é olhar o branco e não ver um apelido do
ontem
é sentir manchada uma alma extraviada e
turva…
impugnar aos dias, um conselho que nos
contem.
Quando se vive numa rua sem título é ser
vadio…
É não ter cidadania. Ser despido e não
ser livre.
Eu vivo numa rua dessa folha. Pagina trinta e nove…
numa idade que aquartela esse sentimento
… por desprezo.
Olho-me e vejo um beijo de mágoa que me olha
E me fecunda do ontem de ontem: -
esquecimento.
Alberto de Canavezes