Um golpe de estado foi perpetrado
no corpo que me acoita a alma
hasteei uma bandeira rebelde com
um emblema corsário ao vento.
Fiz-me presbítero de causas desgarradas,
enxovalhadas e minorcas.
Pulei janelas, beirais e outros
assomos de dejectos…
e tinha todas as portas
abertas
que me podiam deixar passar
e acoitar…
debaixo de todos esses tectos!
Mas não! Eu sou assim.
Eu em mim!
Que cravo na lapela iria
colocar?
Que farda militar me possuía?
Se tudo em mim era dissipar
Uma qualquer verdade que me mentia!
… … …
Alberto de Canavezes