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quinta-feira, 9 de maio de 2013

POEMA - Ruas sem alma. Gente sem história.

Uma rua sem nome é uma história sem aventura

é olhar o branco e não ver um apelido do ontem

é sentir manchada uma alma extraviada e turva…

impugnar aos dias, um conselho que nos contem.


Quando se vive numa rua sem título é ser vadio…

É não ter cidadania. Ser despido e não ser livre.


Eu vivo numa rua dessa folha. Pagina trinta e nove…

numa idade que aquartela esse sentimento

… por desprezo.

Olho-me e vejo um beijo de mágoa que me olha

E me fecunda do ontem de ontem: - esquecimento.

Alberto de Canavezes