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domingo, 29 de abril de 2012

(EXSISTO QUIA MEI CONSIDERANTIA) V

… Não perco tempo a explicar a minha cidadania. Pratico-a. Observem isso, remanescerão esclarecimentos...
ALBERTO DE CANAVEZES

sábado, 28 de abril de 2012

POEMA – O NOSSO RIO DE AMORES

Andei, por um caminho sem termo…
Arruei a sebe de muitos dos teus cabelos
na trilha da tua silhueta esbelta e erma.
Arribei os teus peitos…
escalei os seus outeiros
e gritei aos teus ouvidos:
- Amor por onde toscanejas?
Eu quero-te levar pelas estrelas
e de algumas delas, quero que vejas
no nosso recanto, uma das vielas
que de mim em nós - tu a sejas.

Amor o que de mim, almejas
no mar revolto que deixamos
através de uma caravela
sem proa nem estibordo
que junto abraçamos
E, deixamos…
num ondular de imensos beijos
e aos nossos pés ancoramos.

Amor, se eu respiro
tu suspiras
fazemos dessa troca o nosso retiro.
E faz-se sol e dos seus raios aguaceiros
e saciamos a sede deste amorio
entre os teus vales
e os meus pardieiros
que acabamos de tantos suores
o nosso rio.
ALBERTO DE CANAVEZES

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Os Flintstones e a raça “p0iaòdois” VIII

No repasto. Fred demonstrou uma particularidade interessante, que me comoveu vivamente. Levantou-se da mesa, e abeirou-se de uma máquina de discos perdidos, pegou no pericote do aparelho e amarfanhou o seu bico num disco da minha Diva Amália Rodrigues, tudo a contra gosto do bicho. Já que a pequena ave estrabouchou bruscamente, que ficou sem tino. Novamente orientado – sem parcimónia - e com o bico espetado no vinil de 33 rotações a melodia fluiu no ar com um grau de imitação da voz da Dona Amália a ocupar os quatros cantos da sala do restaurante a raiar os oitenta por cento. Confesso que é uma ave, que quando não pensa pela sua cabeça, tem dificuldade a exprimir-se muito menos a recordar. De regresso à mesa, dá-me uma caricia a alta velocidade nas costas, que me desengonçou o esqueleto e diz-me,” Esta música é para ti, sei que amas a Sra. Dona Amália Rodrigues”… Fiquei sem jeito maneira.
Fred é um bom garfo. Comeu desalmadamente. Julgo que fiz a digestão num ápice. Ainda comia, já eu fazia contas aos cêntimos que trazia no bolso. Recalcava as contas. Martelava as somas. Abastardava os cálculos. Nada feito. Não possuía escapatória possível a imaginação sabia ostentar a artimanha da situação, mas a minhas mãos não tinham capacidade de consomar o pensamento. Estava comprometido com princípios. Mas, como iria eu pagar a importância do almoço/lanche/jantar!?
Fred estava no auge e gáudio da degustação, quando surge um episódio caricato, que casuisticamente me veio a ser muito útil.
Estávamos sentados na mesa, a cavaquear… quando a Confraria da Mulata deu entrada no Restaurante “A Universalidade do Búfalo”. A Confraria da Mulata, sem se fazer convidada, invade os pastos e repastos todos – não fosse essa característica, um pastorear da sua génese e raça - e para se fazer de bonita e labaceira, entrou a abalroar o silêncio reinante. Composta por dois belos e remansos chibos e uma valente cabra, deram asas ao seu bedum de idiopatia. Um, um bom exacto… o outro, um bom edificativo passador de senhas contrafeitas. A fémea um exemplar único do pior que um animal dessa estripe patenteia, atirou-se aos demais presentes que o Fred angustiado, gracejou, “ Yabadabadoo, que cabra oferecida e descarada… parece o Garrincha”. (Para quem não sabe, Garrinha era um Jogador da Selecção Brasileira do tempo do grande Pelé… com as pernas musculadas e arqueadas, que tinha uma finta curta e sempre para o mesmo lado…)
Mantive a “pelota” à distância…
Num ápice, o Restaurante encheu-se… pois tais confrades, por onde vão e passam, pagam tudo. À grande e à Francesa. (Confidências do Fred). As notícias ruins espalham-se depressa. Como, não lhes sai do bolso, é por conta dos seus eleitores, que pagam impostos e emolumentos, fazem destas amabilidades a granel. De imediato, surgiram pedidos para “criados de calhau” ou seja empregados de mesa. Aproveitei, as novas oportunidades, emergentes, inscrevi-me e fui bafejado pela sorte… Dos presentes fui o único a inscrever-me. Era o único que não era de Bedrock. Os restantes medraram para as bandas dos três intrusos. Festanças e lambanças.  
Pedi desculpa ao Fred, expliquei o quanto era importante para mim tal ritual e ele com um ar feliz respondeu-me: - “ vai amigo, ainda vou mastigar alguma coisa mais, isto foi só o aperitivo… Yabadabadoo”.
- Ok. Amigão. Atestei… esfregando as mãos de contente e aliviado.
(continua)
ALBERTO DE CANAVEZES 

“NÃO, SETENTA VEZES SETE”. SIMPLESMENTE QUINZE HORAS DE HOJE.

Se alguém sem o mínimo de pudor e vergonha quiser insinuar que é familiar do príncipe “Getas”, forja afinidades e autentica documentos, se lhe derem tempo e espaço para essa “orquestração”. Ou diz que o é, taxativamente, com a lábia usual. Depois para certificar “a coisa” leva a situação a um grupo de apaniguados e amigos e a ratificação fica feita. Mesmo que isso seja comer gato por lebre ou serem comidos por morcões. Como diz um homossexual – pouco assumido – “tá dito, tá dito”. “A coisa” passa. “A coisa” fica oficializada. Regista-se e fica purgada de vírus e peçonhas.
Isso, de certa forma, passa-se hoje, num “Consílio” instalado neste “jardim à beira mar plantado”, que é Portugal.
Como uma “armadilha” montada, (pelas quinze horas) vão fazer explodir chorrilhos sobre “os abutres” e encher o ego do tal “suspeito” primo do príncipe “Getas”. Emerge a vitimização. Tipo artista de teatro brota uma lágrima de crocodilo e blasfémia, “Uns energúmenos andam por aí a proliferar que eu não sou primo do príncipe “Getas”. Desde tempos imemoráveis que sou seu primo, por parte do meu tio “mentiras” que por sua vez é amoedado do “mentiroso” que morava na solheira da serra, perto da comba dos penedos. Quiçá, porventura, não serei primo também do Dom Dinis “O Lavrador”!? Porque uso e detenho no fim da comenda… uma… “dor” depois do nome!?
Mas, a triste sina desta aldrabice, não é o presumível primo querer ser à viva força, primo do príncipe “Getas” é o facto de outros primos de primos verdadeiros, certificarem essa redundante palhaçada e pérfida intromissão genealógica.
“Largos dias têm cem anos”. A história tem muito mais. Espero daqui a uns tempos, saber do príncipe “Getas”, pelos coniventes do seu parentesco, falso.
Quanto ao resto, que fique sozinho a justificar o injustificável. Que receba os aplausos da sua trupe silenciosa e amestrada.
Sem a fé que já cultivei em tempos idos, ouso incitar - será que esta gente não se dá ao respeito, nem teme a justiça divina?
Pior que o pretendente a ser primo do príncipe “Getas”, são aqueles que cegamente lhe permitem oficializar essa familiaridade.
ALBERTO DE CANAVEZES     

POEMA - Por minha Mãe, amo-te Coimbra.

Amar e namorar sempre Coimbra
é idolatrar a alma da sabedoria
é calar eternos beijos de saudade
é estudar cânones e sebentas
ser o Douto dos Doutores
é subir a torre da Universidade
e chamar por um amor dos seus amores.

Namorar e amar sempre Coimbra
é ter uma sombra de capa e batina
dedilhar uma guitarra na Sé Velha
bradar um poema no Penedo da Saudade
e numa ruma sem ser rima
ela, Coimbra
nos entranha a alma e timbra
uma Tricana, um segredo
uma lágrima
perdida no Mondego.
ALBERTO DE CANAVEZES

quinta-feira, 26 de abril de 2012

POEMA - Palavra.

Nada me diz
que uma palavra escrita
nos vá trair a ilação
nos vá conturbar a alma
se, se escusa de nos convencer
e proteger...
Nos é capaz de garantir
que mesmo interpretada
por outrem
nos vai induzir a mentir.  
Demos-lhe profissão.
Damos-lhe animação.
Nasceu das nossas garras
como quem amassa farinha
para se tornar pão
acidificado sem amarras
depois de ver a luz da claridade
pode-nos dar razão
ou não…
Ela quer ser
sempre verdade
na boca de quem a ler
a ajeite…
e a retorne a escrever.
ALBERTO DE CANAVEZES

Os Flintstones e a raça “p0iaòdois” VII

Fred foi apanhado num churrião pelos Provedores da Melícia (PM) junto à escola Doutor da Brenhadrock. Tal paragem teve como menção, um acuso do Sr. Pedregulho, para espanto de toda a comunidade de Bedrock. O churrião ia carregado de inertes da Cordilheira da Soalheiradrock mais propriamente de Vão do Penedorock. Mas o que magoou o Fred foi a maneira pouco pré-histórica de se fazer a denúncia e a sua proveniência. Pensou (porque desabafou comigo) “então o meu próprio patrão vai-me acusar de eu passar por aqui, quando me deu autorização para o fazer. Estou que nem posso. Eu ando de churrião, não ando em nenhum carrito com aval com fundo a vadiar por ai à custa dos impostos dos Bedrockinos, ando a trabalhar e ainda por cima levo com a súbita azia do senhor Pedregulho.” Para o consular disse-lhe que moro num enclave na zona da Universidade Aberta da (… Silva) e que permanentemente temos dessas arremetidas por parte do senhor do feudo. Inclusive um morador do P… Além (uma das terras de queimadas de “tempos imemoráveis”) sofreu um coice igualzinho. Fred ficou mais calmo mas não convencido, já que atirou com esta frase para o ar: “quando for á tua terra vou falar com o senhor que me falastes. O senhor comenda a dor. Eu gosto das vossas arrelias e … …”. Interrompi-o bruscamente e barafustei com ele, “Fred, não entendo a vossa tendência para o abismo para copiar o que de pior ostentamos! Qual é o trauma ou problema que vos leva a isso?

Respondeu-me, desassombradamente: - “ Temos uma vida cheia de pó. Tenho uma sogra (Sra. Pearl Slaghoople) que agora ninguém a atura depois de o empreiteiro da obra do Jardim de alvenaria pura, lhe ter colocado uma manilha à porta para ela passar por causa da espondilose. Odeio-o. A Wilma anda a entrar na menopausa e anda muito apagada… A Pedrita anda com problemas com os dentes… O Barney anda um bocado afastado, porque anda todo entusiasmado com as novas bailarinas do Bowling. A Betty anda a tirar um curso nas oportunidades novas. O seu filho adoptivo Bambam anda em treinos de captação no Bedrock Desportiva Associação. O Dino anda a jungir as madalenas dos campos e dos altares todas. Dino dum raio”… … … … …

Empanturrado com a conversa do Fred, coloquei os pés a fundo e travei o churrião. Fiquei com os pés em brasa. Mas não dando parte de fraco, propôs-lhe um bom prato de bife Brontossaurobúrguer no Restaurante da Confraria dos Búfalos de Água, acompanhado com uma Cactus-Cola fresquinha. Ouvi um Yabadabadoo”, com toda a vivacidade.

Chegados, solicitamos o repasto. Eu pedi uma canja com dois ovos acompanhado com um chá de camomila. E o Fred caiu para a ”guloseima” por mim oferecida.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

(continua)

ALBERTO DE CANAVEZES 

(EXSISTO QUIA MEI CONSIDERANTIA) IV

… Entre o futuro e o passado existe o presente. Com os três existe a história. O passado com história. O presente na história. E o futuro com a história...
ALBERTO DE CANAVEZES

Abril... dois dias após a efeméride da Revolução dos Cravos. Registem este dia por favor. A historia julga-nos.

Por imperativos de ordem pessoal – e que nesta fase me enfadam – estou arredado do bruaá político e social. Se calhar os poderes dos mistíssimos acercaram-se de mim. Porventura o pragmático óbvio, não terá, em mim, um defensor amanhã (27 de Abril 2012). É uma data a recordar no futuro. É uma data para o “trato actual” desfrutar e viver intensamente. Porque o digo!? Isso é uma boa “boca”, uma enorme atitude de perquirir. A resposta o tempo a dará. Não usará “ses” nem muita “mas”, a réplica, será concisa e contundente.
Amanhã (27 de Abril de 2012) tentarei viver a vida com tranquilidade e numa aparente indiferença para o que se vai desenrolar. Se a minha argumentação – “nos estatutários” – é sempre de índole dúbia, a história se encarregará de nos dizer da sua justiça. Adoro história, tento absorver a sua mensagem. Grandes causas derribaram grandes impérios e poderes, cousas frágeis, também. E assim, amanhã (27 de Abril de 2012) será um dia para suster na respiração da nossa história. Parece-me, que filosoficamente, a ternura dos actos da biografia documentada da história, nos exporta e importa (em ambas interpretações do termo) uma solicitude afectuosa de estarmos atentos sem os estarmos. Descontrair a descontração é o melhor remédio para decifrarmos o código genético da nossa cidadania. Salvo o pleonasmo. Empiricamente, porventura a cumplicidade, da nossa presença fica, subjacente aos verdugos anafados da arte de contradizer a qualquer preço a realidade dos factos e a sua mais profunda verdade. Diz o ditado “ quando não os consegues vencer, junta-te a eles”, eu não farei isso. Sim, farei, o contrário. Mas, quase, sozinho. “Vale mais só que mal acompanhado” outro aforismo. E, este, o meu esqueleto tomará, em conta, com esta prerrogativa, “ quase só”. Existem alguns Jovens – na causa pública - que me merecem o meu aplauso e deferência. Com eles sempre…
Descaradamente, só falta colocarem um Boby e um Tareco à minha porta para saber mais cientificamente dos “meus andares”. Não, que já não desconfie de certos apelidos, não frontais, mas laterais. Conquanto, afirmo categoricamente, que não tenho medo. E continuo a andar por aí. Por ali. Por acolá. Por cá…
Ouvirei, melhor ouvirão – depois de o sujeito deste “indicativo” – ler “esta labregada”, pois é-me dito e testemunhado que lê o meu Blogue amiúda vezes, que “é um estouvado com paranoia de fazer filmes em que é o artista principal, com um guião para a vitimização”. Olhe que não… Cá para nós - que ninguém o vê ler “estas labregadas” – hoje o mordimento moí-lhe a cabeça!? Meteu-se com quem não devia! Poi foi. E sabe com quem foi?
Não foi comigo, não senhor. Foi com a história. Ela está pronta para o julgar. Não pense que é mal que lhe desejo. Ela faz, isso com toda a gente. A uns, mais que outros.
Amanhã, em suma, mais uma vez, vai levar a cruz ao seu calvário, com “contas” do seu rosário, "marteladas" e "viciadas"... depois virá o mais danado... “Quem semeia ventos, colhe tempestades”, axioma da populaça. Existe Madeira, que pode servir de exemplo.  
Não pretendo empertigar-me mais no seu baile mandado. A próxima etapa – que pretendo que seja a ultima – é decifrar os seus delírios aéreos que realizaram na “área” das “Noivas da Floresta”. Mas quando eu quiser. Não é senhora Presidente da Assembleia de Freguesia? Ou não?
Paguei um tributo muito alto, por não me destituir de ser o rosto e voz da comunidade que democraticamente me elegeu. Da minha entrega - com êxitos e alguns insucessos - soube retirar- me no tempo certo… porque a minha presença era “contraproducente” para os seus interesses sociais e comunitários… Nessa retirada, demonstrei também que na democracia ninguém se roga de dar a cidadania a “alguém” e a “ninguém”, com uma “presumivel” candidatura ao Município…
Por isso, a Senhora não defraude as minhas expectativas…     
ALBERTO DE CANAVEZES/JORGE GONÇALVES

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O 25 de Abril da politica monoteísta. O som é meu.

Existe uma claque desportiva, que canta, “só eu sei porque não fico em casa”. E eu estava lá… (agora do longe faz-se perto)... Ouvi um Presidente de um Município fazer alusões sobre o 25 de Abril. Falou, muito e bem. Não é gago. Tem o dom da oratória. Mandou umas flechadas para o ar, e falou em Robin dos Bosques. Falou numa Serra… Falou noutra (…) e subsequentemente numa infra-estrutura que irá criar inúmeros postos de trabalho e numa escola de ambiência e de um animal proeminente na nossa pastorícia, “prospectivamente”. Falou de artesanato e gastronomia. Falou de progresso sustentado. Falou de estratégias bem definidas. Falou do Associativismo. Falou de infra-estruturas existentes. De um Centro Cultural. Da Biblioteca. Do Museu, que está para breve. Falou do Estádio Municipal. Dos Bombeiros Voluntários. Falou das Piscinas Municipais e aqui denotou-se um engulho na cadência do seu “enorme” discurso. Comprometeu quem ficou para trás e que está pela capital… Falou das terras perdidas. Na extinção do Concelho por duas vezes e aqui justificou a grandíssima dívida com a persistência de argumentar a nossa realidade como tal. Como nas entrelinhas, quisesse dizer, “quem nos quer, com tamanho calote?”. “São dezasseis, dezassete milhões de euros, para um património de cinquenta milhões”. Simpaticamente deu um pontapé verbal nos abutres do costume, tendo o numero três, como cabeça tripartida, da oposição do partido do “habitue”. Falou em candeias a petróleo, em casas de banho do antigamente, e do fresquinho que recebíamos pela manhã… Falou de cumplicidades, porventura, a palavra mestra do seu discurso. Eu sei lá… em que o homem falou! Ou no que quis dizer…  
Politicamente açambarcou as cerimónias do 25 de Abril, através de um monólogo, pouco “inter-activo”, que o mesmo é dizer, sem direito ao contraditório. Numa democracia monoteísta, outro diapasão não era de esperar. Admiro a sua eloquência argumentativa, mas a idade como a mim, não perdoa. A idade é uma circunstância da vida que nos leva para a não menos, circunstante morte. Vamos perdendo faculdades, agilidades e elasticidades, definitivamente. Existem certas cambalhotas, que empiricamente, já não consegue dar, com a destreza de outrora. Arrasta-se e isso é penoso…
O espirito dos Capitães de Abril destituiu uma forma de fazer política absoluta e arcaica. Aonde a participação politica regulada, estava representada na Assembleia Nacional pela Ala Liberal e a outra clandestina estava conotada com o PCP – Partido Comunista Português. Aqui nesta evocação de Abril, em trinta e sete anos desta democracia monoteísta, raramente se viu outro alguém papaguear as maravilhas de Abril. Bem se plica a coisa… sim senhora.
Depois omitiu no seu discurso – entre outras coisas – uma actualissima “vertigem” área, que foi perpetrada naqueloutra Serra… Também não se intrometeu muito pelos caminhos – de nos explicar – quais das infra-estruturas criadas (Associações de Recreio, Cultura e afins) quantas possuem identidade e estão vivas? Que possuem alma de gente em actividades profícuas para a cidadania na complementaridade edificativa de uma participativa sociedade. Às moscas e teias de aranha conheço umas tantas. Ademais, poderia invocar outras “arrelias”, mas quedo-me por aqui. Estou a participar com o meu espirito de Abril, para a democracia. Ou, não!? Porque existem “lados” em que a democracia se confunde com uma bola. Em principio tem o lado de dentro e o lado de fora. Porque esta democracia está bem pontapeada e muito mal treinada.
Para os outros com responsabilidades políticas também fica um cartão vermelho. Adversário que se destitui de jogar o seu jogo “na casa” do oponente dá de ganho 37 pontos de avanço ao opositor… taxativo e elementar, também, não! … … …
Este dia não pode ser só nas afirmações, de todos, empiricamente tem que ser nos actos e factos.
ALBERTO DE CANAVEZES/ JORGE GONÇALVES

terça-feira, 24 de abril de 2012

(EXSISTO QUIA MEI CONSIDERANTIA) III

Todo o regime que não use do contraditório e que pugna pelo monólogo demonstra que no fascismo não existe esquerda ou direita. Existe um centro sem eixo.
ALBERTO DE CANAVEZES

Esfumaram-se os desígnios do 25 de Abril?

Que todos os meus amigos e concidadãos sintam que hoje é um dia em que a história está a descortinar que somos uma grande Pátria gerida por gente miúda. Que o propósito do 25 de Abril se vem perdendo dentro de uma chalaça economicista e chantagista. Em que meia dúzia de paspalhos ao hino da nossa presumível alforria se governam sem constrangimentos. Que, o fosso entre os calaceiros do regime e a populaça é de trinta e oito anos de amplitudes de larguezas e outros tantos de delicadezas cínicas. Nunca tão poucos se tornaram tão ricos e muita gente às suas mãos, tão pobre.
… … … …
ALBERTO DE CANAVEZES

O 25 de Abril... a data primeira do ano um - SEMPRE.

Hoje apetecia-me dar duas bordoadas em alguns políticos que defraudaram em mim o meu espirito de 25 de Abril. Eu, que em menino e moço, gritei com os demais populares, “o povo unido jamais será vencido”. Hodiernamente - nas causas ignóbeis de agora - estou esmaecido e derrotado, manietado na minha cidadania, violado nas delegações de representatividade que trespassei a troco de um voto e enxovalhado pelos “troikanos”. Nunca fiz o jogo duplo de agradar a “gregos” ou a “troianos”. Sempre colhi da irmandade pública a perceção que os meus cincos sentidos conseguiam interpretar e aclarar. Dosei essa clarividência social para o tal sexto sentido que todos no arrogamos de possuir, após augurar o que ademais vinha e vem por aí. E no caminho que calcorreamos as pedras da calçada começam a ficar levadas e sem fermento, o mesmo que dizer, pouco lêvedas. Porquanto, figuras gradas da nossa desdita democracia e adulterada república, enviaram à procedência, convites para hoje – trinta e oito anos – para se solenizar a data primeira do ano um, desta pouca vergonha de agora. A revolução que escarneceu uma ditadura com uma cantiga intitulada “E Depois do Adeus” imortalizada pela voz única de Paulo de Carvalho. Soberbo poema de José Niza e música de José Calvário. Vencedora do Festival da Canção de 1974, e representante de Portugal no Festival da Eurovisão nesse mesmo ano na Inglaterra (Brighton) em 6 de Abril. Tendo como coadjutora “Grândola Vila Morena” do sempre presente Zeca Afonso. (Tem este preâmbulo histórico a intenção de descongestionar o meu revolucionamento a propósito desta depauperada praxis republicana que nos embutem momentaneamente -dia após dia - e por doses agonizantes.)
Queria eu dizer que o Dr. Mário Soares e o Poeta Manuel Alegre vão-se juntar aos Capitães de Abril e pura e simplesmente não se pretendem misturar com esta tralha “socrática” e “passadista”. Os que nos enfiaram nisto e os que nos fazem sangrar neste martírio.  É assim que eu entendo a sua ausência. E como tal, sou interdependente. Mas…
ALBERTO DE CANAVEZES/JORGE GONÇALVES

segunda-feira, 23 de abril de 2012

POEMA - poeta...

Um poeta é aquele que inventa


que tem uma fornalha quente


que se alimenta de palavras trocadas


e se proclama gente


entre almas abandonadas.



Ele enfrenta com as mãos o vento


esgrime pleitos com o sol


faz das gotas da chuva um passatempo


e da lua cheia um arsenal de paiol.



É um guerreiro de águas calmas


faz tempestades e grita em silêncio


na morte da vida ressalva palmas


é um resistente - que eu avenço.



Um poeta tem um umbigo imenso


uma urdidura onde expõe o pensamento


e nunca pensa em nada


e sente tudo.



Um poeta não tem sombra


um poeta, usa a sombra.


Espreita de uma janela


e descobre a consonância


debaixo das asas de uma pomba.


Olha para ela


e sente- se criança


como sente


que os seus sonhos


vivem


e não são gente.



Um poeta


é um alento ao ar


um fim…


num inicial princípio


que de tudo faz o eixo.


Só não sabe poetar.


Rima


e tem por releixo


o precipício…


ALBERTO DE CANAVEZES

POEMA – Um receio de amar

Acabo de acordar


entre os teus braços


e sinto que cavalei


horas infindas nos teus pedaços


enrolado nos teus enleios.



Beijei os teus seios


joeirei os teus passos


e sem saber


por quais os meios


roubei-te tantos abraços


que tenho dúvidas


quanto a quem de nós


ficou, junjo em cansaços.



Sei-te que sei o quanto te amo


o, nome porque te chamo


nesta chama imensa e ousada


que tem por leito


esta coisa de amar


e de bem-querer


no preito


de aquecer uma alvorada.


ALBERTO DE CANAVEZES

POEMA - BIRRA DE AMOR

Meu amor
hoje tenho frio
sinto-me sozinho.
E só nele
sou uma gota num rio.
Estou aconchegado
sem o ter como vizinho
desmaio…
aguento firme
e não resisto
a este padecer.
A este laço amargurado
onde entro e saio
na loucura de ser
sempre o meu passado.

Amo-te
assim como quem tem uma birra
como quem degusta
um aroma no ar perdido.
como quem apanha
uma corrente de ar
e espirra.

Nada me acirra
tanto como tu.
Odeio esta mania
de ser todo teu
sem te dizer um só dia
que a tua teimosia
é uma dor
alegre
no reino da alegria.

Que falta de ar
que imensa gaguez
a minha…
queria fazer-te queixumes
dizer mal de ti.
Mas se o faço
deixo de me respirar
e se ficar perdido
não me voltarei
a encontrar.

Nesta lamúria e plangor
o que te dizer mais
meu amor!
ALBERTO DE CANAVEZES

domingo, 22 de abril de 2012

Uma concepção fixa, sem tergiversação, caprichos ou deslumbramentos. As coisas são o que são. Usei da minha cidadania, sem a mais ser obrigado.

(Este fim-de-semana fiz um périplo a escutar algumas sensibilidades no intuito de sermos uma oposição coesa, forte e determinada. Mas, para gáudio do sistema instituído e da oposição partidária vigorante, perdedora e sem mensagem, foi inconsequente. Cada um tem o que merece).


Vila Nova de Poiares tem aquilo que a maioria das pessoas merece. Inúmeras pessoas criticam a pasmaceira política reinante… mas não aplicam a sua cidadania para o contraditório. Não participam em nada em prol do seu futuro. Assistem impávidas e serenas ao desenrolar da “coisa do desatino” sem quererem colocar em causa qualquer poder instituído ou oposição inexistente. É desolador verificar que as pessoas estão de caras voltadas para a política. Se hoje estamos aonde estamos, com uma lacuna democrática gritante, deve-se a um poder adulterado e a uma oposição que não tem credibilidade nenhuma. Existe uma lufada de ar fresco no Grupo de Independentes eleito pelo Partido Socialista, mas estão à sua sorte e merce… o suporte do regime é confrangedor.


Para o ano tudo leva a querer que a oposição (desgarrada) vai levar velas ao seu santinho na sua capelinha. Em vez de todos irmos à mesma igreja. Cada um quer dar ênfase ao bornal do seu partido. Doar umas esmolas para a receita da “partidarite aguda”.


Como sabem, sempre me defini um Social-democrata, que para dar azo à sua cidadania ocupei o espaço existente nas eleições autárquicas. Jamais votarei nas eleições autárquicas num partido mas sim na sua liderança e equipa. Já que para as Legislativas e Europeias votei sempre PPD/PSD. Em Vila Nova de Poiares a concelhia do PPD/PSD não passa de uma coutada de interesses oligárquicos e comensais. Fui a imensos eventos do Partido fundado por Sá Carneiro, Pinto Balsemão e Magalhães Mota… extra muros. De futuro não sei o que a vida me espera e reserva. Mas reafirmo mais uma vez se até final deste mês (Abril) as coisas andarem a ser maceradas num moedouro cego e surdo a política acabou para mim no contexto de cidadania e poderei equacionar entrar pelo “meu Partido” dentro e lutar contra esta serviçal democracia monoteísta existente. Ninguém é dono de um ideário político muito menos do seu dogma. Como poderei mandar às malvas esta disposição de “querer mudar o mundo”, como me verbaliza sempre um amigo das mesmas lides, “retirado desta pouca vergonha”, como diz. Alias um cidadão irrepreensível, impoluto e de carisma politico. Jamais um pau mandado. O qual numa postura de PPD/PSD, apoiarei sem restrições. Era uma purga. Uma revolução silenciosa. Orgulho-me da minha postura cívica. Não retiro uma vírgula à minha argumentação sobre o que se passa em Vila Nova de Poiares. Reitero em qualquer sítio as minhas angústias e anseios. Mas, idiota, não sou. Acocorado, na minha sombra, ninguém escalará. Chover no molhado, não.


ALBERTO DE CANAVEZES/JORGE GONÇALVES

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Delito de opinião… (?)Vamos atravessar o Mondego. Se faz favor. Pode ser?

Chegou-me aos ouvidos que alguém anda furibundo comigo. Mandei um correio electrónico, para a comunicação social a denunciar a lavragem inconsequente na Serra do Bidoeiro (até boas novas) e tomou conhecimento. Alias a comunicação social regional depende do poder instituído para sobrevier. São editais, publicidades e outros anúncios… Estão “há” merce da prepotência…


Mas, se acontece - e provavelmente irá acontecer mais vezes- é porque se recusa a dar explicações sobre a sua postura de figura pública. Gere dinheiros dos nossos impostos... está obrigado a dar-nos esclarecimentos. Recusa tal comenda. Tudo está abafado. “E em democracia, a claridade impera.” Recorda-se?


Como tal, não temo os seus arrufos, tão pouco as suas azias momentâneas. Se, se, sentir muito ofendido na sua honorabilidade politica – esse alguém - que tenha a coragem de me levar aonde os homens da sua propalada estirpe, costumam resolver as questiúnculas de caracter. Porque, fica – lhe muito mal à socapa fazer juízos de valor de quem quer que seja. Aliás já estivemos frente a frente em algumas reuniões e não me questionou, porquê? Numa, nem me deixou usar da palavra… “Olha-me este” lembra-se!? Deixe-se dessas coisas e enfrente a realidade com a desenvoltura com que denigre a minha cidadania, pelas costas.


Eu chamo-me, Jorge Alberto Rodrigues Gonçalves, o resto está descrito no meu Blogue. Quem lhe fotocopia os meus textos – para leitura - que lhe procurem os dados dos meus documentos.


Estou farto destas diatribes e burburinhos debelados.


Alberto de Canavezes/ Jorge Gonçalves

(EXSISTO QUIA MEI CONSIDERANTIA) II

Eu não coloco amizades de uma vida em causa, por segundos menos conseguidos de um dia. Quem faz disso um cabalo de batalha não sabe que uma contenda se ganha para além de muitas horas e dias. É alguém que não decifrou a genética que envolve um bem-querer. Está em conflito consigo e não permite ao outro a remissão dos seus vocábulos ou actos. Dou sempre o benefício da dúvida traduzido no meu silêncio e “indiferença” às interpretações decorrentes. Por conseguinte, eu afiro os meus amigos pela sua capacidade de me questionarem pelas suas dúvidas a meu respeito. Prezo a frontalidade. Não o abespinhamento do retiro da intriga.
ALBERTO DE CANAVEZES

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ideia filosófica

A humildade de ser humilde não se plagia. Cultiva-se. A fanfarronice de quem quer ocupar o seu lugar e o do vizinho, dá para deixar os dois apeados. Cada pessoa per si tem o seu valor quando autêntico e genuíno. A vitimização só define os fracos.


ALBERTO DE CANAVEZES

POEMA - CONTAS ÀS TRÊS PANCADAS.

Contas são contas.


Umas mais que outras.


Uma são meias tontas…


Outras “quiçá” marteladas!


Umas são às três pancadas


As demais, meias desfolhadas.


Umas são muito elaboradas


Muitas… tão suadas.


Malta somem… a soma


Nem que seja com a ajuda dos dedos


Façam um bom “adubamento”.


Senão não há quem as coma.


Não á espaço para o lamento.


Façam peito. Não tenham medos


Não se esqueçam dos que vão de trás


Já agora. A prova dos nove. Quem a faz?


ALBERTO DE CANAVEZES

OS NOVOS CORSÁRIOS DESTE SÉCULO.

A “Troica” mandou o governo de Portugal, envergonhar os “gestores” que se remuneraram com ordenados principescos, porque é a única alternativa que possuem - possuímos – para estrebuchar cordialmente, no intuito de ser uma denúncia expurgada. A nós - a populaça - mechem-nos nos bolsos sem qualquer rebuço nem vergonha de nos incomodar. Se alguma dúvida havia, que estamos entregues a grupelhos económicos sem escrúpulos, ficaram agora dissipadas. Esta malfadada democracia acocorada nesta prostituída república é mais fascista que os regimes totalitários. A falar através de uma conversa soliloquiar, e a sorrir cinicamente, roubam-nos os direitos mais básicos da cidadania para os ditos iluminados estrategas. Despedem-se trabalhadores como quem bebe um copo de água. Aumentam-se os gestores que fazem isso. Existem “gerentes” que ganham mais num mês que uma centena de trabalhadores num ano. Vergonhoso. Escandaloso. Imoral.


Em suma, que pundonores desfrutam estes políticos de actualmente, que no meio do jogo decretam novas leis para gamarem aos pobres, e não conseguem isso para retirar o que indevidamente tais regentes instruíram para meterem ao bolso.


O nosso “volume” encéfalo, qualquer dia fica acocorado perante as manápulas de tais corsários do novo século. Ficamos prisioneiros da nossa necessidade mais básica e elementar. Um emprego para termos arcaboiço social, para sermos consumidores no uso e no fruto. Temos que ficar calados e comer os que nos consentem e dão como esmola. Confunde-se o privado com o estatal. Porque isso interessa ao poder económico. O tráfico de influências de organismos obscuros e de legisladores cirandam-se na mesma rede. E isso é proveniência de políticos corruptos, crápulas (chicos espertos) e comensais.


Quando Um Livro Sagrado – de qualquer Religião – só é interpretado pela delineação das coisas metafóricas dá fanatismo e intolerância. Isso acontece com a nossa Constituição da República. O dogma da capitalização teórica do Socialismo faz-nos ser escravos de uma nomenclatura acéfala e paranoica. Temos os colonos do 25 de Abril, e agora os seus outros nas despesas correntes. Escabroso. Pérfido. Fraudulento.


No meio disto tudo, o que nos apraz fazer?


Comer e calar. Ou protagonizar a desobediência civil!?


Até quando temos capacidade de aguentar este saque perpetrado à classe média?


Organizem-se, que a malta está a começar a abrir a pestana devido ao sobreolho encarquilhado. Estamos a começar, a desconfiar bastante e muito.


ALBERTO DE CANAVEZES/JORGE GONÇALVES

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O POnto "G" da CoiSa dO dEsAtInO.

O meu sexto sentido, diz-me que vou fazer algo nestes dias mais próximos. Como diz a sabedoria popular, “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. E, isso parece que será o meu preceito. Não meter água, mas boiar na sua onda. Não quero ser presunçoso, nem tão pouco considerado arrogante, mas parece que agora os acontecimentos me vão encaminhar para a fonte necessária para matar a sede de muitos e a curiosidade de uns tantos. A minha consciência está tranquila. E ela exige-me actuar nos preceitos da cidadania. Ela é uma obcecação para mim. Não tenho medo de nada nem receio da pujança desta comensal democracia, dada ao tosco. Parece que vamos ter um diálogo frutuoso e profícuo. Não sou idiota e sei qual a argumentação que me orienta e a factualidade que me assiste. A história testemunhada pelos seus próprios intervenientes é o meu melhor trunfo. Quem sou eu para desdizer o que os seus próprios “artistas” efectuaram e se rogam de viver!


“A barraca vai abanar e a casa vem abaixo.” Dizem os afoitos e bravos do pelotão. Confesso que não sei se tenho capacidade para tanto – mas tentem – mas que vai abanar, isso vai…


Hoje, alguém com alguma tarimba de vida deu-me uma admoestação de quase irradicação… Não me considero “O Casal Ventoso” nem tão pouco tenho estaleca para me “auto-intitular”, de um bairro inteiro, mas que posso ser uma boa barraca, ai isso posso. Não me importa, de tal denominação.


“Vamos andando que atrás vem gente”, dito popular. Porquanto, para mim, eu vou indo que depois vem mais gente... dá para algum pular. Sem dúvidas.


Estamos a chegar ao ponto “G” desta coisa do desatino. O orgasmo vai ser um bocado desconchavado. A minha idade não permite grandes empreitadas, mas isto é como as meias-finais da Liga dos Campeões, se os clubes lá estão metidos, é para se jogar e ganhar para chegar ao final da competição. O pior que pode acontecer “é morrer na praia.” Ao chegar à final só nos resta jogar – igualmente – e por fim levantar a taça. Aqui a minha, é sempre, de lata ou latão bem velho. Mas, que grande “porra” é a minha taça. E lutei tanto para a puder levantar. Sem dúvidas, nenhumas, que a vou levantar, se fizermos... jogo. O arbitro é de confiança.


“David contra Golias.”


ALBERTO DE CANAVEZES/JORGE GONÇALVES

(EXSISTO QUIA MEI CONSIDERANTIA)

Por muito que uma ditadura esteja impregnada numa sociedade não passa de uma figura de estilo. É uma moda factual e temporária. Quando alguém necessitar de bocejar que está farto de dormir na sua melancolia… O seu gesto fará despoletar inadvertidamente o vento da mudança. A única ditadura que aceito é a da decência que me garante a minha cidadania.


ALBERTO DE CANAVEZES

terça-feira, 17 de abril de 2012

Dúbio duelo de intelectualidades. Eu penso… ele “cuida” de mim.

Chegou-me um burburinho aos ouvidos que… “ele tem a mania que é escritor e agora à pressa começou a juntar palavras para se fazer importante” entre outras sujidades. Quem o disse foi alguém que pensava que ter o “Dr.“ atrás do nome era coisa supimpa e adquirida numa mesa de mercado de peixe. (Agora vislumbro e deslumbro a razão do nosso mercado municipal.)


Muitas “secretárias” vazias. É deslodar ser-se tão "teimoso" com tanto espaço…


Mas não. Ser – genuinamente – Doutor, carece de alguns anitos a queimar pestanas e não se compadece só de ler as vinte primeiras páginas de um livro e as outras restantes e tirar as suas conclusões. É perfil para uma estirpe desenvolta e adequadamente regrada, providenciar. De preferência nunca leva, os trabalhos, feitos, por outrem… por inúmeras razões… Entendidos!?


Para que esse tolo e desenxabido intelectual fique informado devidamente, urge definir, que já escrevo desde os meus dezassetes anos. Possuo, milhares de poemas e dezassete livros e qualquer coisa, escritos. Podem não sair da gaveta mas uma coisa é-lhe garantida, para além do tudo que nos separa a sua leitura está nos antípodas das minhas recomendações. Porque desde a página vinte e um, até às vinte traseiras da última - no meio dos meus “livros” - está sempre o amago da questão e a ênfase do raciocínio.


Aconselho-o a ler banda desenhada. Sempre lá estão uns bonecos e cromos mais do seu preceito…


Estou farto, de tantas tentativas de desacreditação protagonizada por tal desacorçoado grosseirão cultural e demais meia dúzia de acólitos.


Para os comensais e afins, como digo, se trabalho, sou ganancioso; se estou a dormir, sou preguiçoso; se falo muito, tenho a mania que sou inteligente se não falo com ninguém, tenho a mania que sou importante.


Não há “pinça” que os tempere.


Já me esquecia. Qual o valor gramatical de se escarrapachar um grau à frente do nome? Gozando de o questionar, confesso que não o pretendo saber. Mas que é um caso da psicanalise, lá isso é.


Imaginem que eu escrevesse (e depois assinasse):


Jorge Gonçalves (ESCRITOR)


Nada disso. Sou mais modesto (até baixei os caracteres) assino-me somente,


ALBERTO DE CANAVEZES/JORGE GONÇALVES

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Sofrer de “indefectíveis” pode ser doença congénita...

Já não há pachorra para aturar os indefectíveis do sistema. Passam na rua, assistem que um tipo está na conversa com cidadãos que matutam… e logo aparecem “os outros” do regimento. Num concelho votado ao tosco não está mau, não senhora. "Hei-lhos" que passam… eis os que perpassam… Torneiam pachorramente, miram disfarçadamente e depois dão azo á sua parca imaginação, levando ao seu “dono” o ponto da situação, acrescentando-lhe um conto. Esta gentalha tem dois nomes próprios. Covardes e paspalhos. De quem eu quero falar, são: - Uma que não tem vergonha nenhuma… e o outro gosta de possuir como acendalhas papiros de tempos imemoráveis.


Mas, eu é que sou o mal-educado! Pudera, penso, logo (não) existo…


Arranjam sempre argumentos para defender o indefensável. Pois estão enraizados na “coisa … …” até á medula. Absorveram da “gamela” e agora não podem virar costas. Estão com o cavedal metido no “hábito” até ao tutano. Ouvem o seu “dono” no choradinho da vitimização, aqui-d’el-rei, que urge defender o seu “status quo” regimental. Escolhem uma argumentação pitoresca e quixotesca. A desculpa que mais perfilham é “ ele está a ser vitima de uma conspiração”… (como alternativa, persiste) “vocês são sempre do contra”… Pronto, se ser do contra é possuir análise critica e opinar dando trabalho aos neurónios. Se, não me restar, alternativa, eu sou do contra. Sim senhor.


Mas o que mais me deixa “estupido de facto” (sim, porque eu tenho uma parte estupida, muito evoluída) e estupefacto é a maneira religiosa que devotam a quem é humano e faz aneiras. De Jesus, uns admitem que não era perfeito porque não agradou a todos. “Deste” credo monoteísta, não lhe reveem um “umzinho” pecado. Porque será!?


Um, é o pão e o vinho tornado corpo de Deus. “o” outro é o que lhes dá o afago do sustento.


Ámen.


Vamos, ver aonde estão os mais chegados e por incrível que pareça, eles polvilham-se – entre pessoas de mérito -nas Instituições Regimentais.


Tentem pensar um bocadito – por vós - todos os dias e vejam que dar vida ao cérebro, faz parte da génese humana e faz bem à saúde. Agora deixarem de pensar para agradar, não é boa conduta. Pois, quando este “muro” cair, a vossa resposta preventiva, vamos encontra-la, aonde?


(Coloquei muitas virgulas no texto para ser lido pausadamente. (Ufa. Esta frase é compridita... mas o pior já passou.) Tipo a fala, do nosso, senhor, Ministro das Finanças. Com, calma, uns poucos, são capazes, de compreender, este escrito. Mas, pensem, com, calma. Não, façam isso, agora de repente. Eu compreendo, que, possa, causar, enjoos…)


ALBERTO DE CANAVEZES

domingo, 15 de abril de 2012

15.000 VISITAS

DESCULPEM MAS O MEU BLOGUE MERECE ESTA COMENDA:


DIPLOMA DE MAIS DE 15.00O VISITAS.


DE MIM PARA MIM.


2011/08/31


A


2012/04/16


“MUITO OBRIGADO PELA VOSSA CUMPLICIDADE NA NOSSA CIDADANIA”


ALBERTO DE CANAVEZES /JORGE GONÇALVES

sábado, 14 de abril de 2012

POEMA - A noite. Pernoite...

A noite atrai-me


Fascina-me…


Arrelia-me as entranhas


E faz de mim um menino rebelde.


Sei sonhar acordado em horas de dormir


E sei dormir em horas de acordar.


Sei amar o que se perde no tempo


Sei-o levar ao mundo sem o julgar.


Sei andar sem alma nesse momento


Sei-a procurar até a encontrar.


Amo a noite por idolatrar o silêncio


Amo-o porque o sinto na ignorância


De ser púbere e viver como criança


De ser sujeito e estafado sem esperança.


Mas mesmo assim amo a noite


E tudo que em mim ela pernoite.


… … …


ALBERTO DE CANAVEZES

POEMA – almas no facebook

Sentimento em Poesias


É meditar com a alma


Falar com o coração


É saber que a calma


É uma forma de razão.


Momento de rimas…



Um sorriso no teu olhar


É sentir entre o meditar


E o pensar


Estar perto


Do paraíso


E do céu aberto


E pedir-te:


- Tem calma Ana Sofia


Amanhã é outro dia… …



Não te percas a olhar o tempo


Não te julgues só e perdida


Porque em ti a cada momento


Só podes viver na vida…



Boa noite.


Boa noite.


Que oração tão aquieta


Que sentença tão sublime.


Faz-nos fechar os olhos e sonhar


Dormir e levitar


Rumorejar e sorrir.


Que pelicula de filme


Seria a vida


Se nos fosse dado


O seu lazer


Em troca de todo o seu adormecer!


Alberto de Canavezes