimos a metade. Uns trabalham no fuso da manhã outros no da tarde.Quiçá, uns fazerem o turno diurno e outros o nocturno. 24 horas de trabalho por dia para num ano, fazermos dois de mão de obra Se tivermos que considerar outras contribuições e impostos que tenham um código de barras categórico: - o prazo de validade, de se ser humano e a sua dignidade.   

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Gozar com a nossa cara, gozando Abril.


A nossa democracia é vivida de uma forma envesgada. Olha-se defeituosamente para as coisas da sua pluralidade, e agora até num ritmo de heterogeneidade gagueja-se o ser livre sendo-se dele expatriado. Existem uns: - martelos que se afiguram umas foices sem dentes que mais parecem um disco riscado e estão verdes de o saber; um bloco de coisas muito à frente que regressa à esquerda capital, sorrateiramente pelas portas dos fundos; há os que de punhos cerrados num ápice como por milagres das rosas, passam de trás para a frente e de geringonça polvilham de pétalas a república com os seus prosélitos; em que as pessoas não deixam de serem animais e a sua natureza empecilha na imbecilidade de nos impingirem alcaparraras para colocar num bom cozido à portuguesa, fonte da nossa virilidade; que por mais que lhes apontem os sete céus não possuem registos de preitos  às suas memórias. Os egos e as vaidades pessoais abrem e fecham portas como quem fica órfão por causa de um avião que cai; em que a iniciativa nos faz lembrar os heterónimos de um grande poeta liberal da nossa cultura, não sabemos com qual deles estamos a falar; que fazem do centro um stock incógnito e como partido disso o popular lenço branco acena-lhe um adeus inglório e os que num chega-chega, argúem assertivamente, mas cujos alicerces possuem muitos complexos de cidadania.
E, é esta malta que se quer juntar a comemorar o 25 de Abril – uns convictamente outros “contrariados”, mas na onda - com a necessidade de dilatar as gotículas da revolução de peito aberto e feito contra a pandemia. Cento e tal convivas, alguns com cravos na lapela e outros de toalhetes de gel no bolso para enxotar a peçonha.
Nem o boémio Bocage, seria tão jocoso e brejeiro se nos pedisse confinamentos, proibisse casamentos, batizados e outras brincadeiras com tantas ignições para dar boleia aos vírus. E depois se metesse numa farra vanguardista destas. 
Se esta classe politica tivesse um pingo de decoro e vergonha e tivesse a noção da solidariedade e do seu respeito, comemorava Abril como nós comemoramos as datas de quem mais amamos. Através das novas tecnologias. Cada um no seu espaço de intervenção política e os partidos das suas sedes.
Não me conformo com esta iniciativa quando assistimos a dores imensas e a desertos infindos de sentimentos e afectos que se esvaíram num luto que nunca saberemos fazer e compreender. Quando um cadáver numa solidão atroz, despido de lágrimas, suspiros e lamentos desce à terra. E quem ama essa alma não lhe conseguiu dar um beijo de despedida.

Gozar Abril, gozando com a nossa cara.

“Estamos noutro patamar”, vociferam. (Jesus já o diz, não o Messias, mas o Jorge do futebol). Inteiros ou mesmo a metade os deputados da Assembleia da Republica não sofrem de "layoff", continuam com as mesmas mordomias e a cada “aí” nosso, respondem ou consentem esta solução: - “ajudas do Estado implicam mais impostos”.
Ok. A malta continua confinado a um distanciamento social de tal ilustre casta. Estamos habituados. Por isso o nosso aparente sucesso perante esta pandemia. Muito isolamento, muito adestramento, mesmo.
O 25 de Abril é uma data muito relevante da nossa história. Esse dia colocou-nos um cravo na lapela depois de conquistar o cano de uma G3, após esta, silenciosamente ter apeado uma ditadura do poleiro. Deu-nos uma Constituição aonde o Paraíso em livros sagrados não possui tanto enlevo. A Constituição tornou-se uma miragem, um intento metafísico, restando-nos o Paraíso como o único espaço que nos possa proporcionar a ilusão de podermos ser felizes, um dia. A nossa classe politica criou uma carapaça de infalíveis e intangíveis. Antigamente íamos da província com uma mala de cartão na mão, pé descalço e roto à procura de Lisboa e dos seus efeitos e enfeites sociais. Hoje quem parte para lá, é um zé ninguém da politica que se torna um ti-homezito eleito e sem que se saiba que ganhou um prémio de sorte, fica rico. Veste roupa gourmet. Azeita-se ao espelho com comichão nas partes púdicas, simula um discurso e sente-se o Aznavour de “la bohème” no excerto: - “Eu que morria de fome e você que pousava nua”. Simbolicamente, descreve a sua personagem inicial na República e a esfinge que a representa.  E porque se conquistou de abril – que não o nosso – quer mostrar que o seu abril é como o Natal mercantil. E sempre quando um homem quiser. O nascimento do menino, o presépio cheio de neve, muitas prendinhas e o pai natal anafado a descer pela chaminé, após estacionar a carroça e prender as renas a um pinheiro cheio de luzinhas a tilintar. As ovelhinhas a berregar e o carneiro todo lampeiro atrás de nós para nos comer por lorpas. Cochicham.

Creem que o Covid 19 é um anarquista que se situa entre o 24 de abril de 1974 e o dia de hoje. Sem mais nenhum dia, simplesmente estes dois. É um fascista disfarçado de populista.