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quinta-feira, 17 de maio de 2012

POEMA – Tempo da idade

O tempo que não nasce
no tempo que se esbate
faz tempo.
Tempo faz
que o meu tempo
não me dá o mesmo tempo
que me deu até este momento.
E hoje, o tempo de agora
deixou partir o tempo que foi embora
e faz-me viver o tempo que advém
por prazos imensos do tempo que procuro.
Amo a vida, espreito no tempo a sua morte
porque a respeito e venero
como sorte.
E, a afadigo, no não que não quero…
O tempo que não aturo…
e que no tempo me calará a vontade
será um tempo lá para o futuro.
Se próximo ou distante, não sei…
sei que será por cá, o tempo da minha idade.
ALBERTO DE CANAVEZES