Venho ao longo de muitos anos
a dizer que o futebol feminino é igual, mas é diferente em tudo. E para
sustentar a minha tese falo na especificidade dos indivíduos que o praticam.
Biologicamente pela sua anatomia, fisiologia e genética. Diferenças
cromossômicas e hormonais. Maturidade sexual. Processamento de informações.
Desempenho em actividades físicas. Quantidade de gordura… E a diferença da voz
também se pode ter em consideração para o efeito de não ter a mesma gravidade
de se fazer ouvir e reivindicar.
Como treinador aprendi que
também há outras conjugações a retirar dessas especificidades. A titulo de
exemplo mais incisivo e de uma ordem alicerçada no mais natural da ocorrência,
quantas vezes tive que interromper um treino para que uma - ou mais atletas -
fosse praticar a sua higiene pessoal por causa da menstruação. E o quanto isso
condiciona nas suas etapas o seu desempenho antes, durante e no depois.
A grosso modo o Futebol
Feminino tem vindo a crescer, mas numa postura marginal. A massificação ainda é
uma realidade de efervescências localizadas e que pode retalhar a
competitividade no seu computo geral. A segunda divisão já é um bom augúrio.
Zona norte / Zona Sul. Mas a divisão que a lhe fica atrás tem que ser bem
ponderada e nunca pode ser deixada à consignação das Associações.
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