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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Tauromaquia é um Património Intemporal Poiarense. UMA MENTIRA CONTEMPORÂNEA.

Prepara-se outra aldrabice para colocar na história da nossa paridade como Concelho. Nunca nos nossos 114 anos de biografia colectiva, sofremos tantos atentados à nossa identidade como agora. Para, cúmulo e acumulo de tantas histórias, historietas, lengalengas, narrativas, eis que surge um embuste que sustenta a velha máxima, “que uma mentira repetidas muitas vezes, ganha contornos de verdade”. Insinuar que a Tauromaquia é um Património Intemporal Poiarense. É um falacia, uma manjedoura cheia de palha para bronco petiscar e marruaz ruminar. Tais afirmações nascem da leitura atenta das Monografias “Vila Nova de Poiares Um Passado Com Futuro, editada em 2001 e Vila Nova de Poiares Um passado Com Futuro – II, editada em 2002. Para não falar noutros livros mais antigos e cujo teor descritivo nunca foi colocado em causa. Mas estes dois livros citados são indubitavelmente insuspeitos. Num o prefácio e noutro a coordenação – respectivamente – tem como mentor o outorgante de tal mentira.
Nem Alexandre Herculano se deu a tanto na sua retórica e imaginação, que nos chamou de uma “espécie de América Inglesa” e insinuou que “a aldeia de Santo André é a sua Washington…”.
Admito que quando há anos se tentou oficializar as touradas – conforme noticias em Boletins Municipais e no Jornal “O Poiarense”… – como uma presença assídua nos tempos modernos - que hoje se ousasse afirmar, sendo ela um virar de pagina de ano para ano, que já fizesse parte da nossa idiossincrasia contemporânea. Agora no fim de duas a três garraiadas extemporâneas, algumas cornetadas, umas bostas na arena (edificada para tal arte e engenho) e dúzias de estocadas, entre outros enfeites tauromáquicos, ser parte integrante do nosso ADN, é escoicinhar nas taipas da nossa sustentabilidade cultural. Que para o caso não é nenhuma. Nada, temos de lavra popular como sinónimo de uma razão intrinsecamente nossa, regimentada no presente para o futuro. Temos alguns artesãos – por sua conta e risco - a manufaturar sem escola nem periodização… …. …  
Assim é caso para dizer:
istoriasenão ssESENÃO oSnUNCA nunnunnununca nos nossosSer da raça bovina num concelho caprino (Confraria da Chanfana) é rejubilar aos comensais para gáudio dos da “Raça Poiarense”. Mais uma Confraria em potencial a revigorar (?) … Desconfio que tais documentos imemoráveis que atestam a Tauromaquia como Património Intemporal Poiarense devem estar abraçados aos que denominavam a Serra da Soalheira como logradoiro público… e agora não. Desconheço o cadastro te tal mancheia de cavalos que alimentaram a Ganadaria e Escola Equestre de Vila Nova de Poiares. Os Forcados têm lógica, sim senhor, podem sem estigmas ou defeitos de interpretação, predize-los oriundos da simpática Aldeia do Forcado. Agora o Toureiro é um caso á parte. Adulteração de nome, só pode… cabreiro, sim. Os campinos ainda não foram enxovalhados nos discursos da Restauração do Concelho ou na monoteísta comemoração da Revolução dos Cravos. Mas podem preparar os ouvidos…    
As “novilhadas” são típicas pelas doze horas nas frontarias do Jardim de um Comendador… E as bandarilhas são farpoadas a quem ouse não dizer “olé” com tal “cronista”.
O ridículo caiu aos curros… a decência está pelas herdades verdejantes… neste Concelho denominado de Jardim do Pinhal Interior, empestado de Palmeiras doentes.
Pior de quem propõem tal aldrabice a ser fermentada são aqueles que não possuem vergonha nenhuma de abanarem com a cabeça “não” e levantam o braço a dizer “sim”. Calados e amestrados. Que depois andam a lamuriar-se pelas ruas – contra – lavando as mãos como Pilatos. Isto mete nojo. Taxativamente isso.
ALBERTO DE CANAVEZES